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Em uma Atenas com cem mil manifestantes, é aprovado plano do FMI

Com as ruas de Atenas tomadas por mais de cem mil manifestantes, o Parlamento grego aprovou na madrugada desta segunda-feira (13) o programa econômico proposto pela Troika (FMI, BCE e UE). O plano exige cortes de 3,3 bilhões de euros nas despesas públicas neste ano para pagar os juros da dívida do país.


Grecia porrada Dezenas de feridos e prédios incendiados

Essa é a condição imposta para ser acionado um segundo resgate financeiro, no valor de 130 bilhões de euros. Para conseguir chegar ao acordo, o país terá de reduzir o salário mínimo em 22%, fechar 150 mil postos de trabalho e reduzir e cancelar pensões e aposentadorias.

O domingo (12) foi marcado por clima de guerra que tomou conta da capital grega e de todo o país. Grandes manifestações de trabalhadores e jovens sofreram uma violenta repressão policial. Os protestos encerraram uma greve geral de 48 horas que teve como objetivo pressionar contra a aprovação do pacote.

Protestos e repressão

Houve incêndios de vários prédios, incluindo construções históricas, cinemas e cafés durante o dia e entrou madrugada adentro. A Praça Sintagma, em frente ao Parlamento, se transformou num cenário de guerra, com direito a coquetéis molotov e pedras atiradas por manifestantes, que eram combatidos com bombas de gás lacrimogêneo pela polícia.

O porta-voz da polícia de Atenas informou que alguns manifestantes e policiais ficaram feridos, sem dar os números. Os meios de comunicação locais relataram dezenas de feridos.

Na noite de sábado, véspera da votação do pacote pelos parlamentares, o primeiro-ministro Lucas Papademos afirmou que a aprovação das medidas, profundamente impopulares, era crucial para evitar o que descreveu como "um caos econômico", enquanto a Alemanha exigia do governo grego mudanças dramáticas em suas políticas para se manter na zona do euro.

O Partido Comunista da Grécia acusou Papademos de "mentira e alarmismo", e que na verdade a aprovação do pacote do FMI transformará o país em um caos. Porém, o governo atendeu à pressão da Troyka.

Fonte: Vermelho, com agências

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