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E nossa cultura?

Por genaldo de Melo
Conhecendo outras metrópoles do porte de Feira de Santana qualquer cidadão fica naturalmente estarrecido com a falta de Políticas Públicas que possam promover o desenvolvimento cultural do município. É impressionante ver que tantas manifestações culturais existem em todos os campos de nossa cultura, que vão da literatura aos grupos de samba de roda, da capoeira à música dos sanfoneiros locais, mas nenhuma iniciativa governamental existe de fato.
Vozes das ruas reclamam que Feira de Santana tornou-se uma cidade de bares apenas, como se isso fosse o auge da cultura local. E outros vão além nas reclamações, denunciando inclusive que os espaços de formulação de políticas culturais da Administração Pública são ocupados por “primos” políticos, sem compromisso com o desenvolvimento cultural, e além disso a secretaria da Cultura não tem rubrica para trabalhar. Apoio cultural no município existe apenas para cabos eleitorais!
Em outros lugares cultura é tratada como coisa séria e necessária para qualquer sociedade desenvolver-se dialeticamente, em Feira de Santana cultura é apenas para agradecer votos das urnas nos outubros da vida.
Se olharmos mais profundamente esse fato, a cultura em Feira de Santana que deveria ser de responsabilidade da Administração Pública é promovida pelos poucos abnegados amantes da mesma, bem como para não esquecer e cometer injustiça pela UEFS, através de seu Centro de Cultura e Artes e seus outros aparelhos.
Bem que fazem um barulho danado com a micareta. Mas ela somente acontece uma vez no ano, e pronto! E os grupos musicais dos bairros, os grupos de capoeira, os escritores e poetas locais, os grupos de samba de roda, os blocos comunitários que fazem música de qualidade, as quadrilhas e os folguedos juninos, e as manifestações da cultura popular? O ano tem 365 dias, e cadê a política cultural do município para todos os dias?
Feira de Santana hoje é metrópole, precisa de cultura meus caros amigos...!

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