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Partido político tem que ter um programa


Por Genaldo de Melo
A maioria dos partidos políticos do Brasil na atual conjuntura política e econômica, tem vivido uma verdadeira crise de identidade programática, que ultrapassa os limites do ponderável. Do mesmo modo, a maioria dos dirigentes e líderes partidários não tem pautado suas atuações na coerência exigida pelos objetivos estratégicos das agremiações partidárias, que compõem como quadros. A atuação da maioria dos partidos políticos e dirigentes pautam suas ações políticas no compromisso pequeno e mesquinho da manutenção dos chamados currais eleitorais, em detrimento do sentido maior e finalidade de um partido político, o poder político para construir modelos de desenvolvimento.
É preocupante perceber que numa nação como a nossa, que ainda continua em processo de formação, com tantos partidos políticos das mais variadas matizes ideológicas, apenas uma minoria deles tem e obedece de forma disciplinar um programa partidário, visando pensar nosso desenvolvimento e servir de modelo para o resto do mundo.
Na maioria dos casos as agremiações partidárias são ocupadas por políticos e grupos que fazem das mesmas moeda de troca para manutenção da ordem estabelecida, da governabilidade necessária o todos os governos, em todos os níveis de poder em nossa República. Lógico que isso tem um preço alto, que é a coordenação das estruturas administrativas, com decisão sobre a utilização dos fartos recursos públicos. Coordenar um ministério, uma secretaria de Governo, tanto estadual como municipal na maioria das vezes é mais importante do que obedecer a um programa partidário!
Se vivo estivesse Gramsci estaria talvez numa batalha de idéias capazes de nos convencer de fato que precisamos urgentemente de uma verdadeira reforma política nesse país, capaz de sanar esse problema de desvio do caráter e da finalidade do partido político. Porque quando os poucos partidos e políticos sérios levantam a bandeira da reforma política, a maioria dos que não são sérios silenciam e se escondem por trás das capas de uma hegemonia, garantida pela fraude ideológica, pela força do poder econômico, pela compra de votos, e principalmente pela falta de formulação de Políticas Públicas que eduquem nosso povo para compreender porque é necessário mesmo que um partido político tenha um programa definido.
Ainda bem que para nossa sorte ainda existem no Brasil umas poucas agremiações partidárias, que se pautam por uma grade programática, que é o foco no desenvolvimento humano e no desenvolvimento sócio-econômico para todos! Esses são exatamente aqueles que têm história, vida longa e coerência com o povo.

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