Por Genaldo de melo
O conceito da palavra público em seu sentido mais
literal refere-se naturalmente a tudo aquilo que pertence a todos. Nesse
sentido a palavra serviço público existe em consenso para que seja para toda a
população, independentemente da sua condição econômica na sociedade. Mas em Feira
de Santana determinados serviços públicos parecem que tem critérios diferentes
em sua distribuição.
Enquanto nos bairros dos mais abastados economicamente
do município as pessoas têm o direito de gastar água à vontade lavando carros
nas calçadas, bem como jogando o líquido precioso pelos jardins intermináveis, a
população que vive nos distritos rurais, como é o caso da Matinha e de Maria
Quitéria, vivem a mendigar água àqueles tem condições de possuir um poço ou
reservatório. Pois se passam mais de dez dias para chegar água nas torneiras, e
mesmo assim quando chega é exatamente em altas horas da madrugada, obrigando as
famílias a se tornarem notívagos.
A população que tem muito tempo sofrido com esse grave
problema está literalmente revoltada com o serviço prestado pela EMBASA, que
prioriza uma parcela da população em detrimento de outra. É como se
determinados cidadãos fossem mais importantes que outros, sendo que como
cidadãos todos são iguais e merecem o mesmo tratamento e os mesmos serviços
públicos, principalmente quando cumprem com suas obrigações, ou seja, pagam
pelos mesmos.
O Poder Público local que sabe do problema e que
deveria intermediar politicamente na defesa dos interesses de toda a população
fica calado como se nada tivesse acontecendo. A Câmara de Vereadores também
anda mais calada que as madrugadas que o povo sem água enfrenta para receber as
esmolas da EMBASA.
Até quando os mais autênticos feirenses, exatamente os
nativos que aqui nasceram e aqui vivem vão sofrer tais humilhações, enquanto a
EMBASA faz o discurso da eficiência? Só falta dizer que é quando de fato a
revolta do povo produzir resultados negativos para quem toma as decisões
políticas no município...!
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