Bahia: Neto fecha com o PV e anuncia chapa hoje
Lilian Machado REPÓRTER
A aliança é inédita em Salvador, já que o PV em eleições anteriores apoiou o PT. A professora universitária Célia Sacramento, fundadora do Instituto Steve Biko, é apontada nos bastidores como vice na chapa de Neto.
Em conversa com a Tribuna, Neto não quis antecipar o candidato à vice, mas ressaltou a adesão do PV ao seu projeto. “O PV tem tradição em Salvador. Nas últimas eleições em 2010, teve uma votação expressiva na cidade e tem uma bandeira ideológica que dialoga com o futuro e com a juventude, tendo uma penetração muito forte nos movimentos sociais.
Amanhã (hoje), mostraremos uma série de compromissos com a preservação do verde que serão incorporados à elaboração de nosso programa”, enfatizou, admitindo que estava entrando em um novo território. “Após essa eleição teremos uma nova geografia política na cidade”. O democrata destacou o fato de que está buscando uma “pluralidade” de apoios.
“Temos quatro: DEM, PSDB, PPS e agora PV, mas estamos trabalhando para buscarmos mais”, disse. Questionado sobre o PSDB, ele disse que a costura está sendo feita com o conhecimento de todos os partidos. “Todos estão participando dessa decisão”, afirmou.
Embora, nos bastidores, a parceria seja considerada inusitada, os dirigentes do diretório estadual e municipal classificaram como “natural”.
“Nesta eleição, todo mundo conversa com todo mundo. São absolutamente naturais esses diálogos até a convenção. Na capital não lembro do PV apoiando o DEM, mas acabou isso de esquerda e direita. O que vale é o que propõe cada partido, cada candidato. Agora o que está em jogo é um pacto por Salvador, que está abandonada”, enfatizou o presidente estadual Ivanilson Gomes.
O dirigente municipal André Fraga, que ajudou nas conduções, também disse que não existia dificuldades. Mas, segundo ele, seria preciso haver integração nos programas de governo.
“Nesta eleição, todo mundo conversa com todo mundo. São absolutamente naturais esses diálogos até a convenção. Na capital não lembro do PV apoiando o DEM, mas acabou isso de esquerda e direita. O que vale é o que propõe cada partido, cada candidato. Agora o que está em jogo é um pacto por Salvador, que está abandonada”, enfatizou o presidente estadual Ivanilson Gomes.
O dirigente municipal André Fraga, que ajudou nas conduções, também disse que não existia dificuldades. Mas, segundo ele, seria preciso haver integração nos programas de governo.
A reportagem da Tribuna conversou com o especialista político Paulo Fábio Dantas, que frisou o avanço da singularidade de algumas alianças com o passar dos anos, algo que se tornou ainda presente na era PT. “É preciso ver esse quadro de interpenetração, que está havendo independente do campo ideológico e que vem de algum tempo.
As alianças em função da conjuntura eleitoral não seguem a mesma lógica da coalizão governamental, mas não cabe dizer se isso é certo ou errado, no entanto são características dos novos tempos”, analisou.
As alianças em função da conjuntura eleitoral não seguem a mesma lógica da coalizão governamental, mas não cabe dizer se isso é certo ou errado, no entanto são características dos novos tempos”, analisou.
Decisão surpreende o PSDB
O PSDB em âmbito estadual e municipal mais uma vez divergiu quanto ao possível anúncio de que o DEM deve ter como aliado de chapa o PV.
O presidente tucano na Bahia, Sérgio Passos, disse não haver problemas no fato de os verdes terem sido os escolhidos.
Já o dirigente municipal José Carlos Fernandes disse que não sabia até então da aliança, “mas o que parece é que ele (ACM Neto) não quer que o PSDB participe”.
Segundo o presidente do PSDB em Salvador, o fato é que Neto vai ter agora que trabalhar para conquistar o apoio do deputado federal Antonio Imbassahy (PSDB).
“Ele (Imbassahy) é o maior líder do PSDB em Salvador; é quem tem mais votos e interessa à coligação o apoio dele. Agora resta ao candidato da majoritária conquistar o apoio dele, que é fundamental pela estatura política”, mandou recado.
Essa semana, a Executiva municipal do PSDB colocou como condição à coligação com o DEM na majoritária e na proporcional a indicação do candidato a vice-prefeito. O nome escolhido para integrar a chapa foi justamente o de José Carlos Fernandes.
Mas o presidente da Executiva estadual Sérgio Passos ressaltou que não há problemas. Segundo ele, o partido tucano terá forte posição na condução da campanha eleitoral e ainda participação no programa de governo do democrata.
“Agregamos pensamentos e ideias para o futuro de nossa cidade”, citou. O dirigente destacou ainda a tendência de uma “boa composição para eleição de vereadores”
Fonte: Tribuna da Bahia
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Bahia: PT negocia direto com JH apoio a Nelson Pelegrino
Raul Monteiro REPÓRTER
“O PP é uma coisa. O prefeito é outra. Isso está claro”, filosofou um petista que participou das negociações com o PP pelo apoio ao candidato do PT, celebrado na segunda-feira à noite numa reunião com o governador Jaques Wagner. Sem a participação do prefeito, além da indicação do vice na chapa petista, praticamente assegurada, o PP negociou com o PT eventual aumento da participação do partido no governo estadual, onde já detém a secretaria estadual de Agricultura.
Entre os cargos sobre os quais os progressistas conversaram a respeito com o governo visando 2014 estão a vice ou a vaga ao Senado na chapa com que os governistas disputarão as próximas eleições. Quanto ao prefeito, o PT quer primeiro avaliar precisamente as exigências que ele faz para manifestar o apoio a Pelegrino para então poder decidir se são razoáveis e podem ser atendidas.
Uma delas, de conhecimento público, é a de que o PT e seu pré-candidato defendam a atual administração, levando em conta o fato de já terem participado dela por meio da indicação de vários quadros.
Fonte: Tribuna da Bahia
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Lula é internado para reavaliação da laringe
Segundo informações do boletim médico, o procedimento já estava pré-agendado, mas Lula deverá passar a noite no hospital. Amanhã, será submetido à retirada do cateter implantado para o tratamento ao qual foi submetido...
O ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva foi internado no começo da noite desta quarta-feira, no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, para reavaliação da laringe.
Segundo informações do boletim médico, o procedimento já estava pré-agendado, mas Lula deverá passar a noite no hospital. Amanhã, será submetido à retirada do cateter implantado para o tratamento ao qual foi submetido.
Ainda de acordo com o boletim, ele está sendo assistido pelos médicos Roberto Kalil Filho, Paulo Hoff, Artur Katz, Luiz Paulo Kowalski e João Luiz Fernandes da Silva.
O câncer na laringe foi detectado em outubro do ano passado e o tratamento acabou recentemente. O ex-presidente abre na manhã do próximo sábado a programação oficial da Arena Socioambiental, evento que faz parte da Rio+20.
Lula é um dos 56 debatedores da conferência e estará presente no painel sobre "Erradicação da Pobreza e Desenvolvimento Sustentável". Também participarão do evento as ministras do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, do ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, e do presidente do Conselho Nacional das Comunidades Extrativistas, Manoel Cunha.
Segundo informações do boletim médico, o procedimento já estava pré-agendado, mas Lula deverá passar a noite no hospital. Amanhã, será submetido à retirada do cateter implantado para o tratamento ao qual foi submetido.
Ainda de acordo com o boletim, ele está sendo assistido pelos médicos Roberto Kalil Filho, Paulo Hoff, Artur Katz, Luiz Paulo Kowalski e João Luiz Fernandes da Silva.
O câncer na laringe foi detectado em outubro do ano passado e o tratamento acabou recentemente. O ex-presidente abre na manhã do próximo sábado a programação oficial da Arena Socioambiental, evento que faz parte da Rio+20.
Lula é um dos 56 debatedores da conferência e estará presente no painel sobre "Erradicação da Pobreza e Desenvolvimento Sustentável". Também participarão do evento as ministras do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, do ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, e do presidente do Conselho Nacional das Comunidades Extrativistas, Manoel Cunha.
Fonte: Estado de Minas
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Gilmar Mendes briga com sócio e assunto repercute no Congresso
A média dos comentários sugere um desgaste ainda maior para o magistrado, às vésperas do julgamento do processo conhecido como ‘mensalão’, em meio à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira...

O artigo do colunista Elio Gaspari, nas edições desta quarta-feira dos diários conservadores carioca, O Globo, e paulistano, Folha de S. Paulo, intitulado Apenas uma briga feia de sócios, foi mais um episódio negativo para o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O assunto foi ventilado nas conversas entre parlamentares, nos corredores da Câmara e do Senado.
A média dos comentários sugere um desgaste ainda maior para o magistrado, às vésperas do julgamento do processo conhecido como ‘mensalão’, em meio à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira, instaurada para apurar as ligações do bicheiro Carlos Augusto Ramos e integrantes dos Três Poderes.
Gaspari repercute a reportagem do jornalista Leandro Fortes, na revista semanal de esquerda Carta Capital, sobre o processo judicial em que um ex-sócio de Gilmar Mendes em uma escola de nível superior o acusa de desvio de recursos e sonegação fiscal. O Instituto de Direito Público (IDP), situado na Asa Sul de Brasília, reúne próceres do Direito em cursos de graduação e pós-graduação na área.
Mendes responde a processo movido por Inocêncio Mártires Coelho, jurista e ex-presidente do IDP, no qual acusa o ministro da Suprema Corte de Justiça do país de “fazer retiradas ilegais do instituto, desfalcar o caixa da empresa e exigir pedágio dos outros sócios para servir, como ministro do STF, de garoto-propaganda da instituição educacional”. Procurado pelo Correio do Brasil, o IDP preferiu não se pronunciar sobre o assunto.
O ex-sócio acusou Gilmar Mendes de promover retiradas financeiras para o custeio de despesas particulares, sem o devido retorno ao caixa da instituição de ensino. A ação teve início em 7 de abril de 2011, quando o advogado Sergio Bermudes assume a defesa de Gilmar Mendes e entra com pedido para que o processo tramitasse em segredo de Justiça.
Segundo a matéria de Leandro Fortes, o ministro do STF também passou a atribuir a Mártires Coelho as causas pela má situação financeira do IDP, com base em uma auditoria no IDP, que teria concluído pela falta de “capacidade para pagar seus compromissos de curto prazo”.
Mendes recebeu, a seu favor, um parecer assinado pelo advogado-Geral da União, Luís Inácio Adams, o qual valida o despejo de Mártires Coelho do cargo de gestor do IDP. Apesar da vantagem, o denunciante deu o processo por encerrado em troca da quantia de R$ 8 milhões.
A quantia, segundo o ministro Gilmar Mendes assinalou, em nota distribuída aos jornais, foi obtida por meio de um empréstimo bancário, do qual participaria também outro sócio do IDP, Paulo Gustavo Gonet Branco.
Questão delicada
O questionamento sobre os negócios de Gilmar Mendes, no entanto, foi agravado nesta quarta-feira no artigo de Gaspari, o qual instiga o ministro a “romper o segredo de seu litígio com o ex-procurador-geral”.
“O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, fez muito bem ao quebrar o sigilo da conversa que Lula teve com ele no escritório de Nelson Jobim, catituando a postergação do julgamento do mensalão. Também fará bem se pedir à Justiça que levante o segredo em que correu o seu litígio com o ex-sócio e ex-procurador-geral da República (1981-1985), Inocêncio Mártires Coelho”, diz o colunista.
Ainda segundo Gaspari, “o repórter Leandro Fortes teve acesso a documentos do processo. Se nele há interesse público envolvido, vai na direção da transparência, não do segredo. Mártires Coelho dirigia o instituto e foi afastado por Gilmar.
No processo, seus advogados acusam o ministro de ter exigido que ‘lhe fosse dada uma percentagem dos valores doados ao IDP a título de patrocínio para custear seus eventos extracurriculares, tais como congressos, seminários (…). O motivo/razão para a cobrança desse ‘pedágio’ era simples, pelo menos aos olhos do cobrador: sem o seu inegável prestígio e sua notória influência, ninguém financiaria tais atividades”.
No documento, Mendes se disse “cansado de ser garoto-propaganda do IDP”, acrescenta o colunista. “Atualmente, o IDP lista 26 ‘instituições e empresas conveniadas’. Entre elas estão a Câmara dos Deputados, o Ministério do Trabalho, a OAB do Piauí, um Tribunal Regional do Trabalho e 15 associações e sindicatos de servidores públicos. Empresa privada, daquelas que o dono tem que se preocupar com o balanço, nenhuma”, pontuou.
“A essa altura, com a divulgação das razões dos advogados de Inocêncio Mártires Coelho, o segredo de Justiça tornou-se um ônus para Gilmar Mendes e nunca é demais repetir o juiz Louis Brandeis, da Corte Suprema dos Estados Unidos: “A luz do sol é o melhor desinfetante”. (Sabendo que a Corte Suprema pagava pouco, Brandeis resolveu ficar rico antes de ir para lá). Um ex-procurador-geral da República e um ministro do Supremo Tribunal não organizam um educandário comercial sem amparo nas leis.
Quando esse educandário firma convênios com entidades públicas, deve ter sido achada base legal para fazê-lo. Tudo bem, mas é mais fácil um juiz do Tribunal Constitucional da Alemanha ou da Corte Suprema dos Estados Unidos se associar a um mágico de feira antes do que se meter em semelhante iniciativa”, conclui Gaspari, sobre a posição de Gilmar Mendes.
A média dos comentários sugere um desgaste ainda maior para o magistrado, às vésperas do julgamento do processo conhecido como ‘mensalão’, em meio à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira, instaurada para apurar as ligações do bicheiro Carlos Augusto Ramos e integrantes dos Três Poderes.
Gaspari repercute a reportagem do jornalista Leandro Fortes, na revista semanal de esquerda Carta Capital, sobre o processo judicial em que um ex-sócio de Gilmar Mendes em uma escola de nível superior o acusa de desvio de recursos e sonegação fiscal. O Instituto de Direito Público (IDP), situado na Asa Sul de Brasília, reúne próceres do Direito em cursos de graduação e pós-graduação na área.
Mendes responde a processo movido por Inocêncio Mártires Coelho, jurista e ex-presidente do IDP, no qual acusa o ministro da Suprema Corte de Justiça do país de “fazer retiradas ilegais do instituto, desfalcar o caixa da empresa e exigir pedágio dos outros sócios para servir, como ministro do STF, de garoto-propaganda da instituição educacional”. Procurado pelo Correio do Brasil, o IDP preferiu não se pronunciar sobre o assunto.
O ex-sócio acusou Gilmar Mendes de promover retiradas financeiras para o custeio de despesas particulares, sem o devido retorno ao caixa da instituição de ensino. A ação teve início em 7 de abril de 2011, quando o advogado Sergio Bermudes assume a defesa de Gilmar Mendes e entra com pedido para que o processo tramitasse em segredo de Justiça.
Segundo a matéria de Leandro Fortes, o ministro do STF também passou a atribuir a Mártires Coelho as causas pela má situação financeira do IDP, com base em uma auditoria no IDP, que teria concluído pela falta de “capacidade para pagar seus compromissos de curto prazo”.
Mendes recebeu, a seu favor, um parecer assinado pelo advogado-Geral da União, Luís Inácio Adams, o qual valida o despejo de Mártires Coelho do cargo de gestor do IDP. Apesar da vantagem, o denunciante deu o processo por encerrado em troca da quantia de R$ 8 milhões.
A quantia, segundo o ministro Gilmar Mendes assinalou, em nota distribuída aos jornais, foi obtida por meio de um empréstimo bancário, do qual participaria também outro sócio do IDP, Paulo Gustavo Gonet Branco.
Questão delicada
O questionamento sobre os negócios de Gilmar Mendes, no entanto, foi agravado nesta quarta-feira no artigo de Gaspari, o qual instiga o ministro a “romper o segredo de seu litígio com o ex-procurador-geral”.
“O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, fez muito bem ao quebrar o sigilo da conversa que Lula teve com ele no escritório de Nelson Jobim, catituando a postergação do julgamento do mensalão. Também fará bem se pedir à Justiça que levante o segredo em que correu o seu litígio com o ex-sócio e ex-procurador-geral da República (1981-1985), Inocêncio Mártires Coelho”, diz o colunista.
Ainda segundo Gaspari, “o repórter Leandro Fortes teve acesso a documentos do processo. Se nele há interesse público envolvido, vai na direção da transparência, não do segredo. Mártires Coelho dirigia o instituto e foi afastado por Gilmar.
No processo, seus advogados acusam o ministro de ter exigido que ‘lhe fosse dada uma percentagem dos valores doados ao IDP a título de patrocínio para custear seus eventos extracurriculares, tais como congressos, seminários (…). O motivo/razão para a cobrança desse ‘pedágio’ era simples, pelo menos aos olhos do cobrador: sem o seu inegável prestígio e sua notória influência, ninguém financiaria tais atividades”.
No documento, Mendes se disse “cansado de ser garoto-propaganda do IDP”, acrescenta o colunista. “Atualmente, o IDP lista 26 ‘instituições e empresas conveniadas’. Entre elas estão a Câmara dos Deputados, o Ministério do Trabalho, a OAB do Piauí, um Tribunal Regional do Trabalho e 15 associações e sindicatos de servidores públicos. Empresa privada, daquelas que o dono tem que se preocupar com o balanço, nenhuma”, pontuou.
“A essa altura, com a divulgação das razões dos advogados de Inocêncio Mártires Coelho, o segredo de Justiça tornou-se um ônus para Gilmar Mendes e nunca é demais repetir o juiz Louis Brandeis, da Corte Suprema dos Estados Unidos: “A luz do sol é o melhor desinfetante”. (Sabendo que a Corte Suprema pagava pouco, Brandeis resolveu ficar rico antes de ir para lá). Um ex-procurador-geral da República e um ministro do Supremo Tribunal não organizam um educandário comercial sem amparo nas leis.
Quando esse educandário firma convênios com entidades públicas, deve ter sido achada base legal para fazê-lo. Tudo bem, mas é mais fácil um juiz do Tribunal Constitucional da Alemanha ou da Corte Suprema dos Estados Unidos se associar a um mágico de feira antes do que se meter em semelhante iniciativa”, conclui Gaspari, sobre a posição de Gilmar Mendes.
Fonte: Correio do Brasil
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Campanha pelo direito à educação pede ampliação do acesso de crianças a pré-escola
O ato marcou o encerramento da Semana de Ação Mundial, uma iniciativa da Campanha Global pela Educação que, desde 2003, ocorre simultaneamente em mais de 100 países, como forma de pressionar líderes mundiais e políticos para que cumpram os tratados e as leis..

Com o tema Educação Infantil de Qualidade, a Campanha Nacional pelo Direito à Educação promoveu nesta quarta-feira o Ato Público Lúdico, no Parque da Cidade, na região central da capital federal. O objetivo foi chamar a atenção das autoridades para a necessidade de garantia do acesso a creches e a pré-escolas de qualidade.
O ato marcou o encerramento da Semana de Ação Mundial, uma iniciativa da Campanha Global pela Educação que, desde 2003, ocorre simultaneamente em mais de 100 países, como forma de pressionar líderes mundiais e políticos para que cumpram os tratados e as leis nacionais e internacionais.
“No Brasil, durante a semana, foram distribuídos materiais de apoio para 150 municípios e foram realizadas várias atividades com pinturas, palestras e teatro sobre o direito de educação infantil de qualidade”, destacou a coordenadora executiva da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Iracema Nascimento.
Ela lembrou que o direito ao ensino infantil está previsto na Constituição de 1988. “A educação infantil foi incluída como a primeira etapa da educação básica, e por isso estamos lutando para ser efetivada, que não fique só reconhecida no papel.
O maior problema que estamos enfrentando é a falta de creches, as que existem não têm qualidade adequada”. Segundo Iracema, pesquisas mostram que crianças que passam pela educação infantil têm maior capacidade de aprendizagem.
De acordo com a coordenadora de Educação Infantil da Secretaria de Educação do Distrito Federal (DF), Edna Barroso, o número de estabelecimentos destinados à essa etapa de ensino é insuficiente para atender a toda demanda. Segundo ela, este ano serão construídas no DF 31 unidades voltadas a crianças até 5 anos.
O ato marcou o encerramento da Semana de Ação Mundial, uma iniciativa da Campanha Global pela Educação que, desde 2003, ocorre simultaneamente em mais de 100 países, como forma de pressionar líderes mundiais e políticos para que cumpram os tratados e as leis nacionais e internacionais.
“No Brasil, durante a semana, foram distribuídos materiais de apoio para 150 municípios e foram realizadas várias atividades com pinturas, palestras e teatro sobre o direito de educação infantil de qualidade”, destacou a coordenadora executiva da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Iracema Nascimento.
Ela lembrou que o direito ao ensino infantil está previsto na Constituição de 1988. “A educação infantil foi incluída como a primeira etapa da educação básica, e por isso estamos lutando para ser efetivada, que não fique só reconhecida no papel.
O maior problema que estamos enfrentando é a falta de creches, as que existem não têm qualidade adequada”. Segundo Iracema, pesquisas mostram que crianças que passam pela educação infantil têm maior capacidade de aprendizagem.
De acordo com a coordenadora de Educação Infantil da Secretaria de Educação do Distrito Federal (DF), Edna Barroso, o número de estabelecimentos destinados à essa etapa de ensino é insuficiente para atender a toda demanda. Segundo ela, este ano serão construídas no DF 31 unidades voltadas a crianças até 5 anos.
Fonte: Correio do Brasil
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Senadores consideram pouco eficaz a quebra de sigilos dos governadores de Goiás e do DF
Na opinião de Cunha Lima, o debate em torno do sigilo dos governadores é um “embate político” que desvia o foco da CPMI, que é o de investigar as relações do empresário Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, com agentes públicos e privados...
Brasília - A autorização dos governadores do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, e de Goiás, Marconi Perillo, para que a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira quebre seus sigilos bancário, fiscal e telefônico, na avaliação do senador Pedro Taques (PDT-MT), terá pouco efeito prático.
Para Taques, que é membro da comissão, provavelmente não serão encontrados vestígios de atividades irregulares, mesmo que elas tenham acontecido. “Imagine, você acha que o cidadão que possa cometer corrupção vai colocar dinheiro na própria conta?”
Ele também considerou os dois depoimentos praticamente “nulos”. Na opinião do senador, os membros da CPMI precisam se dedicar a analisar os documentos da Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, bem como os sigilos de outras pessoas relacionadas à investigação que já foram quebrados pela CPMI. “Os depoimentos não contribuem em nada na minha avaliação. Nós temos que nos ater aos documentos”, ressaltou.
Para o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), os parlamentares da CPMI atravessaram uma “linha perigosa” ao decidir pela quebra de sigilo dos dois governadores. “Um governador de estado não pode ser investigado pelo Senado”, disse.
Na opinião de Cunha Lima, o debate em torno do sigilo dos governadores é um “embate político” que desvia o foco da CPMI, que é o de investigar as relações do empresário Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, com agentes públicos e privados.
Para o senador paraibano, agora é inevitável aprovar a convocação do dono da Construtora Delta, Fernando Cavendish, e de outros envolvidos que, até o momento, estavam fora das investigações da CPMI. “Chamara dois governadores de estado e não vão chamar o dono da principal empresa suspeita? Não há como”, declarou.
A próxima reunião administrativa da CPMI foi marcada para amanhã (14), quando os membros da comissão deverão votar requerimentos e definir novas datas para depoimentos.
Hoje o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz depôs por mais de dez horas. Na saída, um grupo de manifestantes, além dos parlamentares do partido de Agnelo, o PT, manifestou apoio ao governador.
Para Taques, que é membro da comissão, provavelmente não serão encontrados vestígios de atividades irregulares, mesmo que elas tenham acontecido. “Imagine, você acha que o cidadão que possa cometer corrupção vai colocar dinheiro na própria conta?”
Ele também considerou os dois depoimentos praticamente “nulos”. Na opinião do senador, os membros da CPMI precisam se dedicar a analisar os documentos da Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, bem como os sigilos de outras pessoas relacionadas à investigação que já foram quebrados pela CPMI. “Os depoimentos não contribuem em nada na minha avaliação. Nós temos que nos ater aos documentos”, ressaltou.
Para o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), os parlamentares da CPMI atravessaram uma “linha perigosa” ao decidir pela quebra de sigilo dos dois governadores. “Um governador de estado não pode ser investigado pelo Senado”, disse.
Na opinião de Cunha Lima, o debate em torno do sigilo dos governadores é um “embate político” que desvia o foco da CPMI, que é o de investigar as relações do empresário Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, com agentes públicos e privados.
Para o senador paraibano, agora é inevitável aprovar a convocação do dono da Construtora Delta, Fernando Cavendish, e de outros envolvidos que, até o momento, estavam fora das investigações da CPMI. “Chamara dois governadores de estado e não vão chamar o dono da principal empresa suspeita? Não há como”, declarou.
A próxima reunião administrativa da CPMI foi marcada para amanhã (14), quando os membros da comissão deverão votar requerimentos e definir novas datas para depoimentos.
Hoje o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz depôs por mais de dez horas. Na saída, um grupo de manifestantes, além dos parlamentares do partido de Agnelo, o PT, manifestou apoio ao governador.
Fonte: Agência Brasil
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Relator da CPMI diz que envolvimento de Cachoeira era maior em GO do que no DF
Na opinião de Odair Cunha, os vínculos entre o governador Agnelo e o empresário goiano, que é suspeito de comandar uma quadrilha que explorava jogos ilegais em Goiás e fraudava licitações corrompendo agentes públicos...
Brasília - O relator da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), deputado Odair Cunha (PT-MG), que é do mesmo partido do governador do Distrito Federal Agnelo Queiroz, disse que a situação da quadrilha investigada pela CPMI é muito diferente nos dois estados. “Tudo que foi visto até agora mostra que as atividades do Cachoeira são infinitamente superiores em Goiás do que no Distrito Federal”.
Na opinião de Odair Cunha, os vínculos entre o governador Agnelo e o empresário goiano, que é suspeito de comandar uma quadrilha que explorava jogos ilegais em Goiás e fraudava licitações corrompendo agentes públicos, “não foram comprovados”.
Durante o depoimento de Agnelo, que durou cerca de 10 horas, parlamentares oposicionistas insistiram em perguntas sobre a compra da casa dele, que custou R$ 400 mil. Alguns parlamentares insinuaram que o valor estaria muito baixo do preço geral dos imóveis situados no mesmo bairro em Brasília. Também houve questionamentos sobre de onde o governador teria tirado dinheiro, uma vez que seu patrimônio à época seria incompatível com o valor.
Para o relator, no entanto, os valores e a compra da casa de Agnelo não são importantes e não devem ser explorados pelos membros da CPMI. “A casa não é objeto da CPI. Ele precisa prestar os esclarecimentos à Justiça”.
Sobre as quebras de sigilo de Agnelo e de Perillo, Cunha disse que serão analisadas regimentalmente pelos parlamentares. Os dois colocaram seus sigilos bancário, fiscal e telefônico à disposição dos membros da CPMI. Amanhã, em reunião administrativa, os deputados e senadores irão votar os requerimentos relativos ao assunto.
Na opinião de Odair Cunha, os vínculos entre o governador Agnelo e o empresário goiano, que é suspeito de comandar uma quadrilha que explorava jogos ilegais em Goiás e fraudava licitações corrompendo agentes públicos, “não foram comprovados”.
Durante o depoimento de Agnelo, que durou cerca de 10 horas, parlamentares oposicionistas insistiram em perguntas sobre a compra da casa dele, que custou R$ 400 mil. Alguns parlamentares insinuaram que o valor estaria muito baixo do preço geral dos imóveis situados no mesmo bairro em Brasília. Também houve questionamentos sobre de onde o governador teria tirado dinheiro, uma vez que seu patrimônio à época seria incompatível com o valor.
Para o relator, no entanto, os valores e a compra da casa de Agnelo não são importantes e não devem ser explorados pelos membros da CPMI. “A casa não é objeto da CPI. Ele precisa prestar os esclarecimentos à Justiça”.
Sobre as quebras de sigilo de Agnelo e de Perillo, Cunha disse que serão analisadas regimentalmente pelos parlamentares. Os dois colocaram seus sigilos bancário, fiscal e telefônico à disposição dos membros da CPMI. Amanhã, em reunião administrativa, os deputados e senadores irão votar os requerimentos relativos ao assunto.
Fonte: Agência Brasil
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Três Estados devem ganhar Comissões da Verdade até setembro desde ano
Projeto no Rio de Janeiro entra na pauta da Assembleia Legislativa na quinta-feira; em Santa Catarina e Espírito Santo, projeto caminha rapidamente

Pelo menos três estados brasileiros (Rio de Janeiro, Santa Catarina e Espírito Santo) devem instituir nos próximos três meses comissões estaduais da verdade que tem como objetivo auxiliar nos trabalhos da Comissão Nacional da Verdade.
Apesar de terem função auxiliar, os órgãos querem apurar apenas os crimes cometidos pelos militares durante os anos de 1964 a 1985. No Pará e em Goiás, também tramitam uma propostas de criação de entidades semelhantes mas sem perspectiva de um desfecho.
Hoje, dois estados já contam com órgãos de investigação de crimes contra os direitos humanos durante a ditadura: São Paulo e Pernambuco. Nesta semana, foi formatada uma articulação entre a comissão nacional e a estadual paulista.
Dessa articulação, surgiram outros órgãos que também ajudarão nesse processo de investigação dos crimes na ditadura: a comissão municipal da verdade de São Paulo e comissões da Universidade de São Paulo (USP) e da Pontifícia Universidade Católica (PUC). O órgão nacional também contará com dados das investigações já iniciada em Pernambuco.
Nos Estados, os órgãos tem um poder de investigação igual ao nacional. O tempo de duração também é igual: dois anos. O número de membros, no entanto, varia. No Rio de Janeiro, são sete membros; em Santa Catarina, cinco.
As remunerações não ficaram definidas, dependendo de regulamentação das respectivas mesas diretoras das Assembleias Legislativas. Mas os projetos, porém, abrem brecha para que o funcionários públicos sejam apenas remanejados, com o mesmo salário, para integrar as comissões estaduais. Todas terão como resultado a elaboração de um relatório sobre os crimes na ditadura.
No Rio de Janeiro, o projeto de lei 889/2011, vai entrar na pauta de votação em segundo turno na Assembleia Legislativa amanhã. Caso seja aprovado, o governador Sérgio Cabral (PMDB) tem 15 dias para sancioná-lo ou vetá-lo. O projeto começou a tramitar no final do ano passado, logo após a criação da lei 12.528, que instituiu a Comissão Nacional da Verdade.
Em Santa Catarina, o projeto de resolução para criar um órgão no âmbito da Assembleia Legislativa, começou a tramitar no início do ano e hoje está em posse do líder do governo Edison Andrino (PMDB). Depois o projeto segue para a análise da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa e para votação em dois turnos.
Não existe resistência contra o projeto pelos deputados. Segundo a autora do projeto, Angela Albino (PCdoB), a expectativa é que dentro de dois meses, o projeto seja aprovado em plenário. “Em Santa Catarina, o silêncio é particularmente assustador”, disse a comunista.
No Espírito Santo, Estado do ex-delegado do Departamento de Ordem Política e Social (DOPS), Cláudio Guerra, responsável por novas revelações sobre a ditadura, a proposta já está na Comissão de Constituição e Justiça da casa. O autor da proposta, dr. Hércules (PMDB), deve pedir a tramitação de urgência do projeto.
Depois da CCJ, a proposta segue para a votação em 1º turno. Depois, retorna para as comissões de finanças, cidadania e direitos humanos da casa. Mas, conforme a assessoria do deputado, a expectativa é que a comissão da verdade do Espírito Santo seja criada dentro dos próximos três meses.
Em Goiás, a proposta caminha a passos lentos. O projeto de resolução foi protocolado dia 20 de março e desde o dia 28 de março o processo está na CCJ da Casa. No caso específico da casa legislativa goiana, a paralisação da pauta não é exclusividade deste projeto de resolução.
Desde o início da divulgação dos vazamentos das escutas telefônicas da Polícia Federal (PF) sobre a “Operação Monte Carlo”, algumas matérias importantes deixaram de ser apreciadas na casa por conta da repercussão política do caso.
Apesar de terem função auxiliar, os órgãos querem apurar apenas os crimes cometidos pelos militares durante os anos de 1964 a 1985. No Pará e em Goiás, também tramitam uma propostas de criação de entidades semelhantes mas sem perspectiva de um desfecho.
Hoje, dois estados já contam com órgãos de investigação de crimes contra os direitos humanos durante a ditadura: São Paulo e Pernambuco. Nesta semana, foi formatada uma articulação entre a comissão nacional e a estadual paulista.
Dessa articulação, surgiram outros órgãos que também ajudarão nesse processo de investigação dos crimes na ditadura: a comissão municipal da verdade de São Paulo e comissões da Universidade de São Paulo (USP) e da Pontifícia Universidade Católica (PUC). O órgão nacional também contará com dados das investigações já iniciada em Pernambuco.
Nos Estados, os órgãos tem um poder de investigação igual ao nacional. O tempo de duração também é igual: dois anos. O número de membros, no entanto, varia. No Rio de Janeiro, são sete membros; em Santa Catarina, cinco.
As remunerações não ficaram definidas, dependendo de regulamentação das respectivas mesas diretoras das Assembleias Legislativas. Mas os projetos, porém, abrem brecha para que o funcionários públicos sejam apenas remanejados, com o mesmo salário, para integrar as comissões estaduais. Todas terão como resultado a elaboração de um relatório sobre os crimes na ditadura.
No Rio de Janeiro, o projeto de lei 889/2011, vai entrar na pauta de votação em segundo turno na Assembleia Legislativa amanhã. Caso seja aprovado, o governador Sérgio Cabral (PMDB) tem 15 dias para sancioná-lo ou vetá-lo. O projeto começou a tramitar no final do ano passado, logo após a criação da lei 12.528, que instituiu a Comissão Nacional da Verdade.
Em Santa Catarina, o projeto de resolução para criar um órgão no âmbito da Assembleia Legislativa, começou a tramitar no início do ano e hoje está em posse do líder do governo Edison Andrino (PMDB). Depois o projeto segue para a análise da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa e para votação em dois turnos.
Não existe resistência contra o projeto pelos deputados. Segundo a autora do projeto, Angela Albino (PCdoB), a expectativa é que dentro de dois meses, o projeto seja aprovado em plenário. “Em Santa Catarina, o silêncio é particularmente assustador”, disse a comunista.
No Espírito Santo, Estado do ex-delegado do Departamento de Ordem Política e Social (DOPS), Cláudio Guerra, responsável por novas revelações sobre a ditadura, a proposta já está na Comissão de Constituição e Justiça da casa. O autor da proposta, dr. Hércules (PMDB), deve pedir a tramitação de urgência do projeto.
Depois da CCJ, a proposta segue para a votação em 1º turno. Depois, retorna para as comissões de finanças, cidadania e direitos humanos da casa. Mas, conforme a assessoria do deputado, a expectativa é que a comissão da verdade do Espírito Santo seja criada dentro dos próximos três meses.
Em Goiás, a proposta caminha a passos lentos. O projeto de resolução foi protocolado dia 20 de março e desde o dia 28 de março o processo está na CCJ da Casa. No caso específico da casa legislativa goiana, a paralisação da pauta não é exclusividade deste projeto de resolução.
Desde o início da divulgação dos vazamentos das escutas telefônicas da Polícia Federal (PF) sobre a “Operação Monte Carlo”, algumas matérias importantes deixaram de ser apreciadas na casa por conta da repercussão política do caso.
Fonte: iG
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Nova proposta de plano de carreira será apresentada a professores federais em greve
A categoria está em greve há quase um mês. Uma das possibilidades é que seja tomada com referência a estrutura de carreira dos servidores do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), que seria mais vantajosa do ponto de vista da progressão...
Brasília – O Ministério do Planejamento se comprometeu a apresentar na próxima terça-feira (19) aos professores das universidades federais uma nova proposta de plano de carreira.
A categoria está em greve há quase um mês. Uma das possibilidades é que seja tomada com referência a estrutura de carreira dos servidores do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), que seria mais vantajosa do ponto de vista da progressão.
A proposta já começou a ser discutida ontem (12) durante reunião do comando de greve com o secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça. Entretanto, segundo o Associação Nacional dos Docentes do Ensino Superior (Andes), foi apresentada de maneira muito superficial.
O governo chegou a pedir que a categoria fizesse uma “trégua” de 20 dias para que o semestre letivo fosse concluído, o que foi rejeitado pelos grevistas.
De acordo com o Ministério da Educação (MEC), a nova proposta de plano de carreira será baseada em “critérios de mérito acadêmico e valorização da dedicação ao ensino, à pesquisa e à extensão”.
A possibilidade de migração dos docentes para a carreira do MCTI já está sendo discutida pelo comando de greve. Mas o movimento informou que vai aguardar a próxima reunião para conhecer a proposta concreta do governo.
“O governo federal espera contar com o compromisso e a compreensão dos docentes em greve e assegura que dará continuidade ao processo de modernização e expansão das universidades e dos institutos federais, contribuindo, dessa forma, para o desenvolvimento social e para a inclusão de mais brasileiros no ensino superior”, diz nota divulgada pelo MEC.
A categoria está em greve há quase um mês. Uma das possibilidades é que seja tomada com referência a estrutura de carreira dos servidores do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), que seria mais vantajosa do ponto de vista da progressão.
A proposta já começou a ser discutida ontem (12) durante reunião do comando de greve com o secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça. Entretanto, segundo o Associação Nacional dos Docentes do Ensino Superior (Andes), foi apresentada de maneira muito superficial.
O governo chegou a pedir que a categoria fizesse uma “trégua” de 20 dias para que o semestre letivo fosse concluído, o que foi rejeitado pelos grevistas.
De acordo com o Ministério da Educação (MEC), a nova proposta de plano de carreira será baseada em “critérios de mérito acadêmico e valorização da dedicação ao ensino, à pesquisa e à extensão”.
A possibilidade de migração dos docentes para a carreira do MCTI já está sendo discutida pelo comando de greve. Mas o movimento informou que vai aguardar a próxima reunião para conhecer a proposta concreta do governo.
“O governo federal espera contar com o compromisso e a compreensão dos docentes em greve e assegura que dará continuidade ao processo de modernização e expansão das universidades e dos institutos federais, contribuindo, dessa forma, para o desenvolvimento social e para a inclusão de mais brasileiros no ensino superior”, diz nota divulgada pelo MEC.
Fonte: Agência Brasil
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Ayres Britto diz que STF não tem 'sangue no olho' para julgar mensalão
O processo apura responsabilidades em um suposto esquema de compra de apoio parlamentar pelo PT e de financiamento indevido de campanhas revelado em 2005, durante o governo Lula...
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Carlos Ayres Britto, disse hoje que "uma celeuma" indevida está sendo criada em relação ao julgamento do mensalão, marcado para começar no dia 1º de agosto.
O processo apura responsabilidades em um suposto esquema de compra de apoio parlamentar pelo PT e de financiamento indevido de campanhas revelado em 2005, durante o governo Lula.
Britto disse que a celeuma foi criada devido à ideia de que a predisposição para julgar significa uma predisposição para condenar.
— Como se ministro tivesse raja de sangue no olho e total descompromisso com o devido processo legal — criticou Britto, lembrando que o julgamento é uma etapa natural de qualquer processo.
O presidente deu as declarações ao participar de evento no Conselho Nacional do Ministério Público, que apresentou a solução de milhares de inquéritos de homicídios abertos até 2007 e que estavam, até agora, pendentes.
O processo apura responsabilidades em um suposto esquema de compra de apoio parlamentar pelo PT e de financiamento indevido de campanhas revelado em 2005, durante o governo Lula.
Britto disse que a celeuma foi criada devido à ideia de que a predisposição para julgar significa uma predisposição para condenar.
— Como se ministro tivesse raja de sangue no olho e total descompromisso com o devido processo legal — criticou Britto, lembrando que o julgamento é uma etapa natural de qualquer processo.
O presidente deu as declarações ao participar de evento no Conselho Nacional do Ministério Público, que apresentou a solução de milhares de inquéritos de homicídios abertos até 2007 e que estavam, até agora, pendentes.
Fonte: Agência Brasil
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Comissão do Congresso aprova reajuste para servidores
Substitutivo retirou do texto da MP trecho que provocaria problemas na remuneração dos médicos, com perdas de até 50%
A Comissão Mista do Congresso aprovou, nesta quarta-feira (13), a medida provisória (MP) 568/2012, que reajusta salários de 30 categorias de servidores públicos, mas que provocaria problemas na remuneração dos médicos, com perdas de até 50%.
Depois da pressão dos médicos de hospitais federais, que ameaçavam fazer uma greve nacional, o governo retirou essa parte do texto. A MP precisa ser votada agora nos plenários da Câmara e do Senado.
Relator da medida provisória e líder do governo, o senador Eduardo Braga (PMDB-AM) apresentou uma emenda acabando com as modificações propostas pelo Ministério do Planejamento sobre os vencimentos da categoria e criando tabelas de remuneração exclusivas para a carreira médica.
Depois que foi resolvido o problema das perdas salariais, os médicos ensaiaram, por meio do DEM, obstruir a votação da medida provisória para reivindicar aumento salarial, mas não houve acordo e eles recuaram. O governo se comprometeu a discutir o assunto no futuro.
"Não poderíamos incluir aumento salarial na medida provisória porque seria inconstitucional. O Congresso não pode criar despesas para o Executivo", afirmou Braga.
Depois da pressão dos médicos de hospitais federais, que ameaçavam fazer uma greve nacional, o governo retirou essa parte do texto. A MP precisa ser votada agora nos plenários da Câmara e do Senado.
Relator da medida provisória e líder do governo, o senador Eduardo Braga (PMDB-AM) apresentou uma emenda acabando com as modificações propostas pelo Ministério do Planejamento sobre os vencimentos da categoria e criando tabelas de remuneração exclusivas para a carreira médica.
Depois que foi resolvido o problema das perdas salariais, os médicos ensaiaram, por meio do DEM, obstruir a votação da medida provisória para reivindicar aumento salarial, mas não houve acordo e eles recuaram. O governo se comprometeu a discutir o assunto no futuro.
"Não poderíamos incluir aumento salarial na medida provisória porque seria inconstitucional. O Congresso não pode criar despesas para o Executivo", afirmou Braga.
Fonte: Agência Brasil
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Governo reduz imposto de importação de bens de capital
O regime de ex-tarifário é um mecanismo de estímulo aos investimentos produtivos no país por meio da redução temporária do imposto de importação de bens de capital, informática e telecomunicação que não são produzidos no Brasil...
Brasília - O governo reduziu o imposto de importação de bens de capital e de bens de informática e telecomunicações até 2013.
A Câmara de Comércio Exterior (Camex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior aprovou novas concessões e renovações de produtos ex-tarifários sem produção nacional, reduzindo o imposto de importação de até 16% para até 2%. As mudanças foram publicadas hoje (13) no Diário Oficial da União e objetivam incentivar a competitividade nas indústrias brasileiras.
O regime de ex-tarifário é um mecanismo de estímulo aos investimentos produtivos no país por meio da redução temporária do imposto de importação de bens de capital, informática e telecomunicação que não são produzidos no Brasil.
Com a diminuição dos tributos, o intuito é ampliar a inovação tecnológica e estimular os investimentos para o abastecimento do mercado interno.
A Câmara de Comércio Exterior (Camex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior aprovou novas concessões e renovações de produtos ex-tarifários sem produção nacional, reduzindo o imposto de importação de até 16% para até 2%. As mudanças foram publicadas hoje (13) no Diário Oficial da União e objetivam incentivar a competitividade nas indústrias brasileiras.
O regime de ex-tarifário é um mecanismo de estímulo aos investimentos produtivos no país por meio da redução temporária do imposto de importação de bens de capital, informática e telecomunicação que não são produzidos no Brasil.
Com a diminuição dos tributos, o intuito é ampliar a inovação tecnológica e estimular os investimentos para o abastecimento do mercado interno.
Fonte: Agência Brasil
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Olimpíada de Londres vai custar menos que o previsto
O custo dos Jogos Olímpicos de Londres vai ficar 476 milhões de libras (mais de R$ 1,5 bilhão) abaixo do orçamento de 9,3 bilhões de libras (R$ 29,8 bilhões), disse nesta quarta-feira o governo britânico.

"A Grã-Bretanha provou que não só podemos fazer um grande evento para o mundo assistir, como o Jubileu de Diamante, mas que também pode entregar grandes projetos de construção no tempo e no orçamento", disse o ministro dos Esportes, Hugh Robertson.
O dinheiro que sobrou deve ser devolvido ao Tesouro.
O orçamento, estabelecido em 2007, foi bem mais alto do que o previsto em 2005 quando Londres foi escolhida como cidade sede.
Multidão
O governo afirmou que, apesar de os custos não ultrapassarem o orçamento, vai destinar um fundo extra de 19 milhões de libras (R$ 61 milhões) para reforçar os mecanismos de controle de multidão e orientar o público.
O dinheiro extra será para garantir que tudo corra bem na zona chamada pelo governo de "última milha", a distância entre os centros de transportes e locais de jogos.
"Nós sabemos exatamente quantos ingressos foram vendidos e cerca de quantas pessoas devem estar em Londres", afirmou Robertson.
"Mas absolutamente ninguém sabe quantas pessoas vão estar circulando na cidade, perto dos eventos, quando eles ocorrerem", disse o ministro.
"Neste verão, Londres vai ser um lugar para festa. É muito difícil para nós saber exatamente quantas pessoas vão estar em trens, carros ou na balsa", completou.
O governo afirmou que o trabalho da autoridade responsável pelas obras olímpicas está 98% finalizado e deve ser concluído após a Olimpíada, quando os alojamentos dos atletas vão ser convertidos em casas.
O dinheiro que sobrou deve ser devolvido ao Tesouro.
O orçamento, estabelecido em 2007, foi bem mais alto do que o previsto em 2005 quando Londres foi escolhida como cidade sede.
Multidão
O governo afirmou que, apesar de os custos não ultrapassarem o orçamento, vai destinar um fundo extra de 19 milhões de libras (R$ 61 milhões) para reforçar os mecanismos de controle de multidão e orientar o público.
O dinheiro extra será para garantir que tudo corra bem na zona chamada pelo governo de "última milha", a distância entre os centros de transportes e locais de jogos.
"Nós sabemos exatamente quantos ingressos foram vendidos e cerca de quantas pessoas devem estar em Londres", afirmou Robertson.
"Mas absolutamente ninguém sabe quantas pessoas vão estar circulando na cidade, perto dos eventos, quando eles ocorrerem", disse o ministro.
"Neste verão, Londres vai ser um lugar para festa. É muito difícil para nós saber exatamente quantas pessoas vão estar em trens, carros ou na balsa", completou.
O governo afirmou que o trabalho da autoridade responsável pelas obras olímpicas está 98% finalizado e deve ser concluído após a Olimpíada, quando os alojamentos dos atletas vão ser convertidos em casas.
Fonte: BBC Brasil
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Juros para pessoa física caem e atingem menor taxa dos últimos 17 anos
O resultado é 0,07 ponto percentual inferior ao de abril e 1,63 ponto percentual abaixo da variação registrada em igual mês do ano passado...
São Paulo - As taxas médias de juros cobradas em seis linhas de crédito para pessoas físicas ficaram 6,18%, em maio. O resultado é 0,07 ponto percentual inferior ao de abril e 1,63 ponto percentual abaixo da variação registrada em igual mês do ano passado.
No ano, a taxa ficou em 105,36%, com queda de 1,52% no período de 12 meses. É a quarta queda registrada neste ano e o menor índice da série histórica da pesquisa, iniciada em 1995 pela Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac).
O levantamento aponta também que apenas ficou inalterada a taxa de juros sobre o cartão de crédito rotativo. Em operações para pessoas jurídicas, houve a quinta redução no ano em três modalidades de crédito, com a taxa média passando de 3,63% ao mês (53,40% ao ano) para 3,54% ao mês (51,81% ao ano). Com as quedas de 2,48% no mês e 2,98% em 12 meses, essa base de correção para as empresas é a mais baixa desde 1999.
Na avaliação do diretor executivo de Estudos Financeiros da Anefac, Miguel José Ribeiro de Oliveira, os recuos podem ser atribuídos em parte à redução da taxa básica de juros, a Selic, que passou de 9% para 8,5% ao ano, na última reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (BC), realizada no final de maio.
Além disso, o executivo apontou as quedas como consequência “da maior competição no sistema financeiro após os bancos públicos [Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal] promoverem reduções em suas taxas de juros, o que foi acompanhado pelas principais instituições financeiras privadas”. Ele citou ainda a expectativa de novas reduções da taxa básica de juros e a queda nos índices de inadimplência.
No ano, a taxa ficou em 105,36%, com queda de 1,52% no período de 12 meses. É a quarta queda registrada neste ano e o menor índice da série histórica da pesquisa, iniciada em 1995 pela Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac).
O levantamento aponta também que apenas ficou inalterada a taxa de juros sobre o cartão de crédito rotativo. Em operações para pessoas jurídicas, houve a quinta redução no ano em três modalidades de crédito, com a taxa média passando de 3,63% ao mês (53,40% ao ano) para 3,54% ao mês (51,81% ao ano). Com as quedas de 2,48% no mês e 2,98% em 12 meses, essa base de correção para as empresas é a mais baixa desde 1999.
Na avaliação do diretor executivo de Estudos Financeiros da Anefac, Miguel José Ribeiro de Oliveira, os recuos podem ser atribuídos em parte à redução da taxa básica de juros, a Selic, que passou de 9% para 8,5% ao ano, na última reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (BC), realizada no final de maio.
Além disso, o executivo apontou as quedas como consequência “da maior competição no sistema financeiro após os bancos públicos [Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal] promoverem reduções em suas taxas de juros, o que foi acompanhado pelas principais instituições financeiras privadas”. Ele citou ainda a expectativa de novas reduções da taxa básica de juros e a queda nos índices de inadimplência.
Fonte: Agência Brasil
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Análise: Não há saída fácil para o conflito sírio
O editor-chefe do escritório da BBC no Oriente Médio, Paul Danahar, esteve recentemente na Síria onde viu uma população vivendo em estado de medo e desconfiança. Ele explica abaixo as dimensões do conflito e por que uma solução está se provando muito difícil.

Veja a análise:
A comunidade internacional passou muito tempo vendo o conflito sírio através do prisma de outros levantes árabes. O regime parecia apenas mais um dominó esperando para cair. O mundo enxergava então a crise em preto e branco.
O conflito complicou-se e hoje tem inúmeros tons de cinza. Além do Exército e dos manifestantes surgiram elementos novos.
A escala do levante pressiona o regime de Bashar al-Assad, que só confia em suas brigadas militares mais leais para enfrentar crises graves. O governo teme que ocorram deserções se eles pedirem aos soldados comuns que abram fogo contra civis.
Mas não havia unidades de elite suficientes para combater os focos de combate e, em seguida, manter o terreno conquistado. Então, o governo criou as milícias, ou shabiha, para essa tarefa.
Eles fizeram um alerta à comunidade muçulmana alauíta, que controla a maior parte do poder e as Forças Armadas e da qual o próprio Assad é integrante: "Esta não é uma revolução da Síria, é uma revolução (muçulmana) sunita. Fiquem do lado certo."
O governo então armou as milícias.
A maioria das pessoas que conheci na Síria acredita que, enquanto as milícias atuam em conjunto com o Exército para manter áreas conquistadas, elas também agem por conta própria para cometer assassinatos sectários ou resolver disputas locais.
Algumas destas milícias decidiram que a melhor defesa é o assassinato. E de preferência, da comunidade vizinha.
Profecia
A situação não é mais simples do lado da oposição. Frustrada com a disposição do regime de atirar contra pessoas desarmadas e a relutância do mundo em intervir para impedir isso, alguns oposicionistas começaram uma luta militar paralela.
Em alguns casos, eles descobriram que a ajuda que começaram a receber de fora vinha com condições.
Diplomatas me disseram que, em pelo menos uma ocasião, isso levou outros países próximos a usarem sua influência sobre unidades militares oposicionistas para romper o cessar-fogo negociado pela ONU.
É por este tipo de incidente que Kofi Annan pediu que o grupo de interlocutores que lidam com a resolução do conflito seja ampliado.
Muito do que o governo sírio disse no princípio podia não ser verdade, mas é agora, como uma espécie de profecia que se cumpriu.
Alguns extremistas islâmicos estão atuando na Síria, com a experiência de combate adquirida no Iraque.
Eles não seguem uma liderança formal. Atuam mais como se pensassem: "Se você não é um deles, está contra eles".
Damasco foi até bastante poupada nos últimos meses pela violência, mas agora é uma cidade que vive no limite.
Grandes ataques com bombas em centros urbanos despertaram nas minorias o medo do surgimento de grupos extremistas religiosos e os levou a apoiar o governo.
Outros se aproximaram da oposição, por causa da ascensão das milícias. Mesmo gente que já foi ligada ao regime teme ser suspeita aos olhos do serviço secreto. Todos temem uma batida na porta.
Neutralidade
Um diplomata me disse que "esta é uma guerra de propaganda. Você não pode acreditar no que cada um lhe diz".
É por isso que o papel da ONU é tão crucial já que, apesar das deficiências do seu mandato atual, o mundo precisa de um olhar neutro sobre o conflito.
Na Líbia no ano passado uma resolução da ONU foi elaborada quase que totalmente com o relato de "testemunhas oculares", que afirmaram que o governo estava realizando bombardeios aéreos sobre a população.
A alegação era falsa e isso criou mal-estar entre os membros do Conselho de Segurança, dificultando que o órgão adote agora uma posição sobre o conflito sírio.
A missão da ONU na Síria faz um trabalho perigoso, mas considerado de pouca utilidade.
Algumas embaixadas foram fechadas por razões de segurança. Alguns fecharam por causa da pressão em seus países, para parecer que estavam fazendo algo.
Muitos ativistas em Damasco me disseram que esta medida revelou-se de pouca utilidade, porque agora eles não têm ninguém para dialogar.
Esses governos também contam apenas com informações de segunda mão para moldar suas política.
Iêmen
A chamada "solução iemenita" é exemplo de como a situação é complicada. Muitos diplomatas a apontam como a melhor saída: substituir o presidente e transferir o poder para alguém de um escalão mais baixo e o problema estaria resolvido.
Mas muitos partidários do regime defendem a substituição de Bashar Al-Assad por seu irmão, por considerar o presidente muito mole.
Será que o mundo realmente quer esta mudança de comando?
Por fim, qualquer solução deve lidar com os medos reais das comunidades minoritárias, e mais particularmente os alauítas, que compõe 12% da população.
Cerca 30% da comunidade alauíta é relativamente rica, dominando a burocracia do país. O restante vive em favelas e sobrevive, em sua maior parte, por causa de seus empregos públicos.
Se uma revolução busca Justiça, muitas destas pessoas devem perder o emprego. Mas o mundo já tentou uma "desbaathização" no Iraque (tirando de seus cargos membros do antigo regime) e foi um desastre.
Por mais desconfortável que possa ser, a estrutura dessa sociedade deve ser preservada e a "Justiça" pode ter que esperar alguns anos.
Essa sugestão provoca gritos de protesto de alguns membros da oposição. Mas interromper o diálogo custaria ainda mais vidas.
As minorias precisam acreditar que têm um futuro em uma nova Síria. A oposição precisa se unificar e oferecer a estas pessoas uma razão para depor suas armas e convencê-los de que não estão em uma luta até a morte.
A comunidade internacional passou muito tempo vendo o conflito sírio através do prisma de outros levantes árabes. O regime parecia apenas mais um dominó esperando para cair. O mundo enxergava então a crise em preto e branco.
O conflito complicou-se e hoje tem inúmeros tons de cinza. Além do Exército e dos manifestantes surgiram elementos novos.
A escala do levante pressiona o regime de Bashar al-Assad, que só confia em suas brigadas militares mais leais para enfrentar crises graves. O governo teme que ocorram deserções se eles pedirem aos soldados comuns que abram fogo contra civis.
Mas não havia unidades de elite suficientes para combater os focos de combate e, em seguida, manter o terreno conquistado. Então, o governo criou as milícias, ou shabiha, para essa tarefa.
Eles fizeram um alerta à comunidade muçulmana alauíta, que controla a maior parte do poder e as Forças Armadas e da qual o próprio Assad é integrante: "Esta não é uma revolução da Síria, é uma revolução (muçulmana) sunita. Fiquem do lado certo."
O governo então armou as milícias.
A maioria das pessoas que conheci na Síria acredita que, enquanto as milícias atuam em conjunto com o Exército para manter áreas conquistadas, elas também agem por conta própria para cometer assassinatos sectários ou resolver disputas locais.
Algumas destas milícias decidiram que a melhor defesa é o assassinato. E de preferência, da comunidade vizinha.
Profecia
A situação não é mais simples do lado da oposição. Frustrada com a disposição do regime de atirar contra pessoas desarmadas e a relutância do mundo em intervir para impedir isso, alguns oposicionistas começaram uma luta militar paralela.
Em alguns casos, eles descobriram que a ajuda que começaram a receber de fora vinha com condições.
Diplomatas me disseram que, em pelo menos uma ocasião, isso levou outros países próximos a usarem sua influência sobre unidades militares oposicionistas para romper o cessar-fogo negociado pela ONU.
É por este tipo de incidente que Kofi Annan pediu que o grupo de interlocutores que lidam com a resolução do conflito seja ampliado.
Muito do que o governo sírio disse no princípio podia não ser verdade, mas é agora, como uma espécie de profecia que se cumpriu.
Alguns extremistas islâmicos estão atuando na Síria, com a experiência de combate adquirida no Iraque.
Eles não seguem uma liderança formal. Atuam mais como se pensassem: "Se você não é um deles, está contra eles".
Damasco foi até bastante poupada nos últimos meses pela violência, mas agora é uma cidade que vive no limite.
Grandes ataques com bombas em centros urbanos despertaram nas minorias o medo do surgimento de grupos extremistas religiosos e os levou a apoiar o governo.
Outros se aproximaram da oposição, por causa da ascensão das milícias. Mesmo gente que já foi ligada ao regime teme ser suspeita aos olhos do serviço secreto. Todos temem uma batida na porta.
Neutralidade
Um diplomata me disse que "esta é uma guerra de propaganda. Você não pode acreditar no que cada um lhe diz".
É por isso que o papel da ONU é tão crucial já que, apesar das deficiências do seu mandato atual, o mundo precisa de um olhar neutro sobre o conflito.
Na Líbia no ano passado uma resolução da ONU foi elaborada quase que totalmente com o relato de "testemunhas oculares", que afirmaram que o governo estava realizando bombardeios aéreos sobre a população.
A alegação era falsa e isso criou mal-estar entre os membros do Conselho de Segurança, dificultando que o órgão adote agora uma posição sobre o conflito sírio.
A missão da ONU na Síria faz um trabalho perigoso, mas considerado de pouca utilidade.
Algumas embaixadas foram fechadas por razões de segurança. Alguns fecharam por causa da pressão em seus países, para parecer que estavam fazendo algo.
Muitos ativistas em Damasco me disseram que esta medida revelou-se de pouca utilidade, porque agora eles não têm ninguém para dialogar.
Esses governos também contam apenas com informações de segunda mão para moldar suas política.
Iêmen
A chamada "solução iemenita" é exemplo de como a situação é complicada. Muitos diplomatas a apontam como a melhor saída: substituir o presidente e transferir o poder para alguém de um escalão mais baixo e o problema estaria resolvido.
Mas muitos partidários do regime defendem a substituição de Bashar Al-Assad por seu irmão, por considerar o presidente muito mole.
Será que o mundo realmente quer esta mudança de comando?
Por fim, qualquer solução deve lidar com os medos reais das comunidades minoritárias, e mais particularmente os alauítas, que compõe 12% da população.
Cerca 30% da comunidade alauíta é relativamente rica, dominando a burocracia do país. O restante vive em favelas e sobrevive, em sua maior parte, por causa de seus empregos públicos.
Se uma revolução busca Justiça, muitas destas pessoas devem perder o emprego. Mas o mundo já tentou uma "desbaathização" no Iraque (tirando de seus cargos membros do antigo regime) e foi um desastre.
Por mais desconfortável que possa ser, a estrutura dessa sociedade deve ser preservada e a "Justiça" pode ter que esperar alguns anos.
Essa sugestão provoca gritos de protesto de alguns membros da oposição. Mas interromper o diálogo custaria ainda mais vidas.
As minorias precisam acreditar que têm um futuro em uma nova Síria. A oposição precisa se unificar e oferecer a estas pessoas uma razão para depor suas armas e convencê-los de que não estão em uma luta até a morte.
Fonte: BBC Brasil
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Hillary Clinton pressiona a Rússia para cessar envio de armas à Síria
Hillary Clinton disse que apoiava a cooperação com a Rússia, mas manteve firme seu apelo para que acabem os envios de armas, um dia depois de acusar Moscou de enviar helicópteros ...
Washington - A secretária de Estado americana Hillary Clinton renovou nesta quarta-feira (13/6) seu pedido para que a Rússia deixe de enviar armas para a Síria, ao advertir que o país árabe mergulhado na violência está se dirigindo parea uma guerra civil.
Hillary Clinton disse que apoiava a cooperação com a Rússia, mas manteve firme seu apelo para que acabem os envios de armas, um dia depois de acusar Moscou de enviar helicópteros de ataque à Síria, e de afirmar que isso provocaria uma escalada no conflito.
Hillary Clinton disse que apoiava a cooperação com a Rússia, mas manteve firme seu apelo para que acabem os envios de armas, um dia depois de acusar Moscou de enviar helicópteros de ataque à Síria, e de afirmar que isso provocaria uma escalada no conflito.
Fonte: France Presse
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Diversos países do Golfo começam a voltar os olhos para a energia solar
Arábia Saudita, Qatar e Emirados Árabes Unidos já anunciaram ambiciosos projetos de uso da energia solar. Enquanto isso, organizam encontros internacionais sobre o tema e institutos de pesquisas e empresas especializadas começam a ocupar espaços nos negócios..

Dubai - Depois de ter queimado combustíveis fósseis durante muito tempo para construir suas cidades no deserto, diversos países petroleiros e gasíferos do Golfo Pérsico começam a voltar os olhos para a energia solar.
Arábia Saudita, Qatar e Emirados Árabes Unidos já anunciaram ambiciosos projetos de uso da energia solar. Enquanto isso, organizam encontros internacionais sobre o tema e institutos de pesquisas e empresas especializadas começam a ocupar espaços nos negócios.
Talvez o mais significativo seja que diversas autoridades começam a mostrar a conscientização sobre a importância que esta energia renovável pode ter no futuro.
Para Adnan Amin, diretor do Instituto Internacional de Energias Renováveis (Irena), em Abu Dhabi, o interesse também pode ser econômico. "É mais caro subvencionar os produtos petroleiros do que investir nas energias renováveis", acrescentou.
Os países petroleiros do Golfo ainda estão atrasados em relação ao resto do mundo em matéria de proteção ambiental e recursos em energias limpas, mas já ficou evidente uma tendência à evolução.
Assim, o Golfo poderá se tornar a região onde "os investimentos nas energias renováveis aumenta mais rapidamente", afirmou Amin, que justifica assim a decisão de instalar a base do Instituto Irena nos Emiradores Árabes Unidos, terceiro país em volume de emissões de carbono por habitante.
Os Emirados já são vistos como um país consciente da "economia de energia", e que deseja "investir pesadamente e avançar na área de energias renováveis".
Uma cidade solar no coração do deserto
O orgulho dos Emirados é a cidade Masdar City, concebida para ter a menor pegada ecológica possível, com seus automóveis elétricos, sua iluminação pública e o ar condicionado alimentados por uma usina solar de 10 megawatts.
Ainda em sua fase inicial, compõem a cidade alguns poucos edifícios e o Instituto Masdar, programa de pesquisas de nível universitário sobre energias limpas.
Os prédios são concebidos para deixar entrar o sol, mas combater o calor. A temperatura entre os edifícios é inferior em 10 a 15 graus com relação a Abu Dhabi, a poucos quilômetros dali.
"Da arquitetura à gestão de resíduos, estes aspectos se tornaram realidade para a cidade do futuro", disse o diretor do instituto Masdar, Bader Lamki.
Segundo Lamki, as novas normas de construção de Abu Dhabi e Dubai exigem menos consumo de energia.
Masdar está prestes a finalizar uma das maiores usinas solares do mundo ao sul de Abu Dhabi. A central Shams 1, um projeto conjunto com a espanhola Abengoa Solar e a francesa Total, deverá ficar pronta até o fim deste ano.
Shams 1 ocupa uma área de 2,5 quilômetros quadrados e terá capacidade de 100 megawatts. Segundo Lamki, permitirá reduzir em cerca de 175.000 toneladas as emissões de CO2 a cada ano. "É como retirar de circulação 15.000 automóveis ou plantar 1,5 milhão de árvores", disse.
Arábia Saudita, Qatar e Emirados Árabes Unidos já anunciaram ambiciosos projetos de uso da energia solar. Enquanto isso, organizam encontros internacionais sobre o tema e institutos de pesquisas e empresas especializadas começam a ocupar espaços nos negócios.
Talvez o mais significativo seja que diversas autoridades começam a mostrar a conscientização sobre a importância que esta energia renovável pode ter no futuro.
Para Adnan Amin, diretor do Instituto Internacional de Energias Renováveis (Irena), em Abu Dhabi, o interesse também pode ser econômico. "É mais caro subvencionar os produtos petroleiros do que investir nas energias renováveis", acrescentou.
Os países petroleiros do Golfo ainda estão atrasados em relação ao resto do mundo em matéria de proteção ambiental e recursos em energias limpas, mas já ficou evidente uma tendência à evolução.
Assim, o Golfo poderá se tornar a região onde "os investimentos nas energias renováveis aumenta mais rapidamente", afirmou Amin, que justifica assim a decisão de instalar a base do Instituto Irena nos Emiradores Árabes Unidos, terceiro país em volume de emissões de carbono por habitante.
Os Emirados já são vistos como um país consciente da "economia de energia", e que deseja "investir pesadamente e avançar na área de energias renováveis".
Uma cidade solar no coração do deserto
O orgulho dos Emirados é a cidade Masdar City, concebida para ter a menor pegada ecológica possível, com seus automóveis elétricos, sua iluminação pública e o ar condicionado alimentados por uma usina solar de 10 megawatts.
Ainda em sua fase inicial, compõem a cidade alguns poucos edifícios e o Instituto Masdar, programa de pesquisas de nível universitário sobre energias limpas.
Os prédios são concebidos para deixar entrar o sol, mas combater o calor. A temperatura entre os edifícios é inferior em 10 a 15 graus com relação a Abu Dhabi, a poucos quilômetros dali.
"Da arquitetura à gestão de resíduos, estes aspectos se tornaram realidade para a cidade do futuro", disse o diretor do instituto Masdar, Bader Lamki.
Segundo Lamki, as novas normas de construção de Abu Dhabi e Dubai exigem menos consumo de energia.
Masdar está prestes a finalizar uma das maiores usinas solares do mundo ao sul de Abu Dhabi. A central Shams 1, um projeto conjunto com a espanhola Abengoa Solar e a francesa Total, deverá ficar pronta até o fim deste ano.
Shams 1 ocupa uma área de 2,5 quilômetros quadrados e terá capacidade de 100 megawatts. Segundo Lamki, permitirá reduzir em cerca de 175.000 toneladas as emissões de CO2 a cada ano. "É como retirar de circulação 15.000 automóveis ou plantar 1,5 milhão de árvores", disse.
Fonte: France Presse
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ResponderExcluirNOTA PÚBLICA
ResponderExcluirSalvador, 13 de Junho de 2012
Diante noticias veiculadas no dia 13/06/2012, em um expressivo número de blogs e websites, informando que o Partido Verde indicará a senhora Célia Sacramento como candidata a vice-prefeita na chapa do candidato do Partido Democrata (DEM), constatamos um grave erro na notícia que considera a referida senhora como fundadora e até mesmo presidente do Instituto Cultural Steve Biko.
Cientes dessas informações inverídicas, declaramos que a senhora Célia Sacramento não é membro fundador e não faz parte do quadro diretivo do Instituto Cultural Steve Biko. Essa nota tem por objetivo dirimir qualquer dúvida que, porventura seja motivada por documentos ou declarações que informem a participação da senhora Célia Sacramento como membro da direção ou como fundadora dessa instituição. Além disso, a referida senhora está desautorizada a falar em nome do Instituto Cultural Steve Biko ou utilizar o nome dessa organização em materiais publicitários de qualquer natureza, em especial para fins político-partidários.
Ademais, surpreende-nos e nos causa perplexidade, a tentativa de vinculação do legado de 20 anos de promoção de ações afirmativas do Instituto Cultural Steve Biko a projetos político-partidários que se posicionam contra os avanços sociais da população negra, a exemplo das cotas raciais nas universidades públicas.
O atual posicionamento político da senhora Célia Sacramento não encontra respaldo nos princípios éticos, filosóficos e políticos que norteiam nossas ações e fizeram do Instituto Cultural Steve Biko uma referência nacional e internacional na promoção do antirracismo e dos direitos humanos.
Consideramos que o respeito a esse legado nos torna, permanentemente, vigilantes às possíveis vinculações de nossa imagem institucional a indivíduos ou organizações que não espelham os valores, objetivos e a missão do Instituto Cultural Steve Biko.
Atenciosamente,
Jucy Silva
Diretora Executiva do Instituto Cultural Steve Biko