Bahia: Junho afunila decisões sobre candidaturas
Fernando Duarte REPÓRTER
Prazo final para a formação de alianças para as eleições municipais, o mês de
junho é determinante para que os partidos definam candidaturas majoritárias e
firmem os acordos para brigar pela função de prefeito. Em Salvador, as legendas
que colocaram nomes pelo Palácio Thomé de Souza começam a agendar convenções e
reuniões para delimitar os rumos dos partidos, como foi o caso do PPS, no último
sábado, e de partidos como PRB e PV, que anunciam a decisão final a partir de
hoje.
Na briga pela sucessão de João Henrique, PSD, PSC e PPS já
confirmaram não lançar candidaturas para prefeito, enquanto PT, PCdoB, PMDB,
DEM e agora o PRB batalham por apoios entre as legendas em cima do muro. Nessa
ala, transitam legendas como PR, PDT, PV e PSDB - que apesar do anunciado apoio
à candidatura democrata, vive um desencontro entre direção estadual e municipal
sobre a pré-candidatura tucana.
De acordo com o deputado estadual e presidente estadual do PRB, José de Arimatéia, o jogo político soteropolitano tem um novo personagem garantido com a confirmação do deputado federal Márcio Marinho como candidato do partido. “Vamos ter um candidato, que é o bispo Márcio Marinho.
Está definido e vamos até o fim”, antecipou à Tribuna. Apesar do suspense do dirigente municipal, deputado estadual Sidelvan Nóbrega, e do próprio Márcio Marinho, que preferem aguardar a coletiva de imprensa de hoje às 14h, Arimatéia afirmou que a decisão pela candidatura em Salvador foi tomada pela direção nacional da legenda.
PPS se mantém na oposição
O mês começou com o anúncio formal do PPS à candidatura do deputado federal
ACM Neto (DEM), no último sábado. Tradicional aliado de democratas e tucanos
nacionalmente, o partido confirmou a expectativa de selar a união, classificada
pelo pré-candidato do DEM como “uma aliança com base em propostas”. Presente à
reunião da sigla – diferente de quando um dividido PSDB anunciou seu apoio -,
Neto disse estar começando “a definir um novo momento da política na Bahia”.
De acordo com o presidente municipal do PPS, o vereador Joceval
Rodrigues, a opção pela candidatura democrata faz parte do que ele chama de
“sintonia com o pensamento do partido”. “Foi uma decisão pensada e bastante
conversada internamente. Avaliamos que as propostas de ACM Neto para Salvador
estão de acordo com o que pensa o PPS para a cidade”, justificou.
O socialista afirmou que o apoio não está condicionado a cargos. “O
deputado deixou bem claro, e concordamos com ele, que vai valorizar a capacidade
técnica para compor a sua equipe num eventual governo. Temos quadros capacitados
para indicar, mas essa questão de cargos, que não foi discutida agora, vai ser
tratada com naturalidade no futuro”.
Alfinetando adversários, o democrata criticou acordos políticos que
estariam sendo negociados “na calada da noite” em Salvador. “Diferentemente do
que estamos fazendo aqui hoje, está havendo na cidade uma política lamentável de
cooptação de partidos políticos.
Tenho visto partidos fazendo troca de favores com interesses menores”, completou. Informações de bastidores dão conta que a candidatura democrata também deve confirmar a adesão do PV ainda esta semana, após entendimento da direção do partido em São Paulo pela dobradinha PSDB-DEM. Procurados pela Tribuna, os dirigentes verdes não foram localizados para comentar o assunto.
Tenho visto partidos fazendo troca de favores com interesses menores”, completou. Informações de bastidores dão conta que a candidatura democrata também deve confirmar a adesão do PV ainda esta semana, após entendimento da direção do partido em São Paulo pela dobradinha PSDB-DEM. Procurados pela Tribuna, os dirigentes verdes não foram localizados para comentar o assunto.
Fonte: Tribuna da Bahia
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Aliados no governo federal, PT e PMDB divergem em 18
capitais
A divisão, de acordo com o presidente do PT em Alagoas, Joaquim Brito, é contrária a uma orientação da direção da legenda. “A orientação do PT nacional é apoiar a candidatura dos partidos que compõem a base aliada da presidente Dilma Rousseff”, afirmou recentemente. Em Maceió, os partidos de Dilma e Temer definiram apoio a Ronaldo Lessa (PDT).
A se confirmar agora em junho, o posicionamento dos dois partidos deverá
ser realmente diferente em relação às eleições de 2008. Naquela ocasião, PMDB e
PT ficaram de lados diferentes em apenas oito capitais.
A professora do departamento de ciência política da PUC-SP Rosemary Segurado explica que a divergência entre a conduta dos partidos nos municípios e no Executivo não é problema só de PT e PMDB, mas engloba todos os outros partidos e é uma característica marcante do próprio sistema político brasileiro, que além da pluralidade de siglas promove uma pulverização de correntes dentro das legendas. “O plano local, a municipalidade, não conversa com o geral e acaba não se expressando no plano nacional”, comenta a professora.
“Você tem um conjunto de acordos e divergências do ponto de vista local que às vezes podem ser minimizados quando se chega à esfera federal, e vice-versa”. Assim, os embates que acontecem no dia a dia da política ganham força para descosturar, nos municípios.
A professora do departamento de ciência política da PUC-SP Rosemary Segurado explica que a divergência entre a conduta dos partidos nos municípios e no Executivo não é problema só de PT e PMDB, mas engloba todos os outros partidos e é uma característica marcante do próprio sistema político brasileiro, que além da pluralidade de siglas promove uma pulverização de correntes dentro das legendas. “O plano local, a municipalidade, não conversa com o geral e acaba não se expressando no plano nacional”, comenta a professora.
“Você tem um conjunto de acordos e divergências do ponto de vista local que às vezes podem ser minimizados quando se chega à esfera federal, e vice-versa”. Assim, os embates que acontecem no dia a dia da política ganham força para descosturar, nos municípios.
Fonte: Tribuna da Bahia
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Lula não consegue se afastar do cenário político, diz especialista
O ex-presidente impôs a candidatura do ex-ministro Fernando Haddad à prefeitura de São Paulo, passando por cima do PT paulista e da senadora Marta Suplicy. Na última quinta-feira, para oxigenar a pré-candidatura do seu pupilo, Lula foi ao programa do Ratinho..

Quem nunca foi ex? O certo é que lidar com o sentimento de perda é complicado para todos, principalmente para aqueles que se acostumaram a figurar sob holofotes.
A abstinência de poder, como no caso de políticos, acostumados a encantar multidões, faz com que eles atuem no ramo mesmo depois de se aposentar. Mas, dizem os especialistas, se é difícil lidar com rupturas — estruturais, de relacionamento, não importa —, imagine como é conviver com milhões delas. Ao mesmo tempo.
Nem CPI do Cachoeira ou o veto da presidente ao Código Ambiental. O assunto que sacudiu a política brasileira na última semana foi a crise envolvendo o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes e o ex-presidente Lula. Esta não é a primeira vez que o petista torna-se protagonista de um episódio político desde que deixou o Palácio do Planalto e reflete como pode ser difícil para alguns se tornar ex.
Mesmo depois de ter passado a faixa presidencial para Dilma Rousseff, Lula nunca abandonou as negociações políticas, influenciando diretamente os rumos do governo federal e do próprio PT.
O ex-presidente impôs a candidatura do ex-ministro Fernando Haddad à prefeitura de São Paulo, passando por cima do PT paulista e da senadora Marta Suplicy. Na última quinta-feira, para oxigenar a pré-candidatura do seu pupilo, Lula foi ao programa do Ratinho, em mais um episódio polêmico.
O ex-presidente ainda teria agido, mesmo contra a vontade de Dilma, para a instalação da CPI do Cachoeira, numa tentativa de tirar o foco do julgamento do Mensalão, o mesmo motivo da troca de acusações com Gilmar Mendes.
Para o professor de Ciências Políticas da Universidade do Vale do Itajaí (Univali) Eduardo Guerini, Lula não consegue se desapegar do poder e sofre da síndrome do ex. Para ele, é importante ter o apoio de um ex-presidente, por sua experiência, na figura de um conselheiro. Guerini cita como exemplo a implantação da Comissão da Verdade, quando Dilma chamou todos os ex-presidentes vivos do período democrático para dar força à política de resgaste da história rompida pela ditadura.
— Em um pacto republicano, ter um ex-presidente apoiando garante a legitimidade — analisa.
Para o professor do Instituto de Negócios e Política da Universidade Ave Maria, na Flórida, Ubiratan Rezende, a atuação de Lula está dentro da lógica de perpetuação no poder e garantir a reeleição em 2014. Para Rezende, a tentativa de influenciar em uma decisão do Supremo Tribunal Federal mostra que o ex-presidente age como “dono” do Estado.
— Esse tipo de atuação é péssima para o país, porque a perpetuação no poder empobrece a vida política, elimina espaços e torna o Estado um controlador da sociedade civil — diz o professor.
Dos ex-presidentes brasileiros desde a redemocratização, quem mais se distanciou da vida política foi Fernando Henrique Cardoso. Diferente do Brasil, onde os ex-presidentes têm dificuldades para deixar o poder, nos EUA há uma tradição de que os ex-governantes se afastem da vida política.
Em geral, quando deixam a Casa Branca, os ex-presidentes americanos criam fundações ou institutos. Nesse sentido, se colocam mais na posição de conselheiros. Mas, mesmo nos EUA, a situação vem mudando. Ao contrário dos antecessores, o ex-presidente Bill Clinton continua nos holofotes, em uma postura que, para Rezende, já começa a desagradar os americanos.
— Clinton continua protagonista porque a mulher dele (Hillary Clinton) é secretária de Estado e, ao mesmo tempo, ele se lançou na campanha de reeleição do presidente Obama, que está em risco — completa o professor.
A abstinência de poder, como no caso de políticos, acostumados a encantar multidões, faz com que eles atuem no ramo mesmo depois de se aposentar. Mas, dizem os especialistas, se é difícil lidar com rupturas — estruturais, de relacionamento, não importa —, imagine como é conviver com milhões delas. Ao mesmo tempo.
Nem CPI do Cachoeira ou o veto da presidente ao Código Ambiental. O assunto que sacudiu a política brasileira na última semana foi a crise envolvendo o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes e o ex-presidente Lula. Esta não é a primeira vez que o petista torna-se protagonista de um episódio político desde que deixou o Palácio do Planalto e reflete como pode ser difícil para alguns se tornar ex.
Mesmo depois de ter passado a faixa presidencial para Dilma Rousseff, Lula nunca abandonou as negociações políticas, influenciando diretamente os rumos do governo federal e do próprio PT.
O ex-presidente impôs a candidatura do ex-ministro Fernando Haddad à prefeitura de São Paulo, passando por cima do PT paulista e da senadora Marta Suplicy. Na última quinta-feira, para oxigenar a pré-candidatura do seu pupilo, Lula foi ao programa do Ratinho, em mais um episódio polêmico.
O ex-presidente ainda teria agido, mesmo contra a vontade de Dilma, para a instalação da CPI do Cachoeira, numa tentativa de tirar o foco do julgamento do Mensalão, o mesmo motivo da troca de acusações com Gilmar Mendes.
Para o professor de Ciências Políticas da Universidade do Vale do Itajaí (Univali) Eduardo Guerini, Lula não consegue se desapegar do poder e sofre da síndrome do ex. Para ele, é importante ter o apoio de um ex-presidente, por sua experiência, na figura de um conselheiro. Guerini cita como exemplo a implantação da Comissão da Verdade, quando Dilma chamou todos os ex-presidentes vivos do período democrático para dar força à política de resgaste da história rompida pela ditadura.
— Em um pacto republicano, ter um ex-presidente apoiando garante a legitimidade — analisa.
Para o professor do Instituto de Negócios e Política da Universidade Ave Maria, na Flórida, Ubiratan Rezende, a atuação de Lula está dentro da lógica de perpetuação no poder e garantir a reeleição em 2014. Para Rezende, a tentativa de influenciar em uma decisão do Supremo Tribunal Federal mostra que o ex-presidente age como “dono” do Estado.
— Esse tipo de atuação é péssima para o país, porque a perpetuação no poder empobrece a vida política, elimina espaços e torna o Estado um controlador da sociedade civil — diz o professor.
Dos ex-presidentes brasileiros desde a redemocratização, quem mais se distanciou da vida política foi Fernando Henrique Cardoso. Diferente do Brasil, onde os ex-presidentes têm dificuldades para deixar o poder, nos EUA há uma tradição de que os ex-governantes se afastem da vida política.
Em geral, quando deixam a Casa Branca, os ex-presidentes americanos criam fundações ou institutos. Nesse sentido, se colocam mais na posição de conselheiros. Mas, mesmo nos EUA, a situação vem mudando. Ao contrário dos antecessores, o ex-presidente Bill Clinton continua nos holofotes, em uma postura que, para Rezende, já começa a desagradar os americanos.
— Clinton continua protagonista porque a mulher dele (Hillary Clinton) é secretária de Estado e, ao mesmo tempo, ele se lançou na campanha de reeleição do presidente Obama, que está em risco — completa o professor.
Fonte: Diário Catarinense
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SP: custo de campanha pode chegar a R$ 40 milhões por candidato
O valor supera em 10 milhões o gasto declarado à Justiça Eleitoral por Gilberto Kassab, que venceu a disputa em 2008. Naquela eleição Marta Suplicy (PT) informou o gasto de R$ 21 milhões e Geraldo Alckmin (PSDB), de R$ 16,3 milhões...
O custo de uma campanha dos principais partidos para prefeito na cidade de São Paulo poderá alcançar R$ 40 milhões neste ano. O valor supera em 10 milhões o gasto declarado à Justiça Eleitoral por Gilberto Kassab, que venceu a disputa em 2008. Naquela eleição Marta Suplicy (PT) informou o gasto de R$ 21 milhões e Geraldo Alckmin (PSDB), de R$ 16,3 milhões.
"Uma campanha do PSDB, com José Serra, e do PT, com Fernando Haddad, são pesadas, podem chegar a R$ 40 milhões. Além de valores externos e doações", afirmou professor da Universidade de São Paulo (USP) e consultor político Gaudêncio Torquato.
O professor da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Francisco Fonseca também estima que as grandes campanhas tenham um acréscimo de mais de 30% na comparação com 2008. "Estes dados de R$ 30 milhões, atualizados de 2008 para cá, me parece razoável para o gasto dos principais candidatos. Dá para aumentar esse valor para 40 milhões, com base no gasto de 2008", disse Fonseca.
"A briga em São Paulo continua entre dois a três partidos grandes. É uma briga entre gigantes. Vem recurso de tudo quanto é canto", apontou o professor de comunicação empresarial da Metodista e presidente da Politicom - entidade de marketing político -, Roberto Gondo Macedo.
Os candidatos recebem verba para a campanha da "poupança" do próprio partido político, de empresas que apoiam a candidatura e de doações de aliados. Além disso, os partidos contam com o Fundo Partidário - constituído pela arrecadação de multas eleitorais, recursos financeiros legais, doações privadas e capital da União - administrado pelo Tribunal Superior Eleitoral e distribuído entre as legendas. "São Paulo é a cidade que mais gasta, pois tem a densidade populacional alta e uma diferença de comportamento muito grande, são cinco grandes cidades em uma só", disse Macedo.
De acordo com o consultor político Caio Manhanelli, o custo da campanha política se define na quantidade de votos que o candidato precisa para se eleger. "Pega a prestação de contas do Kassab na última eleição e divide pela quantidade de votos que ele teve.
O resultado é quanto ele gastou em média para conseguir cada voto. Porém, existem muitas variáveis", explicou. Em 2008, o prefeito Gilberto Kassab gastou R$ 29, 7 milhões e teve 3,790 milhões de votos no segundo turno: cada voto saiu por R$ 7,8.
Principais gastos
O montante investido na campanha se justifica pelo número de cabos eleitorais, marketing, logística, encontros, visitas às regiões, alugueis de carros e imóveis, e a aparição na televisão, segundo Torquato. "PT e PSDB devem fechar cerca de cinco minutos de programa televisivo.
Já a campanha do Gabriel Chalita (PMDN) fica bem mais barata, imagino uns R$ 12 milhões", estimou. Manhenelli afirmou que a campanha televisiva é o que sai mais caro. "Não é a compra do espaço, pois ele é gratuito, mas toda a produção", disse.
Outra parte despendiosa é a da comunicação estratégica da campanha que consome, pelo menos, 50% da verba, disse Torquato. O Consultor em Marketing Político e Estratégia Eleitoral, Chico Santa Rita, reforçou que esta é a parte mais importante para a eleição do candidato. "Não adianta ter uma grande produtora, maravilhosa estrutura de internet, se não tiver uma inteligência com precisão. Com uma câmera mediana e uma inteligência magnífica você faz uma boa campanha", disse ele.
A condição do candidato também influencia nos gastos. Por exemplo, se ele está tentando reeleição e teve a gestão bem aceita, pode investir menos na campanha. "Um candidato novo, a lógica é que ele gaste mais", afirmou Manhanelli. "O partido que possui a máquina do governo tem muito mais facilidade de captação de recurso. Quem está de fora fica mais difícil", complementou Macedo. A ideologia do partido também conta e pode exigir menos gasto com a campanha. "O PV é um partido que mais conquista votos de legenda", exemplificou Macedo.
Campanha online
Somente a ação online, durante a candidatura de um prefeito em São Paulo, soma algo em torno de R$ 1,5 milhão, de acordo com o coordenador de campanhas eleitorais, Paulo Roque. "Inclui portal, equipe de conteúdo para o portal, equipe de seeding e designs para as redes socam, métricas (equipe e ferramentas), equipe de vídeo, criação (redação e direção de arte), produção de áudio, streaming de eventos, atuação nas redes sociais, entre os meses de junho a setembro", especificou Roque. É preciso lembrar, de acordo com o especialista que essas serão as primeiras eleições municipais com a internet "liberada".
Na internet, Roque explicou que é preciso investir em um site com recursos de rich media, usabilidade, ferramentas de engajamento e fidelização dos eleitores, e design arrojado. "Um dos grandes erros que vimos nas eleições de 2010 foi tratarem a internet, como depósitos das outras mídias, ou seja, do programa eleitoral, dos comerciais de rádio e TV, da mídia impressa, e pouco investimento em linguagem própria pra web", relatou.
Vereadores
A campanha para vereador em São Paulo atinge valores bem menores do que a para prefeito. Como o candidato trabalha com uma região ou grupo mais concentrado, com R$ 500 mil já é possível se candidatar.
O dinheiro investido também não significa que ele será eleito. Em 2008, o vereador mais votado foi Gabriel Chalita (PSDB), com 102.048 votos e um gasto de R$ 627 mil em campanha, de acordo com o declarado o TSE. Já Goulart (PMDB) gastou R$ 987 mil e ficou com 90.054 votos. Netinho de Paula (PCdoB) gastou R$ 392,7 mil e recebeu 84.403 votos. Milton Leite (DEM) investiu R$ 1,6 milhão e teve 80.051 votos.
Para 2012, os especialistas estimam um gasto próximo ao registrado em 2008. "Vereador quase não faz propaganda na TV, já fica mais barato. Gastam com carro de som, cavaletes, equipes de rua e pessoal", enumerou Manhenelli.
Além disso, por vezes, recebe ajuda financeira do candidato a prefeito do partido. A campanha é feita sob medida para cada candidato, de acordo com a verba que ele possui e necessidade, disse Chico Santa Rita, mas o mínimo é R$ 500 mil, reforçou Macedo.
"Uma campanha do PSDB, com José Serra, e do PT, com Fernando Haddad, são pesadas, podem chegar a R$ 40 milhões. Além de valores externos e doações", afirmou professor da Universidade de São Paulo (USP) e consultor político Gaudêncio Torquato.
O professor da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Francisco Fonseca também estima que as grandes campanhas tenham um acréscimo de mais de 30% na comparação com 2008. "Estes dados de R$ 30 milhões, atualizados de 2008 para cá, me parece razoável para o gasto dos principais candidatos. Dá para aumentar esse valor para 40 milhões, com base no gasto de 2008", disse Fonseca.
"A briga em São Paulo continua entre dois a três partidos grandes. É uma briga entre gigantes. Vem recurso de tudo quanto é canto", apontou o professor de comunicação empresarial da Metodista e presidente da Politicom - entidade de marketing político -, Roberto Gondo Macedo.
Os candidatos recebem verba para a campanha da "poupança" do próprio partido político, de empresas que apoiam a candidatura e de doações de aliados. Além disso, os partidos contam com o Fundo Partidário - constituído pela arrecadação de multas eleitorais, recursos financeiros legais, doações privadas e capital da União - administrado pelo Tribunal Superior Eleitoral e distribuído entre as legendas. "São Paulo é a cidade que mais gasta, pois tem a densidade populacional alta e uma diferença de comportamento muito grande, são cinco grandes cidades em uma só", disse Macedo.
De acordo com o consultor político Caio Manhanelli, o custo da campanha política se define na quantidade de votos que o candidato precisa para se eleger. "Pega a prestação de contas do Kassab na última eleição e divide pela quantidade de votos que ele teve.
O resultado é quanto ele gastou em média para conseguir cada voto. Porém, existem muitas variáveis", explicou. Em 2008, o prefeito Gilberto Kassab gastou R$ 29, 7 milhões e teve 3,790 milhões de votos no segundo turno: cada voto saiu por R$ 7,8.
Principais gastos
O montante investido na campanha se justifica pelo número de cabos eleitorais, marketing, logística, encontros, visitas às regiões, alugueis de carros e imóveis, e a aparição na televisão, segundo Torquato. "PT e PSDB devem fechar cerca de cinco minutos de programa televisivo.
Já a campanha do Gabriel Chalita (PMDN) fica bem mais barata, imagino uns R$ 12 milhões", estimou. Manhenelli afirmou que a campanha televisiva é o que sai mais caro. "Não é a compra do espaço, pois ele é gratuito, mas toda a produção", disse.
Outra parte despendiosa é a da comunicação estratégica da campanha que consome, pelo menos, 50% da verba, disse Torquato. O Consultor em Marketing Político e Estratégia Eleitoral, Chico Santa Rita, reforçou que esta é a parte mais importante para a eleição do candidato. "Não adianta ter uma grande produtora, maravilhosa estrutura de internet, se não tiver uma inteligência com precisão. Com uma câmera mediana e uma inteligência magnífica você faz uma boa campanha", disse ele.
A condição do candidato também influencia nos gastos. Por exemplo, se ele está tentando reeleição e teve a gestão bem aceita, pode investir menos na campanha. "Um candidato novo, a lógica é que ele gaste mais", afirmou Manhanelli. "O partido que possui a máquina do governo tem muito mais facilidade de captação de recurso. Quem está de fora fica mais difícil", complementou Macedo. A ideologia do partido também conta e pode exigir menos gasto com a campanha. "O PV é um partido que mais conquista votos de legenda", exemplificou Macedo.
Campanha online
Somente a ação online, durante a candidatura de um prefeito em São Paulo, soma algo em torno de R$ 1,5 milhão, de acordo com o coordenador de campanhas eleitorais, Paulo Roque. "Inclui portal, equipe de conteúdo para o portal, equipe de seeding e designs para as redes socam, métricas (equipe e ferramentas), equipe de vídeo, criação (redação e direção de arte), produção de áudio, streaming de eventos, atuação nas redes sociais, entre os meses de junho a setembro", especificou Roque. É preciso lembrar, de acordo com o especialista que essas serão as primeiras eleições municipais com a internet "liberada".
Na internet, Roque explicou que é preciso investir em um site com recursos de rich media, usabilidade, ferramentas de engajamento e fidelização dos eleitores, e design arrojado. "Um dos grandes erros que vimos nas eleições de 2010 foi tratarem a internet, como depósitos das outras mídias, ou seja, do programa eleitoral, dos comerciais de rádio e TV, da mídia impressa, e pouco investimento em linguagem própria pra web", relatou.
Vereadores
A campanha para vereador em São Paulo atinge valores bem menores do que a para prefeito. Como o candidato trabalha com uma região ou grupo mais concentrado, com R$ 500 mil já é possível se candidatar.
O dinheiro investido também não significa que ele será eleito. Em 2008, o vereador mais votado foi Gabriel Chalita (PSDB), com 102.048 votos e um gasto de R$ 627 mil em campanha, de acordo com o declarado o TSE. Já Goulart (PMDB) gastou R$ 987 mil e ficou com 90.054 votos. Netinho de Paula (PCdoB) gastou R$ 392,7 mil e recebeu 84.403 votos. Milton Leite (DEM) investiu R$ 1,6 milhão e teve 80.051 votos.
Para 2012, os especialistas estimam um gasto próximo ao registrado em 2008. "Vereador quase não faz propaganda na TV, já fica mais barato. Gastam com carro de som, cavaletes, equipes de rua e pessoal", enumerou Manhenelli.
Além disso, por vezes, recebe ajuda financeira do candidato a prefeito do partido. A campanha é feita sob medida para cada candidato, de acordo com a verba que ele possui e necessidade, disse Chico Santa Rita, mas o mínimo é R$ 500 mil, reforçou Macedo.
Fonte: Terra
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'O povo vai se decepcionar', diz Romário sobre CPI do Cachoeira
Apesar de aparecer em terceiro lugar em uma pesquisa avulsa para a prefeitura do Rio de Janeiro, afirma que ainda não pensa em política pós-2014...

Da mesma maneira como “vestiu à vera” as camisas dos times e da Seleção Brasileira, o deputado Romário (PSB-RJ) resolveu assumir oficialmente o figurino de político.
Admite que até acostumou com o terno, algo impensável para alguém conhecido pelas chuteiras, meiões ou sandálias de dedo. Mantém, contudo, a língua afiada e critica a CPI mista do Cachoeira: “Mais uma vez, o povo vai se decepcionar, com certeza”, disse, em entrevista exclusiva ao Correio.
Durante papo de quase 45 minutos (um tempo inteiro de futebol fora os acréscimos), reclamou que não tem espaço no PSB — “a minha relação com eles é zero” — jurou que está apaixonado por Brasília — “você pode até não acreditar porque às vezes eu também não acredito nas pessoas” —, mas mantém ressalvas quanto às baladas sertanejas: “Estou acostumando, não me dói tanto quanto no início”.
Apesar de aparecer em terceiro lugar em uma pesquisa avulsa para a prefeitura do Rio de Janeiro, afirma que ainda não pensa em política pós-2014. Disse que a grande motivação para candidatar-se foi o nascimento de sua filha, Ivy, portadora da síndrome de Down. E avisou: “Eu penso em lutar muito nestes últimos dois anos por essas causas que eu acredito”. Confira a seguir os principais trechos da entrevista.
Admite que até acostumou com o terno, algo impensável para alguém conhecido pelas chuteiras, meiões ou sandálias de dedo. Mantém, contudo, a língua afiada e critica a CPI mista do Cachoeira: “Mais uma vez, o povo vai se decepcionar, com certeza”, disse, em entrevista exclusiva ao Correio.
Durante papo de quase 45 minutos (um tempo inteiro de futebol fora os acréscimos), reclamou que não tem espaço no PSB — “a minha relação com eles é zero” — jurou que está apaixonado por Brasília — “você pode até não acreditar porque às vezes eu também não acredito nas pessoas” —, mas mantém ressalvas quanto às baladas sertanejas: “Estou acostumando, não me dói tanto quanto no início”.
Apesar de aparecer em terceiro lugar em uma pesquisa avulsa para a prefeitura do Rio de Janeiro, afirma que ainda não pensa em política pós-2014. Disse que a grande motivação para candidatar-se foi o nascimento de sua filha, Ivy, portadora da síndrome de Down. E avisou: “Eu penso em lutar muito nestes últimos dois anos por essas causas que eu acredito”. Confira a seguir os principais trechos da entrevista.
Fonte: Correio Braziliense
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Novo Código Florestal virou um Código Agrário, diz Marina Silva
“Temos um Código Florestal que não é mais florestal, é um Código Agrário. O que está sendo avaliado é uma caixa de Pandora [caixa que, na mitologia grega, continha todos os males do mundo], com todas as maldades”, criticou...

Rio de Janeiro - A aprovação do novo Código Florestal, mesmo com os vetos da presidente Dilma Rousseff, significa, para a ex-senadora e ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva, a revogação de “mais de 20 anos de esforço de regulação e governança ambiental” no país.
“Temos um Código Florestal que não é mais florestal, é um Código Agrário. O que está sendo avaliado é uma caixa de Pandora [caixa que, na mitologia grega, continha todos os males do mundo], com todas as maldades”, criticou.
Marina participou nesta sexta-feira (1º/6) de seminário sobre energia limpa, na Coordenação de Programas de Pós-Graduação de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ), que antecede a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), que ocorre de 13 a 22 de junho no Rio. A ex-senadora definiu o veto da presidenta Dilma Rousseff ao Código Florestal como “periférico e insuficiente”.
Os pontos negativos mais importantes do novo Código Florestal são, na opinião da ex-ministra do Meio Ambiente, a manutenção da anistia para os desmatadores e a redução da proteção das áreas que deveriam ser preservadas, como manguezais, nascentes e margens dos rios. “Permaneceu o projeto do Senado, com agravamentos”, disse.
Marina ressaltou que o antigo Código Florestal tinha ajustes que haviam sido propostos para corrigir algumas situações de entendimento entre ambientalistas, produtores e governo. Ela citou, como exemplo, o cultivo de parreiras, macieiras e dos cafezais.
Por serem culturas de ciclo longo e lenhosas, deveriam ficar aonde estão. “Quando nós concordamos com esse arranjo, eles disseram: então, também podem a pecuária, a agricultura de modo geral e o plantio de espécies exóticas e foi isso que ficou no texto do Senado”.
Marina disse que, nesse caso, uma transigência correta para atualizar o código sofre a colocação “de uma agenda do século passado, que é aumentar a produção pelo uso predatório dos recursos naturais”. Ela disse que não é justo o que está sendo feito com as florestas brasileiras. “Estão transferindo o passivo da agricultura para as florestas”.
A ex-ministra denunciou ainda a existência no Brasil de 120 milhões de hectares com uma pecuária improdutiva, que produz uma cabeça de gado por hectare, quando na Argentina são produzidas três cabeças por hectare. Ela acredita que se o país aumentar a eficiência para produzir mais, apoiado pelas tecnologias hoje disponíveis, seriam liberados cerca de 17 milhões de hectares para outros usos.
Outro problema, segundo Marina, é que o país produz um emprego a cada 400 hectares, quando existem tecnologias que permitem produzir um emprego a cada 80 hectares. “Estão transferindo a ineficiência do setor para as florestas. A biodiversidade, os recursos hídricos e a sociedade, de modo geral, estão pagando o preço por não serem enfrentados os gargalos da agricultura”.
Marina também criticou a postura contrária do governo brasileiro à criação de uma agência mundial ambiental em substituição ao Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), orgão de funcionamento semelhante à Organização Mundial da Saúde (OMS), por exemplo. “O que se quer, disse, é ficar no mesmo lugar. No lugar da inércia”.
Em comparação a 1992, quando ocorreu a Conferência da ONU para o Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio92), Marina avaliou que o cenário hoje é melhor, do ponto de vista da sociedade. “Nós estamos com retrocesso do ponto de vista do governo”.
Ela mostrou-se, entretanto, otimista, no sentido de que esses retrocessos podem ser corrigidos e deixou claro que não tem atitude de oposição em relação à presidenta Dilma. “Espero que os rumos sejam corrigidos por quem tem o poder de corrigir, que é o próprio governo. A esperança não é a última que morre. É aquela que não deve morrer”.
“Temos um Código Florestal que não é mais florestal, é um Código Agrário. O que está sendo avaliado é uma caixa de Pandora [caixa que, na mitologia grega, continha todos os males do mundo], com todas as maldades”, criticou.
Marina participou nesta sexta-feira (1º/6) de seminário sobre energia limpa, na Coordenação de Programas de Pós-Graduação de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ), que antecede a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), que ocorre de 13 a 22 de junho no Rio. A ex-senadora definiu o veto da presidenta Dilma Rousseff ao Código Florestal como “periférico e insuficiente”.
Os pontos negativos mais importantes do novo Código Florestal são, na opinião da ex-ministra do Meio Ambiente, a manutenção da anistia para os desmatadores e a redução da proteção das áreas que deveriam ser preservadas, como manguezais, nascentes e margens dos rios. “Permaneceu o projeto do Senado, com agravamentos”, disse.
Marina ressaltou que o antigo Código Florestal tinha ajustes que haviam sido propostos para corrigir algumas situações de entendimento entre ambientalistas, produtores e governo. Ela citou, como exemplo, o cultivo de parreiras, macieiras e dos cafezais.
Por serem culturas de ciclo longo e lenhosas, deveriam ficar aonde estão. “Quando nós concordamos com esse arranjo, eles disseram: então, também podem a pecuária, a agricultura de modo geral e o plantio de espécies exóticas e foi isso que ficou no texto do Senado”.
Marina disse que, nesse caso, uma transigência correta para atualizar o código sofre a colocação “de uma agenda do século passado, que é aumentar a produção pelo uso predatório dos recursos naturais”. Ela disse que não é justo o que está sendo feito com as florestas brasileiras. “Estão transferindo o passivo da agricultura para as florestas”.
A ex-ministra denunciou ainda a existência no Brasil de 120 milhões de hectares com uma pecuária improdutiva, que produz uma cabeça de gado por hectare, quando na Argentina são produzidas três cabeças por hectare. Ela acredita que se o país aumentar a eficiência para produzir mais, apoiado pelas tecnologias hoje disponíveis, seriam liberados cerca de 17 milhões de hectares para outros usos.
Outro problema, segundo Marina, é que o país produz um emprego a cada 400 hectares, quando existem tecnologias que permitem produzir um emprego a cada 80 hectares. “Estão transferindo a ineficiência do setor para as florestas. A biodiversidade, os recursos hídricos e a sociedade, de modo geral, estão pagando o preço por não serem enfrentados os gargalos da agricultura”.
Marina também criticou a postura contrária do governo brasileiro à criação de uma agência mundial ambiental em substituição ao Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), orgão de funcionamento semelhante à Organização Mundial da Saúde (OMS), por exemplo. “O que se quer, disse, é ficar no mesmo lugar. No lugar da inércia”.
Em comparação a 1992, quando ocorreu a Conferência da ONU para o Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio92), Marina avaliou que o cenário hoje é melhor, do ponto de vista da sociedade. “Nós estamos com retrocesso do ponto de vista do governo”.
Ela mostrou-se, entretanto, otimista, no sentido de que esses retrocessos podem ser corrigidos e deixou claro que não tem atitude de oposição em relação à presidenta Dilma. “Espero que os rumos sejam corrigidos por quem tem o poder de corrigir, que é o próprio governo. A esperança não é a última que morre. É aquela que não deve morrer”.
Fonte: Agência Brasil
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Greve dos professores das universidades federais já atinge 48 instituições
A principal reivindicação dos docentes é a revisão do plano de carreiras. O sindicato defende que o atual modelo não permite uma evolução satisfatória do professor ao longo da profissão. A greve já dura mais de 15 dias...
Brasília - A greve das instituições federais de ensino já atinge 46 universidades federais e mais dois institutos de ensino tecnológico, segundo levantamento do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes).
A principal reivindicação dos docentes é a revisão do plano de carreiras. O sindicato defende que o atual modelo não permite uma evolução satisfatória do professor ao longo da profissão. A greve já dura mais de 15 dias.
No ano passado, o governo fechou um acordo com a categoria. Ele previa a revisão do plano de carreiras para 2013, além de um aumento de 4%, a partir de março, e a incorporação de gratificações. Os dois últimos pontos já foram concedidos, mas o novo plano continua pendente.
Na última semana, o comando de greve tinha uma reunião de negociação marcada no Ministério do Planejamento, mas o encontro foi adiado pelo próprio governo.
O sindicato diz que não recebeu nenhuma justificativa para o cancelamento da reunião. O ministério informou, por meio da assessoria de imprensa, que o encontro foi apenas adiado por razões de "agenda" e será remarcado.
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, fez um apelo para que os professores retomem suas atividades e justificou o atraso nas negociações por causa da morte, em janeiro, do secretário executivo do Ministério do Planejamento, Duvanier Costa, que era responsável pela negociação salarial de todo o serviço público federal.
A principal reivindicação dos docentes é a revisão do plano de carreiras. O sindicato defende que o atual modelo não permite uma evolução satisfatória do professor ao longo da profissão. A greve já dura mais de 15 dias.
No ano passado, o governo fechou um acordo com a categoria. Ele previa a revisão do plano de carreiras para 2013, além de um aumento de 4%, a partir de março, e a incorporação de gratificações. Os dois últimos pontos já foram concedidos, mas o novo plano continua pendente.
Na última semana, o comando de greve tinha uma reunião de negociação marcada no Ministério do Planejamento, mas o encontro foi adiado pelo próprio governo.
O sindicato diz que não recebeu nenhuma justificativa para o cancelamento da reunião. O ministério informou, por meio da assessoria de imprensa, que o encontro foi apenas adiado por razões de "agenda" e será remarcado.
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, fez um apelo para que os professores retomem suas atividades e justificou o atraso nas negociações por causa da morte, em janeiro, do secretário executivo do Ministério do Planejamento, Duvanier Costa, que era responsável pela negociação salarial de todo o serviço público federal.
Fonte: Agência Brasil
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Avião com 150 cai sobre prédio na Nigéria
Um avião de passageiros com cerca de 150 pessoas a bordo se chocou com um edifício na maior cidade da Nigéria neste domingo.

O avião da Dana Air atingiu o prédio antes de explodir, segundo testemunhas.
A aeronave comercial voava da capital nigeriana, Abuja, para Lagos.
Equipes de resgate operam no local e buscam possíveis sobreviventes.
Mas autoridades locais disseram não acreditar que algum passageiro possa ter sobrevivido ao acidente.
O acidente aconteceu no bairro de Iju, densamente povoado, ao norte do aeroporto de Lagos.
Jornalistas no local afirmam que parte do avião podia ser vista no prédio de apartamentos e vários corpos estavam visíveis por entre os destroços.
O avião não parece ter entrado de frente no edifício, mas sim "de barriga", avançando depois sobre uma loja de mobílias e outras construções.
Bombeiros também tentam apagar focos de incêndio que se formaram.
Histórico
Uma investigação para apurar as causas do acidente foi iniciada.
O clima no momento do acidente estava encoberto, mas não ocorria um dos fortes temporais que costumam atingir a cidade.
Em maio, um avião da mesma empresa, talvez a mesma aeronave que se acidentou, apresentou um problema técnico e foi forçada a fazer um pouso de emergência em Lagos.
Como outros países africanos, a Nigéria tem um histórico de acidentes aéreos, embora o número de desastres tenha diminuído desde 2005.
A Dana Air opera aviões Boeing MD-83 para cidades ao redor da Nigéria.
A aeronave comercial voava da capital nigeriana, Abuja, para Lagos.
Equipes de resgate operam no local e buscam possíveis sobreviventes.
Mas autoridades locais disseram não acreditar que algum passageiro possa ter sobrevivido ao acidente.
O acidente aconteceu no bairro de Iju, densamente povoado, ao norte do aeroporto de Lagos.
Jornalistas no local afirmam que parte do avião podia ser vista no prédio de apartamentos e vários corpos estavam visíveis por entre os destroços.
O avião não parece ter entrado de frente no edifício, mas sim "de barriga", avançando depois sobre uma loja de mobílias e outras construções.
Bombeiros também tentam apagar focos de incêndio que se formaram.
Histórico
Uma investigação para apurar as causas do acidente foi iniciada.
O clima no momento do acidente estava encoberto, mas não ocorria um dos fortes temporais que costumam atingir a cidade.
Em maio, um avião da mesma empresa, talvez a mesma aeronave que se acidentou, apresentou um problema técnico e foi forçada a fazer um pouso de emergência em Lagos.
Como outros países africanos, a Nigéria tem um histórico de acidentes aéreos, embora o número de desastres tenha diminuído desde 2005.
A Dana Air opera aviões Boeing MD-83 para cidades ao redor da Nigéria.
Fonte: BBC Brasil
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Na Venezuela, pesquisa aponta Hugo Chávez com 54,8% das intenções de voto
Vantagem é de mais de 28 pontos percentuais sobre rival Henrique Capriles
AVN


Uma pesquisa divulgada neste domingo (03/06) pelo Ivad (Instituto Venezuelano de Análise de Dados) sobre a intenção de votos para a eleição presidencial na Venezuela mostra grande vantagem em favor do chefe de Estado Hugo Chávez, candidato à reeleição.
Com 54,8% da preferência do electorado, o líder bolivariano, do PSUV (Partido Socialista Unido da Venezuela) se situa muito à frente de seu único adversário, o governador do Estado de Miranda Henrique Capriles (Movimento A Justiça em Primeiro), com 26,3%. A vantagem do atual presidente é de 28,5 pontos percentuais. As informações são da AVN (Agência Venezuelana de Notícias)
Ainda segundo a enquete, 64,5% dos venezuelanos entrevistados confiam em Chávez, enquanto 75,7% avaliam sua gestão positivamente. A avaliação positiva do governo é um pouco menor, de 70,1%, enquanto o apoio à reeleição do presidente se situa em 60,3%. Ao serem perguntados se concordam com a frase “Quero que a Venezuela vá em direção à qual está levando o presidente Chávez”, as despostas positivas dos entrevistados foram de 57,9%
Por sua vez, a situação geral do país é percebida como positiva (muito boa, boa e regular para boa) por 60,8% dos entrevistados, enquanto 36,3% a descreveram como negativa (muito má, má e regular para má).
Sobre o estado de saúde de Chávez, que está recebendo tratamento contra um câncer, 70% acreditam que ele vai melhorar, sem que venha a ocorrer qualquer interferir em sua participação na eleição. A respeito de Capriles, 60,6% dos entrevistados não acreditam que ele será capaz de impedir a reeleição.
Entre os partidos, o Ivad constatou que o PSUV é o mais popular, com 45,8% de preferência, contra 28,5% das demais organizações políticas somadas.
O levantamento foi realizado entre os dias 15 e 22 de maio e entrevistou 1.200 pessoas em todo país. A eleição será disputada no dia 7 de outubro em turno único, e decidirá os rumos do Executivo venezuelano para os próximos seis anos.
Sobre o estado de saúde de Chávez, que está recebendo tratamento contra um câncer, 70% acreditam que ele vai melhorar, sem que venha a ocorrer qualquer interferir em sua participação na eleição. A respeito de Capriles, 60,6% dos entrevistados não acreditam que ele será capaz de impedir a reeleição.
Entre os partidos, o Ivad constatou que o PSUV é o mais popular, com 45,8% de preferência, contra 28,5% das demais organizações políticas somadas.
O levantamento foi realizado entre os dias 15 e 22 de maio e entrevistou 1.200 pessoas em todo país. A eleição será disputada no dia 7 de outubro em turno único, e decidirá os rumos do Executivo venezuelano para os próximos seis anos.
Fonte: Opera Mundi
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Alemanha participa de programa nuclear israelense, diz revista
Der Spiegel denuncia que submarinos alemães fornecidos nos últimos anos a Israel são equipados com ogivas nucleares
Os submarinos de fabricação alemã fornecidos nos últimos anos a Israel são equipados com ogivas nucleares, afirma em seu último número a revista Der Spiegel, que atribui assim à Alemanha colaboração no programa atômico desse país.
De acordo com esse meio, os até agora três submarinos entregues a Israel – aos que até 2017 se somarão outros três – dispõem de um novo sistema hidráulico que permite acionar essas ogivas nucleares.
Berlim defendeu até agora essas entregas como parte da colaboração bilateral, acima das repetidas denúncias de ONGs internacionais afirmando que tais submarinos são suscetíveis de ser equipados com armamento nuclear.
Fontes consultadas pela Der Spiegel, como o ex-secretário de Defesa Lothar Rühl, sustentam por outro lado que Berlim é consciente há muito tempo desse uso.
A revista afirma, além disso, que pelo menos desde 1961 o Ministério de Relações Exteriores alemão está informado dos planos atômicos israelenses.
De acordo com esse meio, os até agora três submarinos entregues a Israel – aos que até 2017 se somarão outros três – dispõem de um novo sistema hidráulico que permite acionar essas ogivas nucleares.
Berlim defendeu até agora essas entregas como parte da colaboração bilateral, acima das repetidas denúncias de ONGs internacionais afirmando que tais submarinos são suscetíveis de ser equipados com armamento nuclear.
Fontes consultadas pela Der Spiegel, como o ex-secretário de Defesa Lothar Rühl, sustentam por outro lado que Berlim é consciente há muito tempo desse uso.
A revista afirma, além disso, que pelo menos desde 1961 o Ministério de Relações Exteriores alemão está informado dos planos atômicos israelenses.
Já em 1977, o então chanceler, o social-democrata Helmut Schmidt, abordou a questão do programa nuclear com o titular de Relações Exteriores israelense, Moshe Dayan.
Os submarinos são construídos em Kiel (norte da Alemanha) e financiados em boa parte pela Alemanha como parte de sua cooperação bilateral com o Estado israelense.
Berlim cuida com atenção especial de suas relações com Israel, como parte de sua responsabilidade histórica em relação ao país, e também observa uma extrema cautela frente a qualquer crítica a sua política.
A Der Spiegel cita em sua edição o ministro da Defesa, Ehud Barak, segundo o qual os alemães "estão orgulhosos" de poder colaborar "em garantir a existência do Estado israelense".
Junto aos submarinos já entregues e ao pedido em curso de outros três, até 2017, Israel quer encomendar à Alemanha três unidades mais.
O contrato para a segunda entrega de três submarinos se materializou recentemente pela própria chanceler Angela Merkel.
A Alemanha condiciona uma terceira parte de seu financiamento – 135 milhões de euros –, em uma operação politicamente vinculada a que Israel freie a construção de novas colônias na Cisjordânia e que permita a construção de uma depuradora de água – também com participação alemã – na Faixa de Gaza.
Até agora, o governo de Benjamin Netanyahu não cumpriu essas condições, indica a revista.
Os submarinos são construídos em Kiel (norte da Alemanha) e financiados em boa parte pela Alemanha como parte de sua cooperação bilateral com o Estado israelense.
Berlim cuida com atenção especial de suas relações com Israel, como parte de sua responsabilidade histórica em relação ao país, e também observa uma extrema cautela frente a qualquer crítica a sua política.
A Der Spiegel cita em sua edição o ministro da Defesa, Ehud Barak, segundo o qual os alemães "estão orgulhosos" de poder colaborar "em garantir a existência do Estado israelense".
Junto aos submarinos já entregues e ao pedido em curso de outros três, até 2017, Israel quer encomendar à Alemanha três unidades mais.
O contrato para a segunda entrega de três submarinos se materializou recentemente pela própria chanceler Angela Merkel.
A Alemanha condiciona uma terceira parte de seu financiamento – 135 milhões de euros –, em uma operação politicamente vinculada a que Israel freie a construção de novas colônias na Cisjordânia e que permita a construção de uma depuradora de água – também com participação alemã – na Faixa de Gaza.
Até agora, o governo de Benjamin Netanyahu não cumpriu essas condições, indica a revista.
Fonte: Agência EFE
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Al Assad condena massacre de Houla e denuncia conspiração contra a Síria
Presidente sírio realizou discurso no Parlamento e diz que o país enfrenta um projeto de destruição pelas vias do terrorismo
Por João Novaes
O presidente sírio, Bashar al Assad, disse neste domingo (03/06), em um discurso realizado na sede do Parlamento do país, que existe uma "conspiração" internacional contra a Síria. Ele chamou o recente massacre ocorrido na cidade de Houla, onde morreram mais de 100 pessoas, muitas delas crianças, de "abominável". Segundo Al Assad, “nem mesmo monstros poderiam ter cometido tais atos”.
Segundo o chefe de Estado, o país enfrenta uma "verdadeira guerra" e é preciso distinguir entre a "política e o terrorismo" para solucionar a atual crise. O líder destacou que a Síria "não enfrenta um problema político, mas um projeto para a destruição da nação cujo instrumento é o terrorismo".
Para Assad, o país está envolvido em uma "verdadeira guerra" contra o terrorismo que, na sua opinião, merece um tratamento "diferente ao dos assuntos internos".
"As portas ainda estão abertas para quem queira uma reforma verdadeira", disse o presidente, garantindo disposto a travar um "diálogo incondicional" e contrário a qualquer "ingerência estrangeira".
Segundo o chefe de Estado, o país enfrenta uma "verdadeira guerra" e é preciso distinguir entre a "política e o terrorismo" para solucionar a atual crise. O líder destacou que a Síria "não enfrenta um problema político, mas um projeto para a destruição da nação cujo instrumento é o terrorismo".
Para Assad, o país está envolvido em uma "verdadeira guerra" contra o terrorismo que, na sua opinião, merece um tratamento "diferente ao dos assuntos internos".
"As portas ainda estão abertas para quem queira uma reforma verdadeira", disse o presidente, garantindo disposto a travar um "diálogo incondicional" e contrário a qualquer "ingerência estrangeira".
O presidente também pediu aos opositores envolvidos no confronto que não cometeram delitos de sangue para se entregarem, pois se comprometeu em não puni-las.
"Vamos continuar a enfrentar o terrorismo de forma firme, deixando a porta aberta para aqueles que quiserem voltar", afirmou. "Peço a todos aqueles que ainda hesitam em fazê-lo para dar esse passo. O Estado não vai retaliar."
Ele deu as declarações um dia depois de o enviado internacional Kofi Annan ter dito que o espectro da guerra civil total crescia diariamente na Síria e que o mundo precisava ver ações, não palavras, de Assad.
Fonte: Opera Mundi com agências de notícias internacionais
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Construtora Delta ainda arremata contratos públicos
Agência Estado
A crise de confiança apontada
pela holding J&F para cancelar a compra da Delta Construções não impediu que
a empreiteira ganhasse novas licitações e aditivos em obras por todo o País no
mês de maio. Mesmo com um diretor preso, outro foragido, os dois principais
executivos afastados, os sigilos fiscal, bancário e telefônico quebrados pela
CPI e sob a ameaça de ser considerada inidônea pela Controladoria-Geral da União
(CGU), a empresa de Fernando Cavendish ampliou seu faturamento no Departamento
Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e na Prefeitura do Rio de
Janeiro nos últimos 30 dias.
A superintendência do Dnit em Mato Grosso do Sul foi mais longe. No dia 16, homologou o resultado da concorrência n.º 276/2011-19, vencida pela Delta, cujo valor é de R$ 30,9 milhões. O edital estabelece execução de obras de revitalização em trechos das rodovias BR-163, BR-267 e BR-463, mas ainda não há data prevista para o início das empreitadas. O processo de licitação foi iniciado em janeiro e o preço inicial era de R$ 35,4 milhões.
A Delta ainda faturou novas verbas para obras do Dnit em andamento em outros cinco Estados no mês passado. Anteontem, o Diário Oficial da União publicou extrato com o quinto termo aditivo em favor da empreiteira para a conservação e recuperação da BR-242.
Com valor inicial de R$ 4,4 milhões, o serviço contratado pela Superintendência do Dnit na Bahia em 2008 já rendeu R$ 5,4 milhões à construtora - segundo o Portal da Transparência, do governo federal. Os demais aditivos publicados nos últimos 30 dias foram destinados para obras da Delta no Espírito Santo, Pará, Piauí e Tocantins.
Considerada a principal empreiteira do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a Delta foi a empresa que recebeu o maior volume de recursos do governo federal nos últimos três anos. Foram R$ 2,4 bilhões em obras e serviços nesse período.
A superintendência do Dnit em Mato Grosso do Sul foi mais longe. No dia 16, homologou o resultado da concorrência n.º 276/2011-19, vencida pela Delta, cujo valor é de R$ 30,9 milhões. O edital estabelece execução de obras de revitalização em trechos das rodovias BR-163, BR-267 e BR-463, mas ainda não há data prevista para o início das empreitadas. O processo de licitação foi iniciado em janeiro e o preço inicial era de R$ 35,4 milhões.
A Delta ainda faturou novas verbas para obras do Dnit em andamento em outros cinco Estados no mês passado. Anteontem, o Diário Oficial da União publicou extrato com o quinto termo aditivo em favor da empreiteira para a conservação e recuperação da BR-242.
Com valor inicial de R$ 4,4 milhões, o serviço contratado pela Superintendência do Dnit na Bahia em 2008 já rendeu R$ 5,4 milhões à construtora - segundo o Portal da Transparência, do governo federal. Os demais aditivos publicados nos últimos 30 dias foram destinados para obras da Delta no Espírito Santo, Pará, Piauí e Tocantins.
Considerada a principal empreiteira do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a Delta foi a empresa que recebeu o maior volume de recursos do governo federal nos últimos três anos. Foram R$ 2,4 bilhões em obras e serviços nesse período.
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Vereador é flagrado em roubo de carga em SP
Agência Estado
O presidente da Câmara de
Vereadores da cidade de Elias Fausto (SP), Valdenir Lucas da Silva (PTB), de 50
anos, foi preso na madrugada deste domingo em flagrante num assalto a uma
empresa de produtos de limpeza, em Paulínia (SP).
Dimas Lucas, como é conhecido, um de seus filhos e outros três assaltantes foram presos pela Polícia Civil quando faziam o carregamento de um caminhão.Eles vão responder por formação de quadrilha, furto e corrupção de menores.
A carga está avaliada em R$ 700 mil e, segundo a polícia, Lucas já era investigado em sua cidade por suposto envolvimento com o roubo de cargas. A polícia de Paulínia informou que a quadrilha fazia o roubo com a ajuda de seguranças da empresa que podem ter recebido propina para facilitar a ação.
No local do furto, a empresa K&M, foram apreendidos também duas carretas, de propriedade do vereador, que eram usadas para o transporte da carga roubada. A polícia de Paulínia investiga quem seriam os receptadores da carga que seria furtada.
Em Elias Fausto, onde o vereador já foi eleito três vezes, a notícia teria revoltado os moradores e um princípio de confusão foi registrado na frente da casa do presidente da Câmara. A participação de um segundo filho do parlamentar na ação também é alvo de investigação.
A reportagem não conseguiu contado com a família do vereador para comentar o assunto. Segundo a polícia, ele será levado para a cadeia do 2º Distrito Policial, em Campinas.
Dimas Lucas, como é conhecido, um de seus filhos e outros três assaltantes foram presos pela Polícia Civil quando faziam o carregamento de um caminhão.Eles vão responder por formação de quadrilha, furto e corrupção de menores.
A carga está avaliada em R$ 700 mil e, segundo a polícia, Lucas já era investigado em sua cidade por suposto envolvimento com o roubo de cargas. A polícia de Paulínia informou que a quadrilha fazia o roubo com a ajuda de seguranças da empresa que podem ter recebido propina para facilitar a ação.
No local do furto, a empresa K&M, foram apreendidos também duas carretas, de propriedade do vereador, que eram usadas para o transporte da carga roubada. A polícia de Paulínia investiga quem seriam os receptadores da carga que seria furtada.
Em Elias Fausto, onde o vereador já foi eleito três vezes, a notícia teria revoltado os moradores e um princípio de confusão foi registrado na frente da casa do presidente da Câmara. A participação de um segundo filho do parlamentar na ação também é alvo de investigação.
A reportagem não conseguiu contado com a família do vereador para comentar o assunto. Segundo a polícia, ele será levado para a cadeia do 2º Distrito Policial, em Campinas.
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Especialistas debatem o perfil do novo eleitor brasileiro
Os debates do Seminário de Comunicação e Mídia do PCdoB, realizados neste sábado (2), em São Paulo, versaram também sobre o perfil do eleitorado brasileiro e a maneira como ele reage e se relaciona com as propostas apresentadas pelos candidatos durante as eleições. A discussão sobre a rejeição do eleitorado aos candidatos que baseiam suas campanhas nos ataques a outros candidatos foi um dos temas centrais da mesa intitulada: Como se comunicar com o novo eleitorado brasileiro.
Por Mariana Viel
A antropóloga e especialista em pesquisa de opinião, Adriana Seixas, reforçou o aumento do nível de exigência do eleitor em relação a seus futuros representantes. Ela falou da importância das pesquisas qualitativas, que buscam compreender os motivos da indecisão do eleitorado e como eles pensam – suas demandas, anseios e opinião diante de diversas situações. “Os candidatos devem apresentar propostas e discutir questões. O povo não é bobo mais não”, enfatizou.
O publicitário Marcelo Brandão – diretor dos programas de TV e Rádio do PCdoB – enfatizou a necessidade de os candidatos aprenderem a se comunicar com os eleitores situados na nova “Classe C” – classificação de um segmento social vigente nas normas dos institutos de pesquisa levando em conta os padrões de renda e consumo.
De acordo com ele, é preciso compreender que o novo eleitor não pode mais ser tratado como um simples receptor de informações. Diante deste contexto, é essencial entender como ele é influenciado e qual a melhor maneira de se estabelecer um contato que satisfaça suas demandas.
Marcelo explicou que a atual Classe C é auto-influenciada. E recebe as informações referentes a seus candidatos dentro dos próprios ambientes que frequenta. Ele defende que é importante identificar onde está o eleitor e fornecer argumentos para que ele próprio defenda as ideias e propostas de seu candidato.
O especialista em políticas públicas e desenvolvimento econômico, Maurício Moura, explicou que três fatores são escassos em uma campanha – os recursos financeiros, o tempo e a energia dos candidatos. Para ele, é prioritário que o candidato saiba onde e com quem gastar seu tempo e recursos. “O eleitor distingue o que toca diretamente os problemas deles. Nas eleições municipais as pessoas querem propostas para os problemas que estão ao lado delas. Uma das coisas que mudou no Brasil é que a Classe C exige que o candidato dialogue diretamente com ela”.
Adriana lembrou que essa é uma classe que vem no crescente de consumo e de educação. “É um eleitor muito mais exigente e que quer um candidato que fale para ele. Ele percebe e rejeita propostas vazias e genéricas”.
Fonte: Vermelho
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A onda que se volta contra Gilmar Mendes
Em lugar das manchetes ruidosas, os jornais publicam sobre o assunto, além de uma frase de FHC, dita durante palestra a empresários na China, apenas uma declaração de Lula, feita em entrevista a um programa popular de televisão, segundo a qual “quem inventou a história que prove”. Aquilo que era manchete desde a segunda-feira, a partir de uma declaração de Gilmar Mendes à revista Veja, se desvanece no ar.
Por Luciano Martins Costa, no Observatorio da imprensa
Os jornais teriam se convencido, de uma hora para outra, de que o ministro da Suprema Corte mentiu, exagerou, equivocou-se? Essa possibilidade transparece no editorial publicado nesta sexta-feira pela Folha de S. Paulo, no qual há uma clara condenação da atitude de Gilmar Mendes.
Criticando genericamente alguns episódios que provocaram crises no Supremo Tribunal Federal ao longo da última década, o jornal paulista afirma que a reunião cujo teor suscitou a controvérsia da semana foi uma impropriedade cometida pelos três protagonistas: o ex-presidente Lula da Silva, o ministro do STF Gilmar Mendes e o ex-ministro Nelson Jobim, anfitrião do encontro.
Mas as palavras mais pesadas caem do lado de Gilmar Mendes: o jornal pondera que ele não deveria ter buscado essa exposição, “em face da conjuntura politicamente aquecida pela vizinhança da CPI do caso Cachoeira, centrada na figura de um senador com quem o ministro Gilmar mantinha relacionamento próximo o bastante para aceitar caronas de avião”.
O que a Folha está declarando, implicitamente, é que o ministro do Supremo Tribunal Federal tem explicações a dar sobre suas relações diretas ou indiretas com o bicheiro e que o entrevero que provocou ao acusar o ex-presidente Lula não o exime dessa responsabilidade.
O jogo virou
Não se pode adivinhar o que a Folha tem em seus arquivos que possa comprometer um ministro do Supremo Tribunal Federal e se sua direção vai ou não autorizar a publicação. Mas, a julgar pelo tom do editorial, pode-se afirmar que essa decisão saiu das mãos do editor de Política do jornal, se é que ele algum dia teve autonomia para tratar desse tipo de assunto.
Como afirmou este observador durante a semana, trata-se de mais um episódio patético que começa em crise e termina em anedota (ver aqui e aqui). Mas, ao contrário de alguns casos anteriores, a imprensa não pode agora simplesmente virar as costas e fingir que nada aconteceu.
O ministro Gilmar Mendes colecionou desafetos em número e valor suficientes dentro do próprio Supremo Tribunal Federal para poder escapar da “insinuação escrachada” no editorial da Folha de S. Paulo sobre suas relações com o senador Demóstenes Torres.
Observe agora o leitor a mudança de rumo na lógica do episódio: se de fato o ex-presidente Lula da Silva tentou negociar um adiamento no julgamento do caso chamado “mensalão” em troca de blindar o ministro do Supremo com relação ao caso Demóstenes-Cachoeira, a própria imprensa tratou de romper o véu e acusar diretamente o ministro Gilmar Mendes – não em declarações de terceiros, mas em editorial! – de manter com o senador acusado “relacionamento próximo o suficiente para aceitar caronas de avião”. Se houve, como disse o ministro do STF, uma chantagem para mantê-lo fora do caso Demóstenes-Cachoeira, o episódio acaba por lança-lo diretamente no fogo.
Virado o jogo, o que fazer, então, dos dias anteriores, que o leitor revisita quando resolve folhear os jornais para trás? Onde foram parar todas aquelas fichas apostadas na versão do ministro, agora que o seu movimento acaba por colocá-lo oficialmente entre os suspeitos de “relacionamento inapropriado” com alguém que é acusado de corrupção, formação de quadrilha e outras delinquências?
Já não se trata agora da credibilidade da imprensa, mas do respeito que se deve à Suprema Corte de Justiça.
Fonte: Observatório de Imprensa
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Blogueiro sujo pede impeachment de Gilmar Mendes
O ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), afirmou nesta quinta-feira (31), ao blog de Jorge Bastos Moreno, hospedado no sítio do jornal O Globo, que vai entrar com uma ação na Procuradoria Geral da República (PGR), solicitando o substrato das empresas estatais que usam o dinheiro público para financiar blogs que atacam as instituições.
“É inadmissível que esses blogueiros sujos recebam dinheiro público para atacar as instituições e seus representantes. Num caso específico de um desses, eu já ponderei ao ministro da Fazenda que a Caixa Econômica Federal, que subsidia o blog, não pode patrocinar ataques às instituições”, afirma o ministro.
Com ironia e bom humor, o blog Conversa Afiada, do jornalista Paulo Henrique Amorim, publicou nesta quinta (31) um texto respondendo às ameaças veladas do ministro. Segundo PHA, o suposto blogueiro sujo do qual Gilmar Mendes se referiu irá ao Supremo contra o ministro denunciá-lo por “abuso de autoridade; obstrução de atividade comercial legal; tentativa de censura; por delírio psicológico incontrolável, com manifestações patológicas óbvias, incompatíveis com a função que exerce”.
Ainda se referindo ao aludido blogueiro sujo, o jornalista diz que ele afirmou ao Conversa Afiada que vai entrar com um pedido de “impeachment de Gilmar Dantas no Senado”. E sugere que o ministro “renuncie, dispa-se da toga do ‘foro privilegiado’ e venha para a arena da democracia”.
“Vamos para o mano-a-mano”, aqui na planície, debater ideias e confrontar fatos”, disse o blogueiro sujo, que falou com exclusividade a este Conversa Afiada. O blogueiro sujo sugere ainda que o ministro “saia detrás da Veja, do PIG, dessas colunas de mexerico”. E questiona: “por que o Gilmar Dantas não vai à PGR mover ação contra o Mauro Santayana, outro blogueiro sujo há muitos anos, que pediu ao Supremo para mandar o Gilmar embora?”.
Da Redação com informações das agências
Com ironia e bom humor, o blog Conversa Afiada, do jornalista Paulo Henrique Amorim, publicou nesta quinta (31) um texto respondendo às ameaças veladas do ministro. Segundo PHA, o suposto blogueiro sujo do qual Gilmar Mendes se referiu irá ao Supremo contra o ministro denunciá-lo por “abuso de autoridade; obstrução de atividade comercial legal; tentativa de censura; por delírio psicológico incontrolável, com manifestações patológicas óbvias, incompatíveis com a função que exerce”.
Ainda se referindo ao aludido blogueiro sujo, o jornalista diz que ele afirmou ao Conversa Afiada que vai entrar com um pedido de “impeachment de Gilmar Dantas no Senado”. E sugere que o ministro “renuncie, dispa-se da toga do ‘foro privilegiado’ e venha para a arena da democracia”.
“Vamos para o mano-a-mano”, aqui na planície, debater ideias e confrontar fatos”, disse o blogueiro sujo, que falou com exclusividade a este Conversa Afiada. O blogueiro sujo sugere ainda que o ministro “saia detrás da Veja, do PIG, dessas colunas de mexerico”. E questiona: “por que o Gilmar Dantas não vai à PGR mover ação contra o Mauro Santayana, outro blogueiro sujo há muitos anos, que pediu ao Supremo para mandar o Gilmar embora?”.
Da Redação com informações das agências
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