Por Genaldo
de Melo
Qualquer nação que se pretenda ser uma referência para
as demais nações do mundo, deve assumir a responsabilidade com algumas prerrogativas
necessárias para tanto. Para assumir a postura do desenvolvimento pleno, seja
no campo humano, social e cultural, bem como economicamente sustentável,
algumas metas devem necessariamente serem cumpridas. Para se tornar uma
potência qualquer nação tem que de fato cumprir seu papel de Estado.
E entre as premissas necessárias para que seja
cumprido o seu papel, uma das mais importantes sem dúvida é a implantação de uma
educação pública de qualidade e para todos. E no Brasil com os últimos fatos
adversos para o bom andamento desse processo, tem se comprovado que a educação
oferecida pelo Estado não tem sido prioridade para os mentores da gestão
pública. Nenhum Estado pode ser considerado uma grande potência se seu povo não
é educado em toda sua plenitude. Caso do Brasil!
Se está acontecendo tantas mobilizações, greves e
paralizações de docentes, isso tem demonstrado que necessariamente alguma coisa
está errada na engrenagem da educação pública brasileira. Se os trabalhadores/as
em educação estão fazendo isso em vários entes da Federação, deixando a parcela
da população mais necessitada, sem ver seus filhos sendo educado em escolas
aonde deveria por natureza ter qualidade de ensino, e do mesmo modo, esses
mesmos trabalhadores correndo o risco de ficarem mal visto pela opinião
pública, isso se deve a algum erro que deve ser reparado. Se os trabalhadores/as
estão fazendo isso com tanta convicção do ato, fica difícil compreender que estão
errados. Se existe aprovado um piso salarial, os governantes ou sentam para
dialogar ou apresentam a sociedade suas razões em contrário.
Observando mais atentamente podemos concluir sem
sombra para dúvidas que a maior parcela da população está sendo literalmente
prejudicada em vários Estados da Federação por culpa exclusiva de quem não sabe
governar, que significa sentar para dialogar e negociar, e até também convencer
que não pode atender as reivindicações por que os cofres não têm recursos, como
alguns têm colocado. O discurso dos governantes tem sido um discurso
autoritário, se não dialoga com os trabalhadores/as em educação, então dialogue
com a sociedade, porque esta pode compreender ou reprovar a partir das razões apresentadas
publicamente.
No Brasil inteiro hoje urge um diálogo sincero do
Estado com a sociedade, porque qualquer Estado que ser uma referência para os
demais Estados do mundo, inclusive ser referência do ponto de vista econômico,
precisa de um projeto de educação pública de qualidade de fato e que seja
universal, em que se valorize o trabalho, com melhores salários para os
profissionais em educação e condições necessárias para que todos tenham de fato
uma boa formação em nossas escolas.
A greve é ruim para a sociedade, mas a justiça está
dando razão aos profissionais da educação. Mas quando os governos não cumprem
seu papel e sua responsabilidade de governar de fato, quem perde sempre é o
povo.
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