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Agora chegou o momento de comparar quem tem mais força politica nas ruas do Brasil

Por Genaldo de Melo
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Politicamente o Brasil está dividido desde o final das eleições de 2014, e não adianta ninguém dizer que a culpa é de Lula e de Dilma Rousseff, que não vai convencer quem não tem resistência à raciocínio. O país está dividido exatamente por iniciativa dos grupos políticos da direita e seu principal instrumento de luta, a mídia do Jornalismo da Obediência, porque não concordam mais com o processo democrático, porque ficaram com vergonha das quatro sucessivas derrotas eleitorais.

De modo que, passaram peremptoriamente a trabalhar para derrotar o projeto que eles não conseguiram derrotar nas urnas, e provavelmente não mais vai também em 2018, principalmente se continuar não cumprindo as regras elementares da ciência política, tentando vinte e quatro horas utilizar-se do instrumento do espetáculo midiático, com os materiais formulados pela parcela conservadora e com ambições políticas das cortes judiciárias.

O inimigo público número um é Lula por causa de 2018, e o mecanismo de enfrentamento são os “supostos crimes” e “supostas provas”, resultado de uma operação Lava Jato que deixou de cumprir seu papel investigativo para pegar e prender a todos, simplesmente a todos os corruptos, sem distinção de cor, religião, partido político ou valor da conta bancária, e passou a servir apenas para o espetáculo do riso e do esquecimento de alguns e para o assassinato de reputações apenas de membros da esquerda brasileira, principalmente de Lula.

Nesse contexto o Brasil ficou dividido em quatro grupos de cidadãos. O primeiro é formado por cidadãos comuns que não se envolvem com política, mas consomem o que de pior existe em matéria de jornalismo, o chamado novo jornalismo de propaganda política, vinte e quatro horas por dia como osmose contra apenas o PT e Lula. O segundo grupo é formado também por gente do povo que consciente de que está acontecendo a mais violenta luta política no país, então através dos Aparelhos Privados de Hegemonia têm feito o contraponto nas redes sociais, na blogosfera e nas ruas. Esse dois grupos fazem parte do conjunto de cidadãos que devem ser eliminados politicamente para trabalharem 12 horas por dia, aposentarem-se com 70 anos de idade, ter um plano de saúde popular limitado, seus salários serem congelados durante vinte anos, seus filhos não terem mais o direito à universidade, aliás, para fazer parte do grande exército de reserva (downsizing), com exceção dos melhores, que não serão empreendedores, mais os melhores empregados.

O terceiro grupo de cidadãos é formado pelos membros da classe média que gostam de camisas amarelas e odeiam o vermelho, e se incluem naquele conceito de Horkeimer de que os ridículos são os mais inteligentes, porque parece que estão demorando tempo demais para compreender que como o resto da população, brasileira vão ser apunhalados pelos hiperbóreos manipuladores do golpe de Estado contra a democracia brasileira.

O quarto grupo de cidadãos é formado por todos aqueles que parece que não querem mais ter votos, porque os votos que eles angariam em eleições não são o suficiente para eleger presidente da República. São exatamente aqueles que querem mais é que o povo se dane, porque tomaram o Estado de assalto, e descobriram a atualidade de Étienne de La Boétie.

Para bom entendedor já basta! Nunca o país se viu diante de uma metáfora dessa natureza. Parcela do povo está parecendo com a força que detém no momento com Átila, rei dos hunos, diante de Aécio em frente à Orleans de 451 da Era Cristã, com superioridade absoluta de soldados, mas não luta, simplesmente e misteriosamente vai embora. É necessário que metaforicamente falando o povo transforme as ruas em maioria absoluta como nos campos cataláunicos, e que o sangue daqueles tempos seja na metáfora de hoje bandeiras e gritos nas ruas contra o golpe e o “Fora Temer. Pois só assim, e somente assim, de forma pacífica, mas politicamente, o povo nas ruas vai ser o contraponto às aves de rapina que assaltaram o Palácio do Planalto!

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