Por Genaldo de Melo

Não tem outro jeito senão criar novos
instrumentos de luta para que a esquerda brasileira não morra de inanição política
com a queda de Dilma Rousseff, e o assassinato em curso da reputação do
ex-presidente Lula. E o melhor material que está ao alcance de todos, organizações sindicais, ONG's orgânicas, movimentos sociais e líderes populares, é o próprio ato do golpe de Estado em si perpetrado por Michel Temer
e companhia limitada.
Diz o ditado de Grácian que “quem pensa
demais, morre de idiotice”. E nesse momento não tem muito que se pensar, mas
tem muito que se fazer. E a melhor proposta que surge no momento é a criação em todo o
Brasil dos “Comitês Contra o Golpe”. É preciso que criemos em todos os recantos
do país a sigla "CCG", como contraponto e como tática política da esquerda
brasileira.
Até 2018 o povo não pode, e não deve jamais
esquecer que houve no Brasil em 31 de agosto de 2016 um golpe de Estado, um
assalto sem mãos armadas e sem votos à nação brasileira e sua democracia. O papel
desses Comitês deve ser o de lembrar vinte e quatro horas por dia aos cidadãos
brasileiros que em nome do combate à corrupção, os verdadeiros larápios corruptos,
os fascistas fanáticos, tiraram uma mulher séria e honesta do poder, e colocaram no seu lugar um rato de gabinete.
Que cada associação, sindicato, ONG orgânica
e movimento social, alinhados ao progressismo político tomem às rédeas desses
Comitês, com o risco eminente de vermos definitivamente a esquerda brasileira,
e quiçá da América Latina, desbotar em função da existência da eminência
parda da direita brasileira no poder.
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