Por Genaldo de Melo

Foto: Guilherme Santos/Sul21
Está muito mal explicado ainda essa postura
do governo de através do seu Ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira,
anunciar que será colocado em pauta regras da nova reforma trabalhista, com uma
jornada de trabalho de 12 horas diárias, e depois de haver uma grita geral da Opinião Pública, ele volta a baila e recua com outro discurso de que não foi
isso mesmo que o governo através dele quis dizer.
Se seu chefe que representa hoje um governo
ilegítimo, através de um golpe desonesto não somente em Dilma Rousseff, mas na
forma como a democracia reza, que qualquer governo deve passar pelo crivo do
voto popular, está tão impopular conforme demonstra todas as pesquisas de
opinião, e levando vaias indescritíveis em todos os eventos que ele está indo,
imagine no momento em que tomar uma decisão dessa natureza desonesta, desumana
e principalmente criminosa contra a grande parcela da população brasileira que
trabalha!
Não está nos livros de história o que pode
acontecer, e principalmente é motivo de preocupação de todas as pessoas de bom
senso, porque se somos um país pacífico, poderemos não ser. O que pode
acontecer com a população nas ruas do país não é bom nem pensar, porque ninguém
em sã consciência vai achar que os brasileiros vão aceitar de bom grado ter
que trabalhar 12 horas por dia.
As explicações dele não convencem, principalmente
aqueles que não esqueceram a opinião do presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Robson Braga de Andrade, quando disse que
os brasileiros devem trabalhar 80 horas por semana. Principalmente quando todos não esqueceram também que todos eles dizem que é prioridade mudar as regras do mundo do trabalho no Brasil até fevereiro do ano que vem, ou seja, até o fim do mandato de presidente da Câmara dos Deputados, do senhor Rodrigo Maia (DEM/RJ).
Se eles não começarem a recuar, ou explicar
melhor o que estão pensando em relação a essa reforma trabalhista que estão
querendo colocar na ordem do dia com tanta sede, pode ter certeza que os movimentos sociais que precisam pela sua própria natureza de
seguidores para poder de fato existir como atores sociais, que defendem os
interesses do povo, vão começar a colocar em ação a proposta de movimento
permanente nas ruas, e isso realmente não vai ser bom à curtíssimo prazo para o próprio governo, que deverá tomar a decisão de convocar de fato novas eleições ou então renunciar
para que outro com mais coragem e com mais compromisso com a democracia
brasileira o faça. E urgente!
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