Pular para o conteúdo principal

Importante conselho para que os vereadores tomem vergonha e fiscalizem os prefeitos junto com o povo

Por Genaldo de Melo
um-crocodilo-feliz-9987709.jpg
Há algum tempo uma moda vem vigorando no país em relação ao processo de indignação que cidadãos têm contra vereadores que resolvem aumentar seus salários. Nada mais justo do que a população que mais trabalha não concordar com aumentos abusivos em salários de vereadores, que em sua grande maioria não trabalham nas câmaras de vereadores em defesa do bem comum, mas em defesa dos interesses dos prefeitos municipais, dos grupos de que fazem parte, bem como em defesa de seus próprios interesses.

Porém a população que fica indignada com aumento dos salários dos vereadores deveria ter condições elementares para saber que de grande parte de tudo o que não presta no processo de utilização de recursos públicos nos municípios, o que menos importa no conjunto da obra são os salários dos vereadores, que na maioria dos municípios não passam dos noves edis. A verdadeira vergonha existente fica escondida nas licitações públicas que o povo não sabe, e nem conhece como funciona.

Jamais a população vai está errada em protestos contra o aumento de salários de vereadores, afinal de contas os rendimentos desses pequenos nobres na maioria dos municípios brasileiros superam em número os salários da maioria da população. Mas o que é estranho é o povo somente se revoltar com o vereador e não se revoltar com a maioria dos verdadeiros donos dos cofres municipais, que são os prefeitos, que na grande maioria dos casos seus salários formais não pagam nem os uísques envelhecidos que eles tomam escondidos negociando licitações gordas.

Na verdade na maioria dos municípios brasileiros das licitações públicas, principalmente de obras de infraestrutura, da educação e da saúde, os prefeitos fazem seus salários não formais, que ficam quase na mesma quantidade dos duodécimos que os mesmos são obrigados por lei a repassarem para as câmaras municipais fazerem os salários dos vereadores, que ficam com o ônus da indignação popular.

Mas como diz o velho ditado “é bem empregado” que os vereadores tenham que enfrentar a fúria da população que não sabe como funciona a coisa pública, porque são eles mesmos que não fiscalizam os prefeitos ladrões que os tratam como empregados! Se em determinados municípios os vereadores tomassem vergonha “na cara”, realmente não aumentariam seus salários, mas utilizavam um pouco do dinheiro do duodécimo para educar a população sobre como os prefeitos entram nas prefeituras como pobres e saem “podres” de ricos.


Os vereadores só precisam entender melhor os regimentos internos das câmaras e as leis orgânicas municipais para fazer isso. Mas na maioria dos casos são analfabetos em matéria de regras de funcionamento da “coisa pública", e como não compreendem nada o que querem mesmo é aumentar seus salários e suportar os protestos populares, porque o povo esquece-se das coisas muito rápido, principalmente quando se aproximam de eleições que de indignado volta a sentir paixões frívolas.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

LITERATURA

 

A cada dia aumenta o número de pré-candidatos em Feira de Santana, agora é Dilton Coutinho

Por Genaldo de Melo Mais um nome entra na fogueira das discussões e cogitações para ser candidato ao Paço Municipal em Feira de Santana, e o assunto não deixa de ser cogitado hoje em rodas de conversas, jornais, sites e blogs, além do mundo política da cidade. Dessa vez surge como candidato o radialista Dilton Coutinho, nome bastante conhecido nos meios de comunicação local. Ontem em entrevista no seu programa Acorda Cidade na rádio Sociedade de Feira FM o deputado federal Fernando Torres (PSD) disse ser pré-candidato a prefeito, mas caso Dilton resolva ser do mesmo modo, ele oferece seu partido para abrigar o comunicador como candidato: “Eu sou pré-candidato a prefeito de Feira de Santana, mas se você for Dilton Coutinho eu abro mão. O PSD está a sua disposição amigo Dilton Coutinho”, disse Fernando Torres, presidente do PSD no município. Do mesmo modo a discussão apareceu ontem na Câmara de Vereadores pela vereadora Eremita Mota (PDT e pelo vereador David Neto (PTN).

A verdade sobre o esvaziamento das palavras golpe e "Fora Temer"

Por Genaldo de Melo Com a falta de povo nas ruas a mídia trabalha constantemente o esvaziamento do sentido real da palavra "golpe" que está acontecendo de fato.  A palavra "golpe" repete-se, repete-se, e repete-se como um mantra que perdeu o significado.  Num momento tão crucial como este, em que o projeto de governo eleito pelo voto democrático está sendo trocado por outro completamente diferente e que não passou pelo crivo das urnas, substituíram as grandes mobilizações de massa pela ação individual alegórica, pois se pulverizou a indignação popular apenas na palavra “golpe” nas redes sociais e em cartazes.  É impossível não notar que isso ocorre ao mesmo tempo em que a tradicional mídia jornalística trocou a aguerrida cobertura dos acontecimentos econômicos e políticos por um atual tom de meras trivialidades.  Quem acompanha o noticiário político e econômico não deixou de perceber que a mesma indignação que impulsiona inúmeras matérias jornalísti...