Por Genaldo de Melo

Na resposta que
deu neste final de semana a mais uma reportagem da revista Época que o
ataca, Lula tocou num ponto central para quem quer entender o BNDES ao
longo dos tempos: sua relação estreita com as grandes corporações de
mídia, sobretudo a Globo. Não foi apenas pela publicidade federal que brutais quantidades de
dinheiro público foram transferidas aos barões da mídia por sucessivas
administrações. Diz a resposta, a certa altura:“Ao contrário do que o texto insinua,
maliciosamente, não há, nos trechos reproduzidos, qualquer menção a
interferência do ex-presidente em decisões do BNDES, pelo simples fato
de que tal interferência jamais existiu nem seria possível, devido aos
procedimentos internos de decisão e aos mecanismos prudenciais adotados
pela instituição. Os jornalistas da revista Época deveriam conhecer o rigor de tais
procedimentos e mecanismos, pois as Organizações Globo tiveram um
relacionamento societário com o BNDESPar, subsidiária do BNDES. Em 2002,
no governo anterior ao do ex-presidente Lula, ou seja, no governo do
PSDB, este relacionamento se estreitou por meio de um aporte de capital e
outras operações do BNDESPar na empresa Net Serviços, totalizando R$
361 milhões (valores de 2001).”(DCM)
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