Por Genaldo de Melo
O vice-presidente da República, Michel Temer, voltou a defender uma
"aliança nacional" em prol da superação das crises política e econômica
vivenciadas pelo País. Ele criticou a proposta que previa o retorno da
cobrança da CPMF – ideia a princípio já deixada de lado pelo governo – e
declarou que "não é mais possível" viver com essa "divergência", tanto
no Congresso quanto nas ruas. As declarações foram feitas durante
discurso no Fórum realizado pela revista Exame, em São Paulo. "Precisamos de uma grande aliança nacional. Devemos trabalhar em
conjunto, com harmonia social e harmonia entre os Poderes", disse Temer.
"Temos que recuperar algo que é típico do Brasil: a Harmonia",
acrescentou, a uma plateia de empresários. Sobre a CPMF, afirmou: "O que
a sociedade aplaude é o corte de gastos do governo. O que a sociedade
não aplaude é a volta de um tributo". Segundo ele, "não vamos trabalhar
com uma carga tributária mais elevada". O vice também criticou o tamanho da base aliada do governo no
Congresso. "Não é mais possível ter uma coalizão de 20 partidos.
Coalizão se faz com dois ou três", comentou. Depois de dizer que não é
possível ignorar que "temos uma crise econômica e uma crise política",
Temer se mostrou otimista quanto à superação das dificuldades pelo
Brasil. "Tenho a convicção de que sairemos dessa crise de uma forma
melhor do que entramos", destacou. Temer avaliou como "extremamente preocupante" a notícia de que o
governo enviará ao Congresso, pela primeira vez, uma proposta de Lei
Orçamentária com previsão de déficit de cerca de R$ 30 bilhões em 2016,
algo que, segundo ele, deixa claro que o governo precisa do apoio de
toda a sociedade, principalmente do Congresso. Ele opinou, porém, que "o
melhor é que se desse a transparência absoluta". Para o
vice-presidente, "não é mais possível essa divergência que não se dá
apenas no Congresso Nacional, mas também nas ruas". (Brasil247)
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