Por Genaldo de Melo
O voto do senador e ex-presidente da República, Fernando Collor
(PTB-AL), sobre a recondução do procurador-geral da República, Rodrigo
Janot, ao cargo não foi contabilizado. Principal crítico de Janot,
Collor foi denunciado pelo chefe do Ministério Público acusado de ter
recebido R$ 26 milhões em propina no esquema de corrupção na Petrobras. Collor
havia se credenciado como suplente da Comissão desde a semana passada,
numa manobra para participar da sessão de sabatina. Ele chegou a votar,
mas sua opinião não foi computada, já que os demais titulares do bloco
do qual faz parte decidiram votar. Os senadores Eduardo Amorim (PSC-SE),
Marcelo Crivella (PRB-RJ) e Magno Malta (PR-ES) são os titulares do
bloco União e Força, do qual o próprio Collor é líder. Na
sabatina, Collor chegou a murmurar xingamentos a Janot enquanto o
procurador-geral da República respondia os questionamentos do
parlamentar. O petebista já chamou, em outras ocasiões, Janot de
"fascista da pior extração" e de "filho da p...". Hoje, sussurrava
"calhorda" e, novamente, "filho da p...", ao procurador-geral da
República. Janot foi aprovado pela CCJ para permanecer mais dois
anos no cargo por 26 votos favoráveis e um contrário. Agora, o plenário
do Senado precisa aprovar a recondução do chefe do Ministério Público em
votação secreta. Com informações do Estadão Conteúdo. (MSN)
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