Por Genaldo de Melo
As sandálias feitas de ouro de tolo
Foram colocadas nas portas das casas
Para rir dos retratos da rua
E ver o sol de ouro derretido cair
Nos alpendres dos outros
E no desenho do caderno amarelo
Da menina de sete anos de idade.
Foram colocadas nas portas das casas
Para rir dos retratos da rua
E ver o sol de ouro derretido cair
Nos alpendres dos outros
E no desenho do caderno amarelo
Da menina de sete anos de idade.
A camiseta feita de anos dos outros
Caiu nos ombros que fizeram versos
De estrelas de plásticos de natal
Para depois casar com uma vassoura
E limpar larvas astrais
Colocadas sempre nas portas da rua
Aonde as sandálias dormem...
Caiu nos ombros que fizeram versos
De estrelas de plásticos de natal
Para depois casar com uma vassoura
E limpar larvas astrais
Colocadas sempre nas portas da rua
Aonde as sandálias dormem...
Os restos de vestes aposentadas de sonhos alheios
Copiam peles de lobos de televisão
Para andar na rua além das portas
E contar para todos que ouvem com os ouvidos dos outros
Aquilo que ninguém viu, mas sabe...
Aquilo que todo mundo sabe mais não tem nome
E aquilo que mesmo que as sandálias reguem as flores
Sabe que morre...
Copiam peles de lobos de televisão
Para andar na rua além das portas
E contar para todos que ouvem com os ouvidos dos outros
Aquilo que ninguém viu, mas sabe...
Aquilo que todo mundo sabe mais não tem nome
E aquilo que mesmo que as sandálias reguem as flores
Sabe que morre...
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