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O mais novo membro do seleto grupo dos corruptos aprendeu rápido

Por Genaldo de Melo

O discurso de combate à corrupção foi uma das principais bandeiras utilizadas pelo chamado Movimento Brasil Livre para colocar muita gente sem juízo e despolitizada nas ruas para tirar o mandato de Dilma Rousseff, eleita democraticamente por 54 milhões de cidadãos brasileiros, e colocar no Palácio do Planalto a organização criminosa, que a cada dia que se passa prova que é formada por nada mais nada menos do que exatamente reconhecidos corruptos.

Os membros desse exótico “movimento de rua”, que se coloca como movimento social mudaram o discurso, a partir do início do ano passado, e contrariando o que diziam, que não se filiariam a partido político, assinaram suas fichas partidárias e muitos deles participaram das eleições municipais. A grosso modo, todos eles foram para partidos de direita, conservadores que nada tem a haver com movimento social.

Porém o discurso moralista e contra a corrupção começa a cair por terra. Em reportagem recente do BuzzFeed, assinada por Tatiana Farah e Severino Motta,  um dos mais aguerridos membros do MBL, que venceu as eleições pelo DEM para a Câmara de Vereadores de São Paulo, o jovem neofascista Fernando Holiday, fez sua campanha de vereador exatamente fazendo as coisas erradas, que ele sempre combateu nas redes sociais e no meio dos movimentos de rua dos despolitizados da classe média.

Segundo matéria do BuzzFeed, que está pautada numa planilha verdadeira de pagamentos com assinaturas de quem recebeu dinheiro, o vereador fez sua campanha com dinheiro de caixa 2. Contratava as pessoas como cabos eleitorais e pagava em dinheiro vivo sem comprovar para a justiça eleitoral. Ou seja, o neofascista jovem que esbravejada discursos violentos contra Dilma Rousseff e o PT, não passa de um "pequeno imperador" representante do que existe de pior na cultura política brasileira, a corrupção endêmica, porque dinheiro que não se contabiliza judicialmente em campanha eleitoral é resultado de caixa 2 e de corrupção.

Merece aplausos a inteligência desse menino, pois têm políticos velhos que demoraram muito tempo para aprender como fazer as coisas erradas, e ele aprendeu numa rapidez tão grande que impressiona. Ele como mentor de um movimento que se diz combatente aguerrido da corrupção no Brasil precisa explicar para os paulistanos de onde apareceu esse dinheiro que não foi contabilizado na justiça eleitoral, porque senão ele será colocado na lista dos mais jovens corruptos do mundo político brasileiro. O MBL que se explique então...!

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