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O importante encontro dos homens de negócios em Curitiba

Por Genaldo de Melo
Acompanhei bastante intrigado o rebuliço nas redes sociais a partir do momento em que Leandro Karnal postou em sua rede social foto em que tomava vinho com o juiz da Operação Lava Jato, Sérgio Moro, e segundo o mesmo conversavam sobre novos negócios. Confesso que além de um áudio que ouvir do mesmo sobre o Discurso da Servidão Voluntária de Etienne de La Boétie, nunca tive muita paciência para acompanhar suas palestras e comentários, na maioria das vezes postados nas redes sociais como uma espécie de febre.

Karnal a partir do momento em que aconteceu o impeachment de Dilma Rousseff passou a ser uma espécie de referência para as pessoas identificadas com a esquerda brasileira, mas impregnadas pela chamada preguiça intelectual, ou seja, como grande parcela dos brasileiros é preguiçosa para ler os clássicos, Karnal dava tudo de mão “beijada”, de forma muito simples.

E virou referência, principalmente porque passou a analisar a conjuntura a partir de um paradigma conceitualmente de esquerda. Porém como vivemos momentos no país em que o ódio e a divisão de paixões políticas se exacerbaram aos olhos vistos, qualquer deslize por parte dos indivíduos que se tornam referência para ambos os lados das paixões políticas, tem um efeito bombástico. E com a foto postada em sua rede social Karnal vacilou descaradamente para seus seguidores.

Karnal como referência para certos militantes da esquerda brasileira jamais nos momentos conturbados em que vivemos deveria tirar uma foto como o juiz Sérgio Moro, e como se estivesse com orgulho e vaidade daquilo colocar em sua rede social que estava fazendo negócio com um sujeito que agora ficou provado que é não unanimidade, nem aqui e nem mesmo em Curitiba, justamente porque a cada dia ele mostra que em suas investigações é um juiz parcial, pois somente está mesmo interessado em perseguir Lula.

Karnal tirou a foto da sua rede social, porque viu que fez a grande bobagem da sua vida, e de uma vez por todas teve a certeza de que Sérgio Moro não é nada desse herói que a Rede Globo tentou vender para os brasileiros, como sempre faz com quem quer promover para fazer o papel sujo que ela por si mesmo não consegue fazer, tanto que por reiteradas quatro seguidas quem venceu as eleições presidenciais foi mesmo Lula, contra os candidatos trabalhados artisticamente pela mesma.

Apesar de não ter paciência para acompanhar Karnal e suas facilidades intelectuais, até porque quando eu quis entender o mínimo do mínimo de Spinoza, Nietzstie, Schopenhauer e outros mestres, eu não perdi tempo lendo orelhas de livros, fiquei um pouco com pena desse rapaz, porque com a sua escabrosidade perdeu a oportunidade de continuar sendo uma referência para grande parcela de brasileiros que ou têm preguiça intelectual, ou não têm tempo para ler os clássicos. Mas ele já ganhou muito dinheiro com isso...!

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