Pular para o conteúdo principal

Temer resolveu acabar definitivamente com o movimento sindical brasileiro

Por Genaldo de Melo
Michel Temer, que assumiu o Palácio do Planalto na forma de um golpe parlamentar, parece que não tem mesmo limites para destruir toda a estrutura de direitos dos trabalhadores, conquistada com lutas de muitas dezenas de anos. Parece que ele não quer mesmo de fato enxergar seus erros, e de que ele é apenas um homem sem voto, que não respeita os brasileiros, desonesto, envolvido nas mais absurdas falcatruas com a coisa pública, e comprometido com o que existe de pior na política brasileira, exatamente aquela que quer um país não soberano mais submisso aos interesses mais estranhos aos próprios interesses da maioria dos brasileiros.

Agora num ímpeto de raiva que  não deveria ter, como homem público, e como presidente, mesmo que não reconhecido pela maioria do povo brasileiro, conforme indicam as pesquisas de opinião recentes, resolveu que vai se vingar do Movimento Sindical brasileiro, porque este vem coordenando as mais ácidas críticas às suas propostas neoliberais, principalmente a aprovação do Projeto de Lei 4302/98. Michel Temer parece que acha que porque parcela da população ainda não reagiu à altura aos seus mais desvairados desmandos institucionais, vai fazer qualquer coisa, porque pode como presidente, e no controle das finanças públicas.

A mídia chapa branca do Estadão anunciou hoje que ele vai colocar na proposta de reforma trabalhista texto para acabar com o imposto sindical no Brasil, porque os 17.068 sindicatos recebem muito dinheiro para fazer o trabalho sindical, e fazer as críticas políticas necessárias que estão fazendo ao desmonte famigerado, doente e fora de sentido que ele está fazendo do Estado brasileiro. Na matéria do Estadão ainda vem um conselho nas entrelinhas de que o fim da contribuição sindical pode ser definido por meio de projeto de lei, bastando os votos da maioria governista para derrubar a obrigatoriedade da cobrança.

Esse senhor atrapalhado à serviço de empresas internacionais, da elite financeira Ocidental, representada especialmente no Clube Bilderberg, no Council on Foreign Relations e na Comissão Trilateral, corrupto por natureza, cada mais se comprovando em denúncias de delatores das investigações da Lava Jato, parece que ainda não entendeu que seus limites políticos já foram atingidos, e que não pode ficar cutucando a onça com vara curta. Ao tentar destruir os principais Aparelhos Privados de Hegemonia, que são os sindicatos brasileiros ele está brincando com fogo perto do querosene.

Seus assessores parecem que confiando na influência do Jornalismo da Obediência não estão lhe dizendo a verdade, de que ele já é o mais impopular Presidente da República da nossa história, de que o Movimento Sindical brasileiro começou a reação contrária aos seus desmandos, e que os movimentos de rua da classe média como MBL e Vem Prá Rua não conseguem colocar nem mesmo gente para defender Sérgio Moro, imagine a ele que não consegue participar de nenhum evento com o povo, pois somente faz isso de portas fechadas. Temer deve compreender logo que o povo não lhe quer mais, e que não vai aceitar de bom grado ele acabar a seu bel prazer suas organizações sindicais de luta! Nem tudo é belo como dona Marcela, e autoritarismo tem limites!

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

LITERATURA

 

A cada dia aumenta o número de pré-candidatos em Feira de Santana, agora é Dilton Coutinho

Por Genaldo de Melo Mais um nome entra na fogueira das discussões e cogitações para ser candidato ao Paço Municipal em Feira de Santana, e o assunto não deixa de ser cogitado hoje em rodas de conversas, jornais, sites e blogs, além do mundo política da cidade. Dessa vez surge como candidato o radialista Dilton Coutinho, nome bastante conhecido nos meios de comunicação local. Ontem em entrevista no seu programa Acorda Cidade na rádio Sociedade de Feira FM o deputado federal Fernando Torres (PSD) disse ser pré-candidato a prefeito, mas caso Dilton resolva ser do mesmo modo, ele oferece seu partido para abrigar o comunicador como candidato: “Eu sou pré-candidato a prefeito de Feira de Santana, mas se você for Dilton Coutinho eu abro mão. O PSD está a sua disposição amigo Dilton Coutinho”, disse Fernando Torres, presidente do PSD no município. Do mesmo modo a discussão apareceu ontem na Câmara de Vereadores pela vereadora Eremita Mota (PDT e pelo vereador David Neto (PTN).

A verdade sobre o esvaziamento das palavras golpe e "Fora Temer"

Por Genaldo de Melo Com a falta de povo nas ruas a mídia trabalha constantemente o esvaziamento do sentido real da palavra "golpe" que está acontecendo de fato.  A palavra "golpe" repete-se, repete-se, e repete-se como um mantra que perdeu o significado.  Num momento tão crucial como este, em que o projeto de governo eleito pelo voto democrático está sendo trocado por outro completamente diferente e que não passou pelo crivo das urnas, substituíram as grandes mobilizações de massa pela ação individual alegórica, pois se pulverizou a indignação popular apenas na palavra “golpe” nas redes sociais e em cartazes.  É impossível não notar que isso ocorre ao mesmo tempo em que a tradicional mídia jornalística trocou a aguerrida cobertura dos acontecimentos econômicos e políticos por um atual tom de meras trivialidades.  Quem acompanha o noticiário político e econômico não deixou de perceber que a mesma indignação que impulsiona inúmeras matérias jornalísti...