Por Genaldo de Melo
Participei do movimento de mais de três mil pessoas que ocuparam as ruas de Feira de Santana no último dia 08 de março, quando se comemora o Dia Internacional das Mulheres, e não poderia deixar de participar porque foi uma mobilização de protesto contra a famigerada Reforma da Previdência, que da forma como está sendo apresentada pelo Governo de Michel Temer, coordenada politicamente pelo visto pelo deputado federal baiano de Bom Jesus da Lapa, Arthur Maia, coloca a sociedade brasileira em riscos eminentes.
Confesso que fui uma das primeiras pessoas que realmente criticaram Michel Temer, e de forma veemente no microfone, e estava consciente disso, porque o movimento que aconteceu, apesar da comemoração pelo dia das mulheres, era um evento com um foco específico que era protestar contra a Reforma da Previdência, tanto que a passeata realizada com a participação de todos os sindicatos urbanos de Feira de Santana, bem como 71 sindicatos de trabalhadores/as rurais de 08 regiões diferentes da Bahia, ambos filiados à CTB, terminou exatamente na sede regional do INSS, coordenada hoje por um quadro indicado politicamente pelo ex-deputado federal, Colbert Martins.
Respeito como sempre respeitei o vice-prefeito de Feira de Santana, Colbert Martins, mas acompanhei sua opinião sobre o papel desenvolvido pelas mulheres e pelos homens que estavam presentes ao protesto como espalhafatoso e incoerente. Dizer que as mulheres deveriam gritar palavras de ordem apenas para defender seus direitos quando elas estavam fazendo exatamente isso, ou seja, protestando contra a Reforma da Previdência que vai piorar a situação delas, principalmente das mulheres trabalhadoras rurais, pode ser resultado de uma assessoria que não está lhe ajudando, e até mesmo de aduladores que não entenderam o ponto central da questão.
Sua assessoria deveria ter lhe dito a verdade de que tanto as mulheres como os homens que estavam presentes ao evento, e não foram poucos “gatos pingados”, foram mais de três mil participantes, em sua grande maioria trabalhadores/as rurais, não estavam ali apenas para comemorar o dia das mulheres, porque não existe o que se comemorar com um Governo formado por um grupo político do qual o próprio ex-deputado faz parte, que além de ter planejado e executado um golpe de Estado, vem planejando golpes atrás de golpes contra a sociedade brasileira, especialmente os trabalhadores e trabalhadoras.
Ficou parecendo que o ex-deputado tentou criar um fato político para ocupar a mídia e ficar em evidência, saber da opinião da sociedade sobre o tema, e responder politicamente aos seus chefes políticos já que ele é o responsável pelo quadro que coordena o INSS regional, e mais nada! Como ele tem uma história de bom deputado quando ocupou um espaço privilegiado na esquerda brasileira, ele de fato recebeu muitas respostas negativas da sociedade, especialmente nas redes sociais. Uma pena, porque ele deixou a esquerda para ocupar um espaço também de vice decorativo em torno de José Ronaldo, que deve está bem preparado para não ser golpeado também pelo PMDB, especialmente o de Geddel Vieira Lima.
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