Por Genaldo de Melo
Com a chegada ao poder do grupo de Michel Temer, e seus aliados que foram derrotados nas eleições de 2014, e não concordaram com os resultados das urnas, e com os últimos acontecimentos políticos de Brasília, definitivamente estamos vivendo de novo no país um regime de exceção que pode ser considerado como barbárie política.
Pela primeira vez na história política do país um governo entra num abismo de impopularidade, tem a saída de vários ministros por motivos nada religiosos, e pela primeira vez temos ministros que de fato não respeitam os próprios brasileiros, nem o que eles pensam.
Mas a maior gravidade desse governo provavelmente aconteceu em semana em recente, em que saiu do governo um ministro considerado incompetente para o cargo, e indicado para a mais alta corte jurídica do país, e assume um novo sujeito no seu lugar para o cargo de Ministro da Justiça que se revela nas entrelinhas de seu discurso um racista.
É a mais pura barbaridade política o que disse essa semana o novo Ministro da Justiça, Osmar Serraglio. Expressar que a luta dos índios brasileiros pelo direito às suas terras, que estão sendo tomadas por grileiros e fazendeiros sem escrúpulos, é uma grande perda de tempo, porque terra não enche barriga de ninguém, é simplesmente a maior das maiores barbaridades políticas, e uma aberração no sentido mais literal da palavra.
Do ponto de vista político para defender seus interesses e os interesses dos ruralistas ele está totalmente certo, porque como ele faz parte de um governo que não respeita mais a democracia, então ele pode dizer o que quiser que vai receber palmas dos golpistas e repúdio de quem faz do Brasil a nação rica que é, ou seja, o povo brasileiro.
Agora a maior barbaridade desse ilegítimo Ministro da Justiça é dizer que a bancada ruralista que coordena a CPI da Funai vai apresentar novidades e as grandes soluções para os problemas da terra. Isso é simplesmente insultar a inteligência não somente dos índios que lutam pelas suas terras, mas a inteligência do povo brasileiro como um todo.
Mas ele pode dizer e fazer qualquer coisa, porque mesmo sendo um ministro de um governo sem voto, pelas regras que o seu governo antidemocrático vem definindo, ele pode tudo nesse país, até o dia em que o povo se revoltar. E esse tempo se não for antes de 2018, será de fato em outubro deste mesmo ano.
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