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O jantar sensacional entre os amigos confabuladores

Por Genaldo de Melo

Não é coisa de militantes de esquerda ou de esquerdistas radicais, achar que não é normal Gilmar Mendes, representante do Poder Judiciário, ministro do Supremo Tribunal Federal, e aliás presidente do Tribunal Superior Eleitoral, fazer um jantar em sua casa para comemorar o aniversário antecipado do senador José Serra (PSDB/SP), para também costurar um acordo em torno de uma reforma política.

Não é realmente nada “religioso” isso, porque denota que o Ministro está fazendo política, o que segundo as regras constitucionais ele não pode, porque representa o Poder Judiciário. A simbologia é forte, porque nos tempos recentes foram muitos encontros de conversas secretas entre o Ministro e representantes dos poderes Executivo e Legislativo.

O gracejo para José Serra, e para discutir uma reforma política de interesse de todos os envolvidos em maracutaias políticas, teve a participação de quase todos os principais envolvidos nos esquemas errados que a Operação Lava Jato não quer de modo nenhum investigar, porque o objetivo da mesma é somente atingir Lula.

Das conversas secretas participaram, segundo reportagem de Marina Dias, Bruno Boghossian, Pedro Ladeira e Daniela Lima na Folha de São Paulo, além de Michel Temer e José Serra, o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB/CE), o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM/RJ), os senadores Aécio Neves (PSDB/MG) e Agripino Maia (DEM/RN).

Não que eles não possam se encontrar para confabular assuntos secretos. O problema é que quem garante que homens que decidem os rumos da nação brasileira não estão tramando para que muitos “artistas” eleitorais fiquem livres pelos seus crimes eleitorais, principalmente em relação ao famoso “Caixa 2”, que parece que somente é crime para o PT e seus aliados.

O que fica ululante aos olhos de quem não tem resistência à raciocínio é que Gilmar Mendes está fazendo política, o que de fato ele não pode por representar exatamente o Poder que não pode fazer política, que é o Poder Judiciário. Mas nesses tempos de exceção pode tudo no Brasil...!

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