Por Genaldo de
Melo
O vice-presidente
e articulador político do governo Michel Temer disse hoje (21) que os partidos
de oposição não devem ser contrários ao governo apenas porque perderam a
eleição. “[Os partidos] devem opor-se com uma questão de mérito, não é
se opor simplesmente porque perdeu a eleição. No Brasil sempre foi assim. Quem perdeu a
eleição acha que tem que contestar. O sistema jurídico impõe que a oposição
fiscalize, observe, contrarie. Os que são oposição hoje, foram situação no
passado e poderão vir a ser situação no futuro”, destacou. Em seu
segundo dia de palestras em Nova York, Temer falou na American Bar Association,
seção da Ordem de Advogados, sobre os desafios institucionais
e a coordenação política no Brasil. Lembrou que assumiu a articulação política
em um momento “um pouco complicado da economia brasileira”. “A
coordenação política requer construir as condições para a governabilidade e
implica diálogo com o objetivo de ouvir demandas, acomodar interesses e somar
contribuições. Não me peçam para apagar incêndio com gasolina. Eu apago
incêndio com água”, frisou o vice-presidente. Após a palestra,
perguntado sobre a crise política no país depois do anúncio do presidente da Câmara dos
Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de rompimento com o governo da presidenta
Dilma Rousseff, o vice-presidente reafirmou que a divergência de Cunha é de
natureza pessoal e não representa a posição atual do partido. “Não
significa uma crise institucional. Pode ocorrer que o PMDB resolva deixar o
governo especialmente se, em 2018, pretender ter uma candidatura presidencial.
Mas vai fazê-lo singelamente, suavemente, como uma questão política e não uma
questão de atrito pessoal”, afirmou. (AB)
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