A
presidente Dilma Rousseff reuniu-se com cerca de 10 ministros na tarde
de ontem (27/07) para pedir que ajudem a garantir apoio político no Congresso. A
petista quis reforçar a avaliação sobre as dificuldades na economia. Num
trecho do encontro no Palácio do Planalto, afirmou os efeitos da
Operação Lava Jato provocaram uma queda de 1 ponto percentual no PIB
brasileiro. A presidente não quis elaborar sobre
como calculou a queda de 1 ponto no PIB por causa do escândalo de
corrupção na Petrobras. Hoje (27.jul.2015), o boletim Focus do Banco
Central trouxe estimativa de queda de 1,76% do PIB neste ano. Há uma
semana, o percentual era 1,7%. Apesar da recessão, “o pior é a
instabilidade” política e econômica que o escândalo da Lava Jato
provocou, disse a presidente a seus ministros. Esse clima de incerteza
se replica por toda a sociedade, influenciando nas decisões dos
principais agentes econômicos –o que potencializa o atual momento de
paralisia nas atividades. Essa instabilidade, afirmou a
presidente, acabou levando também a várias derrotas do governo no
Congresso. “Não fomos derrotados nas votações das medidas provisórias”,
disse a petista. Para ela, o problema foram os enxertos que deputados e
senadores fizeram –como se diz em Brasília, os “jabutis” colocados em
várias Medidas Provisórias votadas recentemente pelo Congresso. A presidente citou especificamente o
aumento dos salários para funcionários do Poder Judiciário, de até
78,5%. Dilma vetou esse dispositivo e falou aos ministros sobre a
necessidade de todos conversarem com deputados e senadores para que a
decisão seja mantida. A reunião começou por volta de 15h e
terminou às 17h30. O ministro Nelson Barbosa (Planejamento) desenhou um
quadro sombrio sobre a economia. Falou sobre a queda da arrecadação e
como empresários em épocas de crise usam todos os artifícios disponíveis
para pagar ainda menos impostos. A reunião dos ministros hoje com
Dilma foi para alinhar o discurso. A fala de Nelson Barbosa deixou a
impressão, para vários ministros, que os indícios de melhora só vão
aparecer em 2016. Mas que a economia voltará a crescer, de fato, apenas
em 2017. (UOL)
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