Por Genaldo de Melo

Após a aprovação do parlamento, a Ucrânia anunciou que entra em vigor
nesta sexta-feira (24/07) a proibição às atividades dos três partidos
comunistas existentes no país, bem como a sua participação nos processos
eleitorais e na vida política do território. “Este é um momento
verdadeiramente histórico”, anunciou o chefe do Conselho de Segurança e
Defesa da Ucrânia, Alexander Turchinov. A decisão foi confirmada à
Agência Efe pelo ministro da Justiça, Pavel Petrenko, que detalhou que a
proibição afeta o Partido Comunista da Ucrânia, o Partido Comunista
(renovado) e o Partido Comunista dos Trabalhadores e Camponeses da
Ucrânia. “Depois de aprovadas as leis no parlamento, foi criada
uma comissão que, ao longo de um mês efetuou um estudo dos três partidos
comunistas da Ucrânia”, explicou o ministro, que assinou o decreto.
Patrenko ainda destacou que essa “proibição” “será levada até as últimas
consequências”. Conforme a nova legislação, essas legendas não
poderão propagar seu nome, seus símbolos, nem seu programa ou estatuto. A
lei também obriga o Estado a investigar toda informação sobre os
delitos cometidos durante os governos comunista e nazista. Para o
líder do Partido Comunista russo, Gennady Zyuganov, a decisão de
Patrenko é “puramente arbitrária e uma vingança sobre seus adversários
políticos”. Ele também critica o fato de a lei equiparar comunistas aos
nazistas. Em 9 de abril, o Parlamento da Ucrânia aprovou uma lei
que legalizou todas as organizações políticas e paramilitares que
lutaram contra o regime soviético durante a Segunda Guerra Mundial,
inclusive aquelas que colaboraram com os ocupantes nazistas. Em
maio, o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, sancionou a lei que
implica também que todos os monumentos que glorificam os líderes
soviéticos, incluindo as estátuas de Lênin, deveriam ser desmontados.
Com a decisão, as autoridades ucranianas também querem rebatizar
cidades, ruas e entidades cujos nomes tenham referências soviéticas.(OM)
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