Por Genaldo de Melo

A defesa pública ao comandante da Casa se resume ao Solidariedade, partido do deputado Paulinho da Força (SP), como mostra reportagem dos jornalistas Ranier Bragon e Aguirre Talento na Folha de S. Paulo. A
mudança foi a citação, pelo lobista Júlio Camargo, delator da
investigação, de que repassou US$ 5 milhões em propina para Cunha. O
deputado nega as acusações e afirma estranhar a mudança no depoimento do
delator, que nunca havia citado seu nome antes. O apoio de
lideranças da oposição, que havia sido enfático em março, caiu por
terra, colocando em xeque a dobradinha Cunha-oposição, que por diversas
vezes impôs derrotas ao governo da presidente Dilma Rousseff no primeiro
semestre. O senador Aécio Neves (PSDB-MG), o líder do PSDB na
Câmara, deputado Carlos Sampaio (SP), o líder do PSB, Júlio Delgado
(MG), e o líder do DEM, Mendonça Filho (PE), são alguns exemplos de
mudanças de discurso. Se antes disseram acreditar nas palavras de
Cunha, de que era inocente, hoje defendem que "todas as denúncias têm
que ser investigadas", como afirmou, em nota, o PSDB presidido por Aécio
Neves. Em março, Júlio Delgado afirmou: "Eu acho que vossa
excelência não tem nenhum envolvimento nesse sistema mesmo". O discurso
foi mudado nesta semana, segundo a Folha: "O que eu achava naquele dia,
eu posso dizer que hoje eu não acho mais. Isso tudo tem que ser
apurado". Mendonça Filho, apesar de não defender o afastamento de
Cunha da presidência da Câmara, afirma que o deputado do PMDB não pode
nem "ser condenado antecipadamente", nem ser "simplesmente blindado e
não investigado". (R7)
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