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As “generosidades” entre Aécio e Serra

Por Altamiro Borges
Pelo jeito, José Serra não gostou nem um pouco da entrevista do “amigo” Aécio Neves à Folha. Nela, o senador mineiro afirma que o paulista poderá abandonar novamente, caso eleito, a prefeitura paulistana para se candidatar à presidência da República em 2014. A afirmação não poderia ser pior para o eterno candidato, que tenta apagar a imagem de que traíra outra vez os incautos eleitores paulistanos. De imediato, Serra agradeceu a “generosidade” de Aécio, mas negou a intenção. Alguém acredita!
Na entrevista, o “generoso” mineiro diz: “As circunstâncias lá na frente podem demonstrar que ele [Serra] é a grande alternativa para sucessão presidencial. Eu não afasto isso de maneira peremptória e definitiva”. Na boca do presidenciável “óbvio” do PSDB, segundo garantiu príncipe FHC, a declaração parece mais uma punhada – ou mais uma sangrenta bicada tucana!
Pó pará, Serra!
 
Em tom fatalista, ele também teoriza: “Todos nós somos de alguma forma reféns das nossas circunstâncias”. Será que ele não se sente seguro no PSDB? Ou ele teme as famosas rasteiras e os golpes sujos de Serra? Ou será que Aécio teme a popularidade crescente da presidenta Dilma? Ou, por último, será que ele ficou abalado com a recente revelação de que ajudou a nomear, por indicação do ex-demo Demóstenes Torres, uma prima do mafioso Carlinhos Cachoeira para o governo mineiro?
Seja qual for a resposta, a entrevista do senador mineiro não serviu à estratégia diversionista da campanha de Serra. Tanto que ele respondeu rápido e de forma marota. “Não podia esperar nada do Aécio, além da sua generosidade, mas não está na minha agenda me tornar presidente... Quero me candidatar à prefeitura e terminar o mandato”. Pó pará, Serra. Deixa de ser cínico!
 
 
 

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