Por
Genaldo de Melo
Revendo a destreza com as palavras e os conceitos da
política, com letra maiúscula, definida por Aristóteles, ficamos todos nós
literalmente estarrecidos como a prática diária dos homens de hoje, sujam e
escandalizam o nome da mesma, que é ciência prática de fato. Ela que deveria
criar e coordenar as condições elementares para que os seres humanos possam
viver e conviver juntos, apesar da diversidade da natureza humana, tornou-se
matéria para o vil lucro de alguns homens públicos, como se comércio fosse.
Políticos das mais variadas matizes ideológicas, com
exceção de poucos que compreendem a política como a mais necessária das
ciências práticas da humanidade, entram na própria para roubar literalmente os
cofres públicos. Na grande maioria entram no mundo político para enricar de
fato de uma maneira mais fácil, porque sabem que parte da população que escolhe
os representantes nos parlamentos e nas cadeiras dos executivos em todos os
níveis, não participa da política, participa somente das eleições dos outubros
da vida.
Como se pode convencer as pessoas que literalmente
dizem a viva voz que não gostam da política, bem como odeiam a política, quando
em nome de interesses umbilicais mais da metade dos chamados homens públicos
querem é isso mesmo, que o povo não goste e não participe jamais do mundo da
política? De fato, como demonstrar com provas factíveis ao homem e a mulher,
chamados de comuns, que a política é quem define o preço das coisas ou o nome
das ruas, ou até mesmo define leis absurdas, que remexem os ossos daqueles
homens bons que morreram há muito tempo, e que criaram as boas regras do jogo
da política, como necessidade para existência da civilização?
Somente vemos uma maneira bem simples para moralizar a
canalhice e a safadeza de indivíduos mesquinhos e doentes políticos. Uma
verdadeira e coerente reforma política que possa fortalecer os programas dos
partidos sérios, que exija silenciosamente a participação no mundo político de
homens públicos sérios, que tenham a capacidade de fato de criar e coordenar as
condições elementares para que possamos todos viver e conviver juntos.
Uma reforma política que coloque na ordem do dia
pautas coerentes, para que possamos pensar e focar em melhorar a Saúde Pública,
a prevenção da drogadição e da violência, em promover uma Educação Pública de
qualidade para todos, no combate a um dos maiores males da humanidade que é a
fome, bem como na criação das condições para o fortalecimento e valorização do
trabalho com espaço para todos. Melhor dizendo, que fortaleça de fato o papel elementar
do Estado como espaço público.
Para combater os malfeitores e os bandidos de nossa
República verde e amarela, temos que num esforço conjunto construir a imagem da
política, com letra maiúscula, com mais participação de mais gente boa,
fortalecendo os processos majoritários de projetos coletivos, e não de
interesses individuais dos poucos covardes.
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