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Principais notícias do domingo

Governo estuda proibir novos contratos com a Delta

Ministros da Casa Civil e da Controladoria-Geral da União determinaram abertura de processo para declarar construtora inidônea

O governo federal estuda proibir a Delta Construções, principal empreiteira do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), de firmar contratos com a União. Os ministros da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e da Controladoria-Geral da União (CGU), Jorge Hage, determinaram na sexta-feira a abertura de processo para declarar inidônea a construtora, que faturou, só no ano passado, mais de R$ 884,4 milhões com obras federais.

O governo explica que a decisão se baseia nas numerosas denúncias veiculadas recentemente no âmbito da Operação Monte Carlo da Polícia Federal, "com indícios veementes de tráfico de influência", e em informações da Operação Mão Dupla, que apontam o pagamento de propina e outras vantagens pela Delta a servidores do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) no Ceará. A denúncia contra funcionários da autarquia e da empreiteira foi enviada na sexta-feira à Justiça pelo Ministério Público Federal no Estado.

As revelações da Operação Monte Carlo deram origem à CPI do Cachoeira, criada na quinta-feira pelo Congresso Nacional. A investigação vai apurar elos do contraventor com políticos e também com a Delta.

Contratos cancelados

A CGU informa que a Delta terá direito a ampla defesa e ao contraditório no processo de inidoneidade. Caso receba a sanção, além de proibida de tocar novas obras para o governo, poderá perder contratos já em execução. A possibilidade de rescisão será, contudo, avaliada caso a caso, levando-se em conta estágio dos serviços e se a interrupção não prejudicaria o interesse público.

Nos últimos dias, Estados têm anunciado ações para investigar a Delta. Em Minas Gerais, por exemplo, o Ministério Público fará um "pente-fino" em todos os contratos públicos da construtora. A decisão do governo federal só veio depois do escândalo desencadeado pela Operação Monte Carlo, que revelou indícios de envolvimento da empreiteira com a organização do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, e escancarou suas relações com políticos.

A Controladoria-Geral da União e demais órgãos de controle do governo federal, porém, têm informações de supostas irregularidades cometidas pela empresa há anos. Como o Estado mostrou no último sábado, desde 2007 a CGU identificou problemas em ao menos 60 obras tocadas pela Delta no Dnit, seu principal cliente. O valor dos contratos com falhas alcança R$ 632 milhões. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Governo Dilma tem aprovação recorde de 64%, revela Datafolha

Maioria dos entrevistados, no entanto, acredita que Lula deve ser o nome do PT para disputar o Planalto em 2014

Apesar de a presidenta Dilma Rousseff ter batido mais um recorde de popularidade, seu antecessor ainda é o preferido da maioria dos brasileiros entrevistados. Segundo pesquisa Datafolha, divulgada neste domingo, Luiz Inácio Lula da Silva é o primeiro nome para os entrevistados para ser o candidato do PT ao Palácio do Planalto nas eleições presidenciais de 2014.


De acordo com a pesquisa, realizada nos dias 18 e 19 deste mês com 2.588 pessoas nos 26 Estados e no Distrito Federal, o governo de Dilma é avaliado como ótimo ou bom por 64% dos brasileiros. Em janeiro, a mesma pesquisa mostrava que 59% tinham o governo atual como bom ou ótimo. Há margem de erro de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
Foto: Ricardo Stuckert/Instituto LulaApesar da alta popularidade do governo da presidenta, entrevistados acreditam que Lula deve disputar em 2014 (13/4)
Dos entrevistados, 29% disseram que Dilma faz um governo regular, enquanto outros 5% avaliam a atual administração como ruim ou péssima. Há três meses, 33% acreditavam em um governo regular de Dilma, enquanto 6% o consideravam ruim.

No entanto, quando perguntado quem deveria ser o candidato do PT para disputar o Planalto nas próximas eleições presidenciais, o antecessor de Dilma saiu na frente. Lula se mostrou o predileto de 57% dos brasileiros para disputar novamente a Presidência daqui a dois anos e meio. Enquanto outros 32% preferem a presidenta concorrendo em 2014, 6% acreditam que nenhum deles deve concorrer e 5% ficaram em dúvida.

Recorde

O índice de aprovação de 64% é o mais alto obtido por Dilma desde que tomou posse como presidenta, em 1º de janeiro de 2012. Além disso, trata-se da mais alta taxa de aprovação presidencial com um ano e três meses de mandato dentro do universo de pesquisas Datafolha. Enquanto na mesma época o governo Lula tinha 38% de aprovação, o tucano Fernando Henrique Cardoso apresentava 30%.

Fonte: iG

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Eleição na França vai a 2º turno com Hollande e Sarkozy

Perto de 80% dos votos na eleição para presidência foram apurados. Segundo turno será no dia 6 de maio.

Do G1, com informações de agências
O socialista François Hollande conquistou neste domingo (22) o primeiro turno da eleição presidencial na França, marcado pelo índice surpreendente de votos conquistados pela candidata da extrema-direita, Marine Le Pen - em torno de 20% - segundo as pesquisas.
saiba mais

Hollande bate Sarkozy com 28% contra 26,9% dos votos, segundo os resultados oficiais com 79% da apuração, perto das 18h (horário de Brasília). Os dois vão disputar o segundo turno em 6 de maio.
Segundo duas pesquisas realizadas na noite eleitoral pelos institutos Ipsos e Ifop, François Hollande vencerá a eleição presidencial com 54% ou 54,5% dos votos contra 46% ou 45,5% de Nicolas Sarkozy.

"Estou confiante", declarou o vencedor do primeiro turno, considerando-se "candidato da união" e "aquele em melhor posição para se tornar o próximo presidente da República". "A Frente Nacional nunca tinha chegado a um nível como este", afirmou. "É um novo sinal que aparece de repente diante de meus olhos".

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Senador Demóstenes Torres negociou dívida pela Delta, diz PF

FERNANDO MELLO
LEANDRO COLON
DE BRASÍLIA

Três diálogos captados pela Polícia Federal indicam que o senador Demóstenes Torres (ex-DEM) negociou para que a Prefeitura de Anápolis (GO) pagasse R$ 20 milhões à empreiteira Delta.
Tratava-se de dívida que, anteriormente, pertencia à Queiroz Galvão e que, segundo os áudios, foi "comprada" pela Delta por R$ 4,5 milhões. A prefeitura confirma a negociação, mas diz que a dívida ainda não foi paga.

O dinheiro se referia ao contrato de recolhimento do lixo, que já foi feito pela Queiroz Galvão e hoje está sob responsabilidade da Delta.

As conversas são usadas pela Procuradoria-Geral da República para apontar indícios de que Demóstenes seria "sócio oculto" da Delta.

Em diálogo gravado em 9 de julho de 2011, Demóstenes relatou a Cachoeira detalhes da reunião prefeito de Anápolis, Antonio Gomide (PT).

Demóstenes disse a Cachoeira que o prefeito concordava em pagar 50% por meio de precatórios e negociar os outros 50% da dívida.

O senador afirmou que, em contrapartida, Gomide disse que queria "por mês tanto, que eu tô no fim da minha gestão e preciso ganhar a eleição". Cachoeira responde: "Ele só quer graça".

Na mesma conversa, Demóstenes diz a Cachoeira que o prefeito havia marcado um encontro com Claudio Abreu, então diretor da Delta no Centro-Oeste. "Ele pediu pro Claudio voltar a falar com ele de novo", disse Demóstenes.

PROPINA

Em outro diálogo, gravado três dias depois, Claudio Abreu conversou com Cachoeira e deu a entender que o prefeito pediu propina.

Abreu relatou a Cachoeira ter dito a Antonio Gomide: "Não dou conta de dar 10 mil procê, Antônio". O prefeito diz que os "10 mil" referiam-se a "asfalto" e que nunca falou sobre o assunto da dívida com Demóstenes.

No mesmo diálogo, Claudio Abreu relata a Cachoeira ter feito uma proposta ao prefeito: "Vamos combinar de encontrar com o Demóstenes? Vamos nós três tratar disso?". "Uai, pode marcar, não tem problema não, pode marcar", teria respondido o prefeito.

Abreu relatou ainda a Cachoeira que o prefeito estaria reclamando, pois não teria condições de pagar a dívida.

OUTRO LADO

O advogado do senador Demóstenes Torres (ex-DEM), Antônio Carlos de Almeida Castro, diz que não faz comentários sobre gravações pontuais, pois o Supremo Tribunal Federal ainda irá decidir sobre a validade delas.

"Não estamos fazendo o enfrentamento pontual desses vazamentos, pois eles estão descontextualizados, manipulados e visam um pré-julgamento", afirmou a defesa.

"Como o Supremo decidirá sobre a validade ou não dessas escutas, a defesa se reserva o direito de não comentá-las, até para não validar e compactuar com o que julga inconstitucional, ilegal e espúrio", disse o advogado.

O prefeito de Anápolis, Antonio Gomide (PT), disse que a dívida é de 2002 e 2003 e que ele assumiu em 2009.

"A própria empresa Queiroz Galvão nos procurou para um acerto, mas como está rolando na Justiça, resolvemos deixar na Justiça", afirma o prefeito, que negou que as gravações se tratem de pagamento de propina.

"Não tem nada disso. A conversa é muito clara. O Claudio veio aqui para dizer que a Delta tinha comprado a dívida e a Delta poderia fazer um deságio naquela época, por volta de R$ 12 milhões, se a prefeitura pudesse pagar sem entrar no precatório", afirmou o petista.

De acordo com ele, quando falava em "10 mil", referia-se a dinheiro "para fazer asfalto na cidade".
A Delta informou que "não tem conhecimento do fato". Diz que Claudio Abreu, que não foi localizado, foi demitido do cargo na empreiteira. "O fato, se ocorreu, surpreende a própria Delta."
A Queiroz Galvão negou que mantivesse vínculo com Claudio Abreu e Cachoeira. Em relação à dívida de Anápolis, a empresa informa que ajuizou ação de cobrança que tramita no Poder Judiciário.

Fonte: Folha.com

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Com 52 anos, Brasília registra altos índices de violência e desigualdade social
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Com um PIB per capita de cerca de R$ 50 mil reais, um dos maiores do país, Brasília completou 52 anos neste sábado (21) liderando também índices de violência e desigualdade social.

Sem um potencial econômico próprio, Brasília vive às custas de um Fundo Constitucional custeado por todos os brasileiros, que pagam para a cidade ser o que é. Para cada 10 reais gastos pelo governo daqui, R$ 4 são desse fundo.

Em contraste com a prosperidade da cidade que ganha força com altos salários do funcionalismo, a segunda maior favela do Brasil fica por aqui. A Comunidade Sol Nascente, em Ceilândia, possui 57 mil moradores e só perde o posto para a Rocinha, no Rio.

Além disto, a taxa de homicídios em Brasília entre homens de 15 a 29 anos é de 121 mortos para cada 100 mil habitantes. No Brasil, a média é de 94 para cada 100 mil.

"De certa forma essa desigualdade provém da forma com que hoje se montam os salários da administração pública em relação ao setor privado. E ao mesmo tempo pela forte atração de brasileiros que vêm para cá, infelizmente, desconstituídos de empregos decentes" explica o Marcio Pochmann, presidente do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).

Fonte: UOL

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Para PMDB, CPI pode atingir em cheio governo de Agnelo Queiroz

Na bancada do PMDB, há quem aposte que, se a CPI do Cachoeira mergulhar em contratos da Saúde, pode atingir em cheio o já enrolado governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), que chefiou a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

A informação é do "Painel", editado por Vera Magalhães e publicado na Folha deste domingo (a íntegra está disponível para assinantes do jornal e do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha).

Segundo o porta-voz do governo do DF, Ugo Braga, Agnelo se encontrou com Cachoeira "em 2009 ou 2010", quando o governador exercia cargo de direção na Anvisa, em Brasília. O governo de Agnelo também é investigado por interceptar ilegalmente de e-mails de adversários. O governador reconheceu que esteve uma vez com Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, investigado por suspeita de comandar um esquema de jogo ilegal.

O diretor do Comitê Ficha Limpa do Distrito Federal, Diego Ramalho Freitas, apresentou no dia 16, à Câmara Distrital do DF um pedido de impeachment do governador Agnelo Queiroz (PT) por seu suposto envolvimento com a quadrilha comandada pelo empresário de jogos ilícitos Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.

Após intensa negociação, o governador conseguiu impedir nesta semana a criação de uma CPI destinada a investigar grampos ilegais supostamente feitos pelo governo do petista.

A oposição vai tentar agora instalar a comissão parlamentar de inquérito na próxima terça-feira (24).
A sessão para criar a CPI estava marcada para quarta-feira (18). Mas uma reunião na residência oficial do governador com os deputados foi estendida até às 17h, exatamente o horário em que a sessão da Câmara Legislativa foi encerrada por falta de quórum.

Agnelo, segundo parlamentares, ofereceu cargos e tentou convencer os aliados de que não houve espionagem.

Fonte:UOL



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