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Manchetes de hoje

Bahia: Aliados se rebelam contra o governo

Lilian Machado REPÓRTER

Deputados integrantes da base governista na Assembleia Legislativa da Bahia se rebelaram ontem contra o posicionamento do governo do Estado em relação à reivindicação dos professores da rede estadual de ensino que permanecem acampados no prédio da Casa Legislativa. A deputada Luiza Maia (PT) e o deputado Capitão Tadeu (PSB) defenderam que o projeto que reajusta o piso do magistério não seja votado hoje, como está previsto na pauta de votações.

A petista apelou para a proposta seja mais debatida com os docentes. "Sou da base do governo, mas não posso ficar contra a minha categoria. Já disse isso, inclusive, ao líder da bancada", afirmou. Segundo ela, é preciso que haja um debate mais profundo e as possibilidades sejam revistas até serem esgotadas, com explicações mais detalhadas do governo para o não atendimento das reivindicações.

"Faço parte da categoria e sei o quanto precisamos ser valorizados", pontuou. A parlamentar lembrou que o critério anual de reajuste do piso dos professores foi definido pela União e que diante disso, o governo federal, que fica com a maior parte da riqueza gerada nos municípios, precisa aumentar os repasses destinados à área de educação. "Já existe até um abaixo-assinado circulando na internet pedindo que isso aconteça", ressaltou.

O deputado Capitão Tadeu disse que estava em "sintonia" com o pleito dos professores em greve há quinze dias. Em comunicado enviado à imprensa ele disse que "não condiz com um governo sério e democrático negar a existência do acordo firmado entre o mesmo e a APLB, nem tampouco propor que a remuneração total dos professores com titulação em ensino médio completo ou licenciatura de curta duração vire subsídio". O socialista criticou a postura do governo em relação à situação.

"O Executivo já mandou para o parlamento projetos sobre a questão, mas trata a questão com desdém e contra-informação. E quando há propostas, as mesmas são aviltantes. Daqui a pouco o governo estadual vai querer também que os professores aposentados tenham direitos subtraídos da mesma forma que fez com os policiais militares recentemente em relação as GAPs IV e V. Um absurdo", disparou.

Fonte: Tribuna da Bahia

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Bahia: Aliados do PT reafirmam candidaturas próprias

Lílian Machado REPÓRTER

O cenário pré-eleitoral dá sinais de que a grande tendência nas eleições municipais de Salvador é de várias postulações dentro da base de sustentação ao governo Jaques Wagner (PT), contrariando a expectativa do PT que voltou a defender, em encontro no último domingo, a busca pela hegemonia e a manutenção do projeto petista na Bahia, já de olho em 2014.

Pelo menos esse é o recado de alguns dirigentes partidários e pré-candidatos, que reafirmam seus projetos de candidatura própria para a disputa ao Palácio Thomé de Souza.

A deputada federal Alice Portugal, pré-candidata pelo PCdoB, aliado histórico do PT, disse que neste momento não há nada que impulsione o partido a recuar do projeto próprio. "Eu e o meu partido sempre estivemos abertos ao diálogo, mas a conjuntura no momento vem ao encontro de as forças políticas se mostrarem por inteiro. A pré-candidatura está mantida e bem recebida na cidade", ressaltou Alice.

Ao analisar o cenário pré-eleitoral, a comunista destacou a tendência de várias candidaturas. "A oposição não se uniu. Veja que hoje (ontem) está se lançando o deputado federal ACM Neto e com muito foguetório para tentar salvar a imagem do DEM, detonada pelo senador Demóstenes.

O PMDB tende a uma candidatura própria, o PSDB ainda está na análise. Com isso não há o que nos obrigue de não ter candidatura, até porque com a oposição esfacelada, e a nossa presidente Dilma com alta popularidade, não há nada que impeça que saia da base do governo o próximo prefeito ou a próxima prefeita", disse entre risos.

No PDT, a expectativa também permanece pelo lançamento do deputado federal, Marcos Medrado. O presidente estadual da sigla, Alexandre Brust, classificou como infeliz a declaração do senador Walter Pinheiro concedida à Tribuna de possível retirada de candidatura.

"No caso do PDT, especificamente, a candidatura de Marcos Medrado passa por uma discussão que hoje não depende mais do deputado Marcos Medrado. Ela é uma candidatura que está posta pela Executiva Nacional e que está pontuando muito bem nas pesquisas para consumo interno e, cumprindo resolução da convenção nacional do PDT, ela está mantida e será mantida", afirmou.

Fonte: Tribuna da Bahia

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Bahia: DEM lança Neto e deixa fora a oposição

Romulo Faro REPÓRTER

A reunião nacional que o Democratas (DEM) realizou ontem em Salvador pôs fim às especulações. Está posta à mesa a pré-candidatura do deputado federal ACM Neto à Prefeitura do Salvador.

E isso, sem a tão propagada união com o PSDB e o PMDB. "Assumo a tarefa de colocar meu nome e ser candidato a prefeito de Salvador. Não posso aceitar que a omissão comprometa, cada vez mais, o futuro da nossa cidade", disse Neto no evento que reuniu deputados federais e estaduais, prefeitos, vereadores e líderes do partido na capital e no interior da Bahia.

A caravana foi comandada pelo presidente nacional do DEM, senador Agripino Maia. Apesar da euforia, Neto tentou passar a impressão de que ainda existe possibilidade de as forças opositoras ao prefeito João Henrique (PP) e ao governador Jaques Wagner (PT) marcharem juntas em outubro próximo.

Agripino Maia, no entanto, não tentou disfarçar que a prioridade para o DEM é mesmo comandar o Executivo da capital baiana. "A Bahia e o DEM têm pressa para oferecer à cidade do Salvador ACM Neto como candidato a prefeito. ACM Neto, atenda ao apelo de seu partido e seja candidato a prefeito de Salvador. O DEM precisa de você. A mais importante eleição para o DEM é a de Salvador e o nosso candidato se chama ACM Neto", clamou o senador democrata.

Segundo Maia, a executiva nacional entende que a candidatura de Neto é estratégica para a sobrevivência e para o crescimento do partido, depois da baixa que sofreu no ano passado, sobretudo com a criação do PSD por parte de uma de suas maiores lideranças (até então), o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab.

E Neto já tratou de dar a tônica da caminhada que leva ao Palácio Thomé de Souza.

Ao contrário de 2008, quando disputou pela primeira vez, ele vai usar a figura de seu mentor político, seu avô, o ex-governador e ex-senador Antonio Carlos Magalhães (ACM). "Estou diante do maior desafio de minha vida.

Não tenho o direito de errar, não vou errar. Eu não vou condenar o meu futuro e, por isso, não vou errar", disse, emocionado, depois de ler uma carta que o escritor Jorge Amado escreveu em 1969 para o então prefeito ACM. Neto destacou a "paixão desatinada" de ACM "a serviço da cidade". "É esta mesma paixão que me move e me anima".

Sem convite – Os líderes peemedebistas e tucanos minimizaram a ausência no evento do companheiro e possível (?) aliado na corrida pela prefeitura, mas, nos bastidores, membros dos dois partidos garantem que não foram sequer convidados pelo DEM e que só souberam através da imprensa. Já sem entusiasmo, ainda prevalece o discurso da busca pela união.

"Sempre lutaremos pela união e faremos tudo o que for necessário para recuperar nossa cidade", disse o deputado Antonio Imbassahy. Ele mandou recado para quem o enxerga apenas como coadjuvante na novela das oposições. "É bom lembrar que o PSDB também tem pré-candidato, que sou eu".
Souto sai na defesa do aliado
No evento que oficializou a pré-candidatura do deputado ACM Neto (DEM) à Prefeitura de Salvador, na tarde de ontem, no Hotel Fiesta, as principais lideranças do que resta do DEM engrossaram o coro para aquilo que eles consideram hoje a prioridade: vencer a disputa pelo comando da terceira maior cidade do Brasil.

Sumido do meio político desde que foi derrotado no pleito de 2010 para o reeleito governador Jaques Wagner (PT), o ex-governador Paulo Souto foi prestigiar o encontro de seu partido.

"Neto é um excelente nome para administrar a cidade, o partido chamou e ele atendeu ao pedido, o que prova sua coragem. Mas, é importante que se diga que o DEM não se fechou para as alianças com os partidos de oposição, continuamos negociando e pretendemos chegar a um ponto de consenso", afirmou Souto.

Sobre a possibilidade de seu retorno ao cenário, com uma possível candidatura ao governo do estado novamente em 2014, ele não aprofundou.

"Não é hora de pensar nisso, estou descansando, quieto no meu canto", desconversou o democrata.

O ex-deputado e ex-líder da oposição na Assembleia Legislativa, Heraldo Rocha, conhecido por seus discursos inflamados, não poupou elogios a ACM Neto, mas tentou manter o bom relacionamento com os aliados PMDB e PSDB.

"Vamos continuar conversando. A cidade precisa de um projeto forte e concreto para o futuro. Neto é o nome certo que todas as pesquisas apontam como líder, é a estrela do partido e um dos nomes mais respeitados da política nacional", disse Heraldo.

Além do presidente nacional do DEM, senador Agripino Maia, estavam presentes os deputados federais Rodrigo Maia (RJ), David Alcolumbre (AM), Ronaldo Caiado (GO), Onyx Lorenzoni (RS), Carlos Meles (MG), Mendes Filho (SE); os paulistas Jorge Tadeu, Eli Correia e Rodrigo Garcia; os baianos Fábio Souto, Jorge Khoury e Cláudio Cajado. O ex-senador e pai de ACM Neto, ACM Junior, também prestigiou o evento no Hotel Fiesta, em Salvador. (RF)

Fonte: Tribuna da Bahia

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Brasileiros estão satisfeitos com Dilma Rousseff, mas querem Lula em 2014

Dilma substituiu a Lula, seu padrinho político, que deixou o poder (exercido entre 2003 e 2010) com uma popularidade de 80%. O estudo foi realizado com 2.588 pessoas em todos os estados do país entre 18 e 19 de abril...

Brasileiros estão satisfeitos com Dilma Rousseff, mas querem Lula em 2014
São Paulo - Cerca de 57% dos brasileiros considera que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve concorrer às próximas eleições presidenciais de 2014, apesar da boa gestão de sua herdeira política e atual presidente, Dilma Rousseff, revelou uma pesquisa da Folha divulgada neste domingo (22/4).

A sondagem, feita pelo Datafolha, revelou que o atual governo possui uma aprovação de 64%, contra 59% em janeiro. Já 29% das pessoas o qualificam como regular e 5% como ruim. A avaliação pessoal da presidente, de 64 anos, chegou a 68%. Outra sondagem da empresa privada Ibope lhe conferiu uma aprovação de 77% em março.

Apesar do bom índice de aprovação, a pesquisa divulgada neste domingo pela Folha mostra que 57% dos entrevistados querem que Lula seja o candidato do Partido dos Trabalhadores (PT) nas próximas eleições de 2014, contra 32% que preferem Dilma como candidata.

Outros 6% disseram que nenhum dos dois deveria ser candidato. "A presidente Dilma apresenta uma curva crescente de popularidade e pode reduzir esta desvantagem com relação a Lula, caso essa trajetória seja mantida", disse Mauro Paulinho, diretor da Datafolha.

Dilma substituiu a Lula, seu padrinho político, que deixou o poder (exercido entre 2003 e 2010) com uma popularidade de 80%. O estudo foi realizado com 2.588 pessoas em todos os estados do país entre 18 e 19 de abril. A margem de erro é de 2 pontos percentuais.

Fonte: France Presse

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Estrelas dos principais partidos do governo recusam-se a participar da CPI de Cachoeira

O PMDB tem cinco vagas de titulares na CPI. Um deles será o presidente da comissão, Vital do Rêgo (PB). Outra vaga será cedida ao PP e ficará com o senador Ciro Nogueira (PI)...

Escaldados depois de várias Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs), os grandes caciques partidários planejam ficar longe da CPI que irá investigar as relações do empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, a ser instalada esta semana.

O líder do PMDB, Renan Calheiros (AL), por exemplo, avisa que não pretende compor o colegiado. “Líder pode falar a qualquer hora. Não serei da CPI. Nunca quis ir para a CPI”, afirma. Na mesma linha seguem o líder do governo, Eduardo Braga, e o ex-líder do governo Romero Jucá (PMDB-RR).

Jucá, cogitado para ser presidente da comissão, comunicou ao líder que considera a função de relator do Orçamento trabalhosa demais para dividir a atenção. Quanto a Braga, entretanto, o martelo não está batido.

O PMDB tem cinco vagas de titulares na CPI. Um deles será o presidente da comissão, Vital do Rêgo (PB). Outra vaga será cedida ao PP e ficará com o senador Ciro Nogueira (PI). As outras três ainda não estão definidas.

Além de Eduardo Braga, um dos nomes a ser incluídos deve ser o do senador Clésio Andrade (MG), presidente da Confederação Nacional dos Transportes (CNT). Clésio é cristão-novo nas hostes peemedebistas. Durante a crise que tirou o PR do Ministério dos Transportes, ele estava no partido, o mesmo do ex-ministro Alfredo Nascimento.

Fonte: Correio Braziliense

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Participantes do Minha Casa, Minha Vida terão crédito para compra de móveis

O Cred Móveis Caixa é resultado de uma parceria entre o banco e a Associação Brasileira das Indústrias de Móveis (Abimóvel). A previsão é que a linha atenda imediatamente cerca de 700 mil ...

Participantes do Minha Casa, Minha Vida terão crédito para compra de móveis
Brasília – A Caixa Econômica Federal lançou hoje (23) uma linha de financiamento para a compra de móveis e eletrodomésticos da linha branca, destinada aos participantes do Programa Minha Casa, Minha Vida. Para a nova linha, serão disponibilizados R$ 2 bilhões e as operações poderão ser contratadas a partir de 4 de maio.

O Cred Móveis Caixa é resultado de uma parceria entre o banco e a Associação Brasileira das Indústrias de Móveis (Abimóvel). A previsão é que a linha atenda imediatamente cerca de 700 mil famílias. Esse número pode chegar a mais de 3 milhões de famílias, ao serem consideradas as que serão contempladas pelo programa, fases um e dois, até 2014.

As taxas variam de 1% a 2% ao mês, com prazo máximo de 48 meses. As taxas de juros serão definidas de acordo com a renda familiar dos interessados.

Fonte: Agência Brasil

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Lula antecipa viagem a Brasília para aplacar turbulência no PT

A face mais visível dos problemas no principal partido da base governista está na disputa pela definição do nome do deputado que ficará responsável pela relatoria da CPI mista que vai apurar as ligações políticas de Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.

BRASÍLIA, 23 Abr (Reuters) - O ex-presidente Lula viaja a Brasília na terça-feira para aplacar a turbulência no PT, que tem afetado a articulação política do governo e as negociações sobre a condução da CPI criada para investigar as ligações políticas de Carlinhos Cachoeira, informaram à Reuters fontes ligadas a Lula e ao governo.

A face mais visível dos problemas no principal partido da base governista está na disputa pela definição do nome do deputado que ficará responsável pela relatoria da CPI mista que vai apurar as ligações políticas de Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, acusado de comandar um esquema de jogos ilegais. Até mesmo denúncias contra integrantes do governo já são atribuídas a desentendimentos partidários.

Segundo uma fonte que falou sob condição de anonimato, o nome com maior apoio dentro do partido, que conta com a simpatia de Lula, é o do ex-líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP). Ele sofre, entretanto, forte resistência da ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, que tem o apoio dos líderes do PT e do governo na Câmara, Jilmar Tatto (PT-SP) e Arlindo Chinaglia (PT-SP).

Tatto tenta desde a semana passada construir um nome alternativo. A primeira opção havia sido o deputado Odair Cunha (PT-MG). Desde sexta, entretanto, o mais cotado é o deputado Paulo Teixeira (PT-SP). O anúncio será feito até a noite de terça, prazo para a indicação dos nomes.

Lula vê a disputa como um sinal do acirramento das relações entre parlamentares do partido no Congresso e que já teria atingido a ministra responsável pela articulação política, segundo a fonte petista, que pediu anonimato.

"Há a compreensão de que a ministra está envolvida como parte da disputa e tem dificuldade de mediar", afirmou a mesma fonte.

O ex-presidente havia planejado estar em Brasília na quarta-feira para participar do lançamento de um documentário sobre a posse de Dilma. Segundo pessoas próximas, decidiu antecipar em um dia a viagem para manter as conversas políticas às vésperas do início dos trabalhos da CPI mista.

Segundo petistas, a disputa entre grupos do PT, que tem suas origens na eleição para presidência da Câmara, no início de 2011, se acirrou nos últimos meses. Os desentendimentos entre Ideli e Vaccarezza levaram, segundo uma fonte do Planalto, à saída do deputado da liderança do governo na Casa.

Outra fonte do PT afirma que Lula está preocupado com o aprofundamento da disputa dentro do partido e suas consequências para a governabilidade, ainda mais às vésperas de uma CPI em que o governo é o alvo preferido da oposição.

A fonte próxima de Lula afirmou que as recentes críticas públicas feitas por petistas à articulação política do governo "acenderam a luz vermelha no radar do ex-presidente".

Lula foi um dos principais apoiadores da instalação da CPI mista. Mesmo no Hospital Sírio-Libanês, onde faz tratamento contra os efeitos da radioterapia para tratar um câncer de laringe, ele se reuniu com lideranças políticas do PT e aliados. A passagem por Brasília é vista como um retorno à política após seis meses de tratamento contra o câncer.

Fonte: Reuters

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Ataques que humilham e ameaçam professores se espalham com as redes sociais

O cyberbullying, como é conhecido o fenômeno de humilhar e ridicularizar pessoas na grande rede, já é considerado uma forma de agressão que também preocupa educadores...

O acesso fácil e quase sempre sem o controle dos pais transformou redes sociais como Twitter, Facebook e Orkut em uma poderosa ferramenta sem filtro para as agressões e ameaças a professores.

Cada vez mais conectados, crianças e adolescentes irritados com seus professores usam seus perfis na internet como principal plataforma para xingar e até ameaçar docentes. O cyberbullying, como é conhecido o fenômeno de humilhar e ridicularizar pessoas na grande rede, já é considerado uma forma de agressão que também preocupa educadores.

Porém, por ser uma prática relativamente nova, especialistas explicam que ainda não há diagnósticos consistentes para avaliar o problema. Segundo eles, é ainda mais difícil coibir e punir os infratores no mundo virtual.

Professores afirmam que já foram vítimas ou conhecem pessoas que foram alvo de agressões na internet. O docente Hudson Paiva, de 33 anos, vê as redes sociais como um estímulo para as agressões físicas na escola. “O alcance é muito grande.

Quando a agressão, a discriminação e a falta de respeito começam na rede, logo geram comentários e podem influenciar atitudes reais”, avalia. As motivações para o cyberbullying são corriqueiras, a exemplo de muitas agressões físicas. Os alunos reclamam de notas baixas, aulas chatas, broncas recebidas em sala de aula.

Fonte: Correio Braziliense

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Egito interrompe fornecimento de gás a Israel

O governo do Egito anunciou na noite de domingo que rompeu um acordo com Israel para fornecimento de gás natural.

Egito interrompe fornecimento de gás a Israel
Israel importa do Egito cerca de 40% do gás natural consumido internamente, e usado para gerar eletricidade.

O diretor da empresa nacional de gás natural do Egito, Mohamed Shoeb, alega que a decisão não tem nenhum componente político, e que foi tomada porque Israel não pagou pelo gás fornecido nos últimos quatro meses.

Israel nega esta versão. O governo israelense diz que a decisão foi tomada porque o Egito não consegue mais garantir o transporte de gás natural ao país, já que o gasoduto usado foi alvo de vários ataques e sabotagens no deserto do Sinai nos últimos meses.

O ministro das Finanças de Israel, Yuvai Steinitz, disse que a medida é "muito preocupante", e contradiz um acordo de paz entre israelenses e egípcios.

A Ampal, a empresa israelense responsável pela importação do gás natural, acusou a medida de "ilegal e de má fé". A companhia pretende dar início a um processo em tribunais internacionais de arbitragem, em busca de compensação financeira.

O Egito foi o primeiro país no Oriente Médio a assinar um tratado de paz com Israel, em 1979. O acordo de fornecimento de gás foi assinado em 2005.

No entanto, muitos egípcios reclamam que o acordo nunca favoreceu o seu país, já que o preço cobrado pelo gás natural seria muito baixo. Israel afirma estar pagando o preço adequado pelo gás.

A região do Sinai tornou-se mais instável desde a derrubada do ex-presidente Hosni Mubarak, no ano passado. Várias tribos beduínas armadas têm assumido o controle de algumas áreas do Sinai e atacado o gasoduto, na tentativa de forçar o rompimento do acordo entre Egito e Israel.

Fonte: BBC Brasil

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Mãe e filha denunciam cortes gregos como 'crime contra humanidade'

Um grupo de dez pessoas está movendo um processo contra o pacote de austeridade do governo da Grécia no Tribunal Penal Internacional, acusando a medida de ser um "crime contra a humanidade"...

Mãe e filha denunciam cortes gregos como 'crime contra humanidade'
O grupo inclui dez pessoas com idades entre 19 e 50 anos, e é liderado por duas pedagogas – que são mãe e filha. O grupo argumenta que os cortes de gasto público estão "matando o povo grego" e que as medidas são o equivalente a um "genocídio em meio à paz".

O processo é liderado por Tanya Yeritsidou e por sua mãe, Olga. O perfil dos gregos que apoiam a iniciativa das duas não é formado por extremistas, mas sim por gregos de classe média e de bom nível de educação.

Muitos são profissionais liberais – como fisioterapeutas, advogados, médicos – que estão sendo fortemente atingidos pelo pacote do governo grego, que visa combater a grave crise financeira provocada pelo alto nível de endividamento do país.

"Ao pegar o nosso dinheiro e a nossa propriedade, nós não temos acesso a abrigo, comida, saúde, educação, transporte e trabalho", diz Olga à BBC.

"Ao nos privar de nossa renda, eles nos proíbem de casar e de ter filhos. As pessoas mais jovens, que não conseguem se sustentar, não podem casar. Enquanto isso, os mesmos jovens são empurrados para imigrar para outros países."

O processo movido por mãe e filha contém acusações fortes, como a de "destruição intencional de uma raça" por parte do governo grego.

A Grécia enfrenta uma grave crise econômica desde 2010, e teve que recorrer a empréstimos emergenciais de organismos internacionais. Em troca da ajuda, o país se comprometeu a implementar profundas reformas para reduzir o nível de endividamento. Mas isso tem provocado ainda mais desemprego e crise.

'Humano'Para o advogado constitucional grego George Katrougalos, o processo tem poucas chances de vingar.
"Esse caso é legalmente absurdo. Não existe nenhuma base jurídica para se mover uma ação deste tipo. Mas eu consigo entender isso, como comportamento humano diante de uma crise", disse o advogado à BBC.

A Grécia se prepara para ir às urnas no dia seis de maio, e os cortes no orçamento são o principal tema da campanha eleitoral.
Para Elena Panaritis, do partido governista Pasok, culpar as medidas de austeridade é uma forma simplista de lidar com a crise atual da Grécia. A tentativa de levar um caso ao Tribunal Penal Internacional não vai dar em nada, ela acredita.
"Essas duas senhoras só olham para o resultado de algo que elas consideram ser o resultado da austeridade, em vez de o resultado de uma economia que foi muito mal administrada por décadas", disse Panaritis à BBC.
"No entanto, os gregos estão votando nos mesmos partidos que estas duas senhoras estão criticando."

O grupo liderado por Tanya e Olga se mantém confiante no seu processo no Tribunal Penal Internacional. O caso será agora analisado pela Corte, que precisa decidir se deixa o processo ir adiante ou não.

Fonte: BBC Brasil

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Indígenas desafiam fronteiras e se unem contra grandes obras na América Latina

Desafiando as fronteiras nacionais, indígenas de países latino-americanos estão se articulando de forma inédita na oposição a obras que afetam seus territórios e a políticas transnacionais de integração.

Indígenas desafiam fronteiras e se unem contra grandes obras na América Latina
Com o auxílio de tecnologias modernas e de conexões históricas, índios de diferentes grupos têm buscado unificar posições em organizações internacionais como ONU e a OEA (Organização dos Estados Americanos). Experiências bem-sucedidas por toda a América Latina em disputas com governos e empresas também vêm sendo compartilhadas.

"Estamos mapeando todas as conquistas dos nossos parentes (povos indígenas) no continente para aproveitarmos as experiências deles aqui no Brasil", afirma Marcos Apurinã, coordenador-geral da Coiab (Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira).

"Nossos problemas são praticamente idênticos aos dos indígenas dos outros países", diz ele à BBC Brasil.

Essa aproximação tem sido liderada pelas grandes organizações indígenas nacionais e por movimentos regionais, como a Coordenação das Organizações Indígenas da Bacia Amazônica (Coica), que agrega grupos do Equador, Bolívia, Brasil, Colômbia, Guiana, Guiana Francesa, Peru, Suriname e Venezuela.
Além de manter as organizações filiadas informadas sobre disputas envolvendo indígenas nos países membros, a Coica tem promovido encontros entre seus integrantes.

Nas reuniões, discutem-se, entre outros temas, formas de pressionar os governos a demarcar territórios, como recorrer a organismos internacionais para fazer valer os direitos indígenas e o impacto de grandes obras nas comunidades tradicionais.
"Nos preocupa a nova forma de desenvolvimento conhecida como economia verde. Entendemos isso como um esforço para a exploração dos recursos naturais nos territórios indígenas", diz à BBC Brasil Rodrigo de la Cruz, coordenador técnico da Coica.
Cruz cita algumas obras que considera dramáticas para indígenas na América Latina: no Brasil, a hidrelétrica de Belo Monte; na Bolívia, a construção de estrada que atravessaria o parque nacional Tipnis; no Equador, a exploração petrolífera na Reserva Faunística Yasuní; no México, a estrada Bolaños-Huejuquilla; e na América Central, o Projeto Mesoamérica (integração de redes elétrica e de transporte do México à Colômbia).
Todas as obras acima são ou foram objeto de protestos de indígenas. E, como parte delas afeta povos tradicionais em mais de um país, também entraram na pauta dos encontros entre índios de regiões fronteiriças.

Obras transnacionaisA reportagem da BBC Brasil esteve na divisa com o Peru, onde índios dos dois lados têm se reunido para tratar dos efeitos de uma série de obras destinadas a ampliar a integração binacional nos próximos anos.

A primeira delas – a rodovia Interoceânica, que liga o noroeste brasileiro a portos peruanos no Pacífico – saiu do papel em 2011 e trouxe, segundo os indígenas, vários problemas à região, como desmatamento e mineração ilegal.
Jaime Corisepa, presidente da Federação Nativa do Rio Madre de Dios e Afluentes (Fenamad), principal movimento indígena do Departamento (Estado) peruano de Madre de Dios, diz temer um agravamento das condições caso os próximos projetos de integração saiam do papel. Um deles é o acordo energético que prevê a construção de seis hidrelétricas no Peru para abastecer o mercado brasileiro.

Protestos de índios contra o acordo fizeram o governo peruano suspendê-lo e anunciar que ele só vigorará após as comunidades tradicionais serem consultadas, conforme determina a Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
Laços históricosA articulação entre povos indígenas dos países amazônicos também é facilitada por fatores históricos. Marcela Vecchione, consultora da Comissão Pró-Índio (CPI) do Acre, diz que as fronteiras na região foram definidas conforme critérios econômicos e não levaram em conta as comunidades presentes, que, em muitos casos, foram divididas pelos limites nacionais.
Ao longo de várias décadas, segundo ela, esses povos mantiveram relação intensa com os dos países vizinhos, cruzando as fronteiras livremente.
Com a demarcação de terras indígenas pelos governos nacionais nas últimas décadas, porém, esse fluxo migratório foi reduzido, embora muitos povos binacionais (ou até trinacionais, em alguns casos) mantenham alianças por meio de casamentos e relações de parentesco com índios de países vizinhos.
É o caso dos manchineri, que vivem na região da divisa Brasil-Peru. São comuns os casos de índios desse grupo que passam parte do ano em um país e o resto, no outro.
Geraldo Manchineri, que vive em uma aldeia indígena no Peru, sempre visita os parentes do lado brasileiro – a reportagem da BBC Brasil o encontrou numa praça em Brasileia (AC).
Segundo Ricardo Verdum, doutor em Antropologia pela Universidade de Brasília, os povos indígenas começaram a se articular em encontros internacionais nas décadas de 1960 e 1970, quando países africanos e asiáticos lutavam para se livrar do jugo europeu. A evolução do diálogo resultou na Convenção 169 da OIT, de 1989, e na Declaração da ONU sobre os Direitos dos Povos Indígenas, de 2007.
Ele diz, porém, que o grande desafio dos movimentos é fazer com que os países que subscreveram os documentos os respeitem.
Para isso, segundo Verdum, nos últimos anos, a articulação entre indígenas (especialmente na América Latina) tem se intensificado e ganhado contornos mais institucionais, com a criação de órgãos para fazer frente às políticas dos Estados nacionais.
"Hoje, eles estão bem mais atentos, buscando se organizar de forma politicamente autônoma", afirma à BBC Brasil.
Verdum diz esperar que, em alguns países, esse processo enseje a criação de Parlamentos dos Povos Indígenas, órgãos que seriam vinculados ao Poderes Legislativos nacionais e serviriam para a elaboração de políticas específicas para os índios.
Conferências virtuaisAlém de dialogar sobre desafios comuns em reuniões internacionais, indígenas latino-americanos têm usado a internet para alinhar posições sobre temas que não necessariamente envolvam grandes obras ou conflitos com governos.
Tashka Yawanawá, líder da Associação Sociocultural Yawanawá, que atua no Acre, mantém um blog (awavena.blog.uol.com.br) e usa a internet para fazer videoconferências com povos de países vizinhos.
Nos últimos dias, ele diz ter conversado pelo Skype com índios peruanos sobre como as comunidades tradicionais podem se beneficiar dos "serviços ambientais" que prestam (como o plantio de ervas medicinais ou a preservação ambiental em seus territórios). O tema foi debatido em encontro recente nas Filipinas.
Segundo Tashka, a humanidade hoje vive "numa aldeia global em que tudo está conectado".
"Hoje os povos indígenas não podem mais fugir do homem branco, da tecnologia. Temos que nos atualizar, nos preparar para encarar esse novo mundo."

Fonte: BBC Brasil

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Chávez anuncia volta à Venezuela e critica boatos sobre sua saúde

Presidente disse que precisará passar por novas sessões de radioterapia para combater câncer
Por EFE/Caracas

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, se pronunciou no canal estatal nesta segunda-feira (23/04) pela primeira vez desde que viajou para Cuba, há nove dias, disse que estará em Caracas na próxima quinta-feira e depois seguirá com mais sessões de radioterapia.

"Com a ajuda de Deus, estarei em Caracas em 26 de abril", informou o presidente em uma ligação telefônica com um grupo de jornalistas transmitida pela VTV. Chávez falou ao país e detalhou que estará na Venezuela até 28 de abril, quando segue para outra sessão de radioterapia. No entanto, o chefe de Estado não esclareceu se viajará novamente a Havana para continuar com seu tratamento.

Em resposta a alguns boatos que circularam no último domingo pelas redes sociais sobre uma suposta piora de sua saúde, Chávez acusou a oposição venezuelana pelos rumores e disse: "a palavras tolas, ouvidos surdos".
"Infelizmente parece que teremos que nos acostumar, sobretudo nos próximos meses, a viver com boatos, porque isso faz parte dos laboratórios de guerra psicológica e de guerra suja que estão ativados dia e noite em diversas partes deste continente e de Caracas", falou.
O presidente aproveitou para ressaltar que se encontra em um ponto "bastante avançado" do tratamento de radioterapia. "São tratamentos agressivos. É uma transição e devo atender ao rigoroso tratamento médico com muito repouso", acrescentou.
O chefe de Estado disse ainda que está trabalhando em meio do tratamento e explicou que está se dedicando a nova Lei do Trabalho que pretende aprovar nos próximos dias.
Chávez também falou sobre as críticas que vem recebendo por mandar mensagens aos venezuelanos pelo Twitter. No último domingo, o candidato presidencial da oposição, Henrique Capriles, disse que "governar por Twitter é uma zombaria ao povo".

Em 26 de fevereiro, Chávez foi operado de um tumor maligno, recorrente do câncer pelo qual foi operado há dez meses em Havana na zona pélvica.

Fonte: Opera Mundi

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Candidata da extrema direita diz que não apoiará Sarkozy na disputa do segundo turno presidencial

Agora, Marine le Pen quer ampliar base oposicionista no parlamento francês
Por Fillipe Mauro
Após surpreender como o terceiro nome mais votado da França, a candidata da extrema direita, Marine Le Pen, negou que mobilizará seu eleitorado durante a disputa do segundo turno em favor do atual presidente Nicolas Sarkozy.

Em entrevista ao jornal France 2, ela revela que pretende canalizar suas forças para um “terceiro turno” – as eleições legislativas do próximo mês de junho quando sua sigla, a Frente Nacional, espera ampliar sua bancada de parlamentares e erigir um forte bloco oposicionista.

“Eu já não acredito mais na sinceridade de Nicolas Sarkozy. Ele tem se beneficiado dos direitos de voto dos imigrantes e dá cartões de identificação para que possam votar", disse na ocasião. Ela fala agora em tentar provar que “os deputados possuem força”.

Analistas políticos acreditavam que, em um segundo turno entre o socialista François Hollande e Nicolas Sarkozy, a candidata de extrema-direita apoiaria o atual presidente por conta de uma relativa proximidade ideológica.

Contudo, com as declarações desta segunda-feira (23/04), não se sabe ao certo de que forma se distribuirão os 18% que Le Pen amealhou durante o primeiro turno. Esses votos podem migrar naturalmente para o centro-direita, o que ampliaria as chances de vitória de Sarkozy, ou podem simplesmente desaparecer da contagem final, elevando o percentual de abstenções.

Fonte: Opera Mundi

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Mais de 35 mil vão às ruas fundar novo movimento de esquerda na Colômbia

Grupo quer ser “voz” de indígenas e camponeses e defende reforma agrária e fim do conflito armado
Por Leandra Felipe

Efe

Colombianos enfrentaram chuva para participar da fundação da Marcha Patriótica

Mais de 1.700 organizações representativas da sociedade civil da Colômbia se foram às ruas nesta segunda-feira (23/04) para oficializar a criação da Marcha Patriótica, um novo movimento de esquerda que tem como principais reivindicações a reforma agrária e o fim do conflito armado.
Cerca de 35 mil pessoas, em sua maioria famílias de camponeses, indígenas e estudantes vieram à Bogotá para participar da Marcha. O grupo conta com apoio de ONGs como Colombianos Soy Yo, dirigido pela ex-senadora Piedad Córdoba e de entidades estrangeiras, como o PCB (Partido Comunista Brasileiro).

David Flores, um dos dirigentes do movimento, afirmou que a Marcha é uma alternativa apresentada pela sociedade colombiana ao modelo neoliberal. “Não somos um partido, mas queremos construir uma plataforma, um modelo alternativo político e social”, ressaltou Flores.

Além de colombianos, participam da Marcha cem representantes de movimentos sociais de outros países, como Brasil, Argentina, Bélgica, Canadá, Chile, Cuba, Dinamarca, Grécia, Estados Unidos e Espanha.

No Brasil, o movimento recebeu apoio do Partido Comunista Brasileiro e da historiadora Anita Leocadio Prestes, filha do líder comunista Luís Carlos Prestes. Em artigo publicado no site do PCB, Anita saudou os colombianos pela realização da marcha. “O surgimento de um novo movimento social e político como a Marcha Patriótica é revelador da disposição de luta por uma solução política do conflito interno nesse país por parte de setores importantes da sociedade colombiana, que clamam por justiça e democracia”, escreveu Anita.

Clamor popular

Os dirigentes da Marcha garantem que não se trata de um grupo de “rebeldes”. “Nós não somos insurgentes. Levantamos a bandeira da nacionalização dos recursos, distribuição das riquezas e da reforma agrária, mas acreditamos na luta democrática”, explicou Joaquín Romero, representante da Federação Sindical Mundial.

A ideia de articular o movimento surgiu há dois anos, em julho de 2010, durante as comemorações do Bicentenário da Independência. O Polo Democrático, que representa formalmente os partidos da esquerda colombiana, não participa ativamente do movimento. “Alguns políticos nos apoiam isoladamente, mas não temos respaldo formal deles. Nós queremos independência”, comentou Romero.

O movimento busca se tornar uma “voz” para grande parte da sociedade colombiana. A maioria é composta por camponeses e indígenas, mas pessoas que têm outras demandas também participam em busca de apoio. É o caso da professora Cristina Hernandez, que perdeu a casa em uma enchente no ano passado na cidade de Santa Luzia, na Costa Pacífica. Ela conta que a cidade ficou completamente inundada e que a família dela ficou sem trabalho. “Vivemos da terra e agora não temos o que fazer. O governo nos ajudou por dois meses, mas, desde agosto, não recebemos mais dinheiro e não temos nem onde viver” relatou.

Tensão

Desde a manhã de hoje, em Bogotá, a Polícia, o Batalhão de Choque e o Exército já estavam posicionados à espera dos manifestantes. O prefeito da capital colombiana, Gustavo Petro (ex-integrante do movimento M-19) disse pela manhã que o policiamento seria reforçado para garantir a paz e a tranquilidade na cidade.
Mesmo assim, antes do início da Marcha, Opera Mundi acompanhou a chegada dos policiais. Fortemente armados, os oficiais cercaram o Palácio da Justiça, a Prefeitura e o Palácio do Governo. Muitos levavam grande quantidade de gás lacrimogênio.

Efe

O estudante de comunicação Andrés Azevedo veio do Departamento de Pereira para participar da Marcha. “Tem muita polícia aqui. Creio que isso é para nos intimidar”, disse.

A ex-senadora Piedad Córdoba também acusou que, durante as reuniões preparatórias do final de semana, haviam infiltrados da inteligência do governo. Segundo ela, alguns setores do Exército e políticos colombianos estariam “instigando” a sociedade contra a criação do movimento. “Eles estavam tirando fotos e nos investigando. Mas somos um movimento pacífico”, reforçou, durante entrevista coletiva.

FARC

Uma das razões para a hostilidade contra a Marcha é o suposto apoio das FARC (Forças Revolucionárias da Colômbia) ao movimento. Mas para o cientista político Mauricio Romero, da Universidade Pontificia Javeriana, não se pode afirmar que a Marcha tenha sido financiada pela guerrilha.

“A reforma agrária e a luta contra o neoliberalismo é uma agenda comum entre os movimentos sociais e as FARC, mas não quer dizer que eles estejam juntos nesta ação. O que fica claro é que a sociedade colombiana, especialmente a rural, quer mudanças”, defendeu Romero.

O analista avalia que o surgimento do movimento pode ser um indício de que se caminha para uma negociação pacifica com as FARC. Para ele, milhares de famílias afetadas pelo conflito armado estão cansadas da situação no campo. “Quem está nesta Marcha quer paz, e também quer terra e trabalho. Quanto à reforma agrária, é o mesmo discurso das Farc. Só que quem veio às ruas de Bogotá não lutou com armas”, opinou o professor.

Fonte: Opera Mundi

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Julgamento de Serra está na frente do chamado 'mensalão.

Seria compreensível se a velha imprensa cobrasse celeridade do Judiciário como um todo. Mas causa estranheza quando, em ano eleitoral, essa velha imprensa só bate o bumbo sobre o processo do chamado "mensalão". Por que então não cobrar o julgamento também do processo que José Serra responde por atos praticados ainda no governo FHC e que se arrasta desde 2003?


Em termos de réus ilustres supera o chamado "mensalão", e em termos de valores também.

Não é um processo qualquer. Trata-se do rombo no Banco Econômico, socorrido com R$ 3 bilhões no âmbito do PROER, quando Serra era ministro do planejamento. São réus também praticamente toda a equipe econômica do governo FHC, incluindo o ex-ministro Pedro Malan, ex-ministro e banqueiro Ângelo Calmon de Sá e os ex-presidentes do Banco Central Gustavo Loyola e Gustavo Franco.

A juíza Daniele Maranhão Costa, da 5ª Vara da Seção Judiciária do Distrito Federal, acatou a denúncia apontando dano ao erário, enriquecimento ilícito e violação aos princípios administrativos no caso.

Note-se que Serra é o candidato mais célebre destas eleições de 2012, e a celeridade no julgamento seria uma oportunidade para o tucano sair inocentado, ou para o eleitor saber se estará votando em alguém condenado em primeira instância.

Leia a íntegra do processo no TRF1-DF, e os detalhes da ação
aqui

Fonte: Rede Brasil Atual


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