Por Genaldo de Melo
“Agora as mulheres estão ficando mais bonitas, passando maquiagem.
Elas vão a campo de uma maneira mais elegante.” O autor da colocação é
Marco Aurélio Cunha, coordenador de futebol feminino da CBF, que, em
entrevista ao jornal canadense The Globe and Mail, falava sobre o crescimento da modalidade. As informações são do portal UOL. “Futebol feminino costumava copiar o futebol masculino. Até nos
modelos de camisa, que era masculino. Nós vestíamos as meninas como
garotos. Então faltava o espírito de elegância, de feminilidade. Agora
os shorts são mais curtos, os cabelos são bem feitos. Não são mulheres
vestidas como homens”, afirmou o dirigente. A fala de Cunha causou protestos nas redes sociais – internautas o
acusaram de machismo. Ele, entretanto, parece não se dar conta da
postura sexista contida em seu comentário. “Se quiser entender como
machismo, é machismo. Estamos falando de esporte. Esporte não tem que se
misturar com isso. Elas são mulheres e sendo mulheres. Não é gênero,
não é nada. São mulheres. Ou pode entender como uma forma diferente
delas se apresentarem. O uniforme antigamente era horroroso, esta nova
camisa azul está sendo cobiçada por todo mundo. O que eu falei foi
isso”, defendeu-se. A seleção feminina de futebol disputa a Copa do Mundo de 2015, que
ocorre no Canadá. No último sábado (15), o Brasil derrotou a Espanha por
1 a 0 e garantiu, com uma rodada de antecedência, a classificação para
as oitavas de final do Mundial.
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