Por Genaldo de Melo

A presidenta Dilma Rousseff , na tarde desta segunda-feira (29),
rebateu as acusações do empreiteiro Ricardo Pessoa, dono da UTC, que foi
preso na sétima etapa da Operação Lava-Jato. Em delação premiada na
última sexta-feira (26) – prática que prevê que o acusado “colabore” com
as investigações em troca de um abrandamento da pena -, Pessoa disse
que doou R$ 7,5 milhões – legais – à campanha de Dilma por temer
prejuízos em seus negócios com a Petrobras e outros R$ 15,7 milhões –
ilegais – a ex-tesoureiros do PT e da campanha da presidenta eleita. “Não tenho esse tipo de prática. Não aceito e jamais aceitarei que
insinuem sobre mim ou sobre minha campanha qualquer irregularidade.
Primeiro, porque não houve. Segundo, porque, se insinuam, alguns têm
interesses políticos”, afirmou Dilma em coletiva de imprensa realizada
em Nova York, Estados Unidos. De acordo com Dilma, na mesma época em que recebeu as doações de
campanha, Aécio Neves – seu principal concorrente – também teria
recebido e com uma diferença mínima nos valores. A presidenta disse ainda que aprendeu a ‘não gostar’ de delatores
quando conheceu, na escola, a história de Joaquim Silvério dos Reis, o
delator da Inconfidência Mineira. “Eu não respeito delator, até porque estive presa na ditadura militar
e sei o que é. Tentaram me transformar numa delatora. A ditadura fazia
isso com as pessoas presas, e garanto para vocês que resisti bravamente.
Até, em alguns momentos, fui mal interpretada quando disse que, em
tortura, a gente tem que resistir porque senão você entrega seus
presos”, falou. Dilma, no entanto, reforçou que apoia as investigações em relação à
delação de Pessoa e que tomará providências se for citada pelo
executivo, mas que “não respeita nenhuma fala” dele. (Com informações de Fórum)
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