Por Genaldo de Melo
Levantamento
ouviu 2.285 mulheres com idades entre 14 e 24 anos com a intenção de mostrar o
que é ser menina no Brasil, diante do machismo e da violência; do total, 10%
delas disseram já ter sido assediadas por familiares, 55% por desconhecidos e
47% foram forçadas a ter relações sexuais com o parceiro. Uma pesquisa
realizada pela ONG ÉNois Inteligência Jovem, em parceria com o Instituto
Vladimir Herzog e o Instituto Patrícia Galvão, mostrou que 94% das
entrevistadas já foram assediadas verbalmente e 77%, sexualmente. O
levantamento ouviu 2.285 mulheres entre 14 e 24 anos, com renda familiar de até
R$ 6 mil, moradoras de 370 cidades brasileiras. O objetivo do estudo foi tentar
entender como é ser menina no Brasil, sob a influência do machismo e da
violência, tão corriqueiros no país. Uma das conclusões dos pesquisadores é que
ainda há, por exemplo, conceitos diferentes do que é “certo” ou “errado” para
os diferentes gêneros, principalmente em um contexto afetivo e sexual. De
acordo com o levantamento, 10% delas já foram assediadas sexualmente por
familiares, 55% disseram ter sido assediadas sexualmente por desconhecidos e
47% foram forçadas a ter relações sexuais com o parceiro. Muitas afirmaram ter
um sentimento de opressão e insegurança nos espaços públicos, medo de saírem
sozinhas à noite ou de usar determinadas roupas que possam chamar a atenção.
Cerca de 90% delas já deixaram de fazer algo por receio da violência,
“especificamente por serem mulheres”.
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