POr Genaldo de Melo

Dezenas de movimentos sociais fizeram hoje (31), na Praça da Sé, no
centro da capital paulista, ato organizado pela Central de Movimentos
Populares (CMP) contra o avanço do conservadorismo político e em defesa
dos direitos dos trabalhadores e dos direitos humanos. A atividade
também manifestou-se contra a terceirização, a redução da maioridade
penal, pela manutenção dos programas sociais e contra o financiamento
empresarial de campanhas eleitorais. Segundo os organizadores, a
manifestação – que ocupou grande parte da praça em frente à catedral –
reuniu cerca de cinco mil pessoas. A polícia não fez uma estimativa dos
presentes. "Protestamos contra o avanço do conservadorismo [político], que se
expressa na tentativa de criminalizar a esquerda, as organizações da
classe trabalhadora e os movimentos sociais, na eliminação de direitos
dos trabalhadores e previdenciários, na proposta de retorno à
escravidão com a terceirização ilimitada, no genocídio contra a
juventude negra, pobre e periférica e na violação aos direitos
humanos", diz o texto do manifesto dos movimentos populares, lançado no
ato. Os movimentos sociais criticaram ainda o presidente da Câmara dos
Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que lidera e articula, de acordo
com o manifesto, o conservadorismo no Congresso Nacional. “Esse moço e
sua turma querem aprovar a contrarreforma para se perpetuarem no poder,
mas é chegada a hora de nos livrarmos das amarras do poder econômico
sobre as políticas públicas e interesses coletivos. Defendemos uma
reforma política, não apenas eleitoral, que impeça que os grupos
econômicos escolham e financiem seus escolhidos como representantes do
povo”, destaca o documento. O coordenador da Frente de Luta por Moradia, Manoel del Rio,
defendeu o direito a moradia, e ressaltou que grande parte das
propriedades, rurais e urbanas, não cumprem sua função social. “O
direito a moradia está na legislação, mas ele não chega para nós porque
[há] um grupo, uma casta social, que se apropria dos nossos direitos”,
disse.Os movimentos sociais protestaram também contra a proposta de
redução de maioridade penal, de terceirização, de ajuste fiscal e de
financiamento empresarial de campanha. Entre as entidades
participantes, estavam, além da CMP, o Movimento de Atingidos por
Barragens (MAB), Movimento Sem Terra de Luta e Frente de Luta por
Moradia. (Com informações de RBA)
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