Por Genaldo de Melo

A CPI do Futebol, criada
para investigar irregularidades na Confederação Brasileira de Futebol (CBF),
ganhou mais um aliado. De acordo com o senador Romário (PSB-RJ), o
procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, disse que vai cooperar com a CPI.
O procurador, número 1 do Ministério Público Federal, ganhou as páginas dos
jornais recentemente com a atuação na Operação Lava Jato, que investiga um esquema
de corrupção na Petrobras. “Janot está alinhado em pensamento com o que propõe
a CPI do Futebol, que é a hora de fazer uma limpeza, de moralizar o esporte.
Por isso, ele colocou o órgão à inteira disposição da comissão de inquérito.” O
procurador se reuniu nesta segunda-feira (1º) com o senador. De acordo com
Romário, na conversa, Janot foi informado de fatos que não tinha conhecimento.
No próximo dia 15, os integrantes da comissão se reunião com Ministério
Público, a Polícia Federal, a Procuradoria Geral da República e o Ministério da
Justiça para troca de informações. O colegiado tem como principal alvo o
ex-presidente da CBF José Maria Marin, preso junto com outros seis dirigentes
da Fifa, na última quarta-feira (27). Eles são suspeitos de participar de um
esquema de corrupção para escolha das sedes das próximas Copas, com pagamentos
de propinas estimados em US$ 100 milhões (R$ 318 milhões). Também há
indicativos de corrupção envolvendo diretamente o Brasil. De acordo com a
Justiça americana, responsável pelas prisões, parte das propinas pagas aos
dirigentes estavam relacionadas com a organização da Copa do Brasil, Taça
Libertadores da América e mesmo da Copa América. O ex-presidente da CBF também
é investigado por “conspiração”. Além dele, há outro brasileiro envolvido no
esquema, o fundador da Traffic Group, José Hawilla. Ele é responsável pelos
direitos de transmissão de eventos da Fifa. Hawilla já admitiu culpa e
concordou em devolver US$ 151 milhões. (Com informações de informações de plantão Brasil)
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