Por Genaldo de Melo
Realmente essa semana a
oposição ao atual Governo Federal deu uma demonstração clara de que está sem
rumo e sem projeto para se colocar como substituta ao atual modelo coordenado
pela presidente Dilma Rousseff (PT). Os tucanos cada vez mais demonstram que
não tem unidade entre eles, pois enquanto sob a coordenação de Aécio Neves e
Carlos Sampaio seus deputados votaram pela derrubada do fator previdenciário, o
outro líder, FHC, escreveu um artigo nesse domingo dizendo que seus liderados
estão cada vez mais caminhando para medidas populistas e perigosas, já que ele
de forma arrogante fala que eles serão depois governo no país.
Não vejo na atual conjuntura
possibilidade mais de crescimento de movimentos mais sérios e contundentes
contra a presidente Dilma Rousseff, a ponto de como fizeram em tempos recentes
construindo comoções públicas, para não dizer populistas, para solapar um golpe
com um impeachment contra a democracia estabelecida e reconhecida nas urnas por
cinqüenta milhões de brasileiros. De modo que vejo dificuldades sérias para
eles construírem seu castelo e seu sonho de chegar na Presidência da República
logo em 2018.
O que vejo é que enquanto
eles não se combinam e ainda acreditam e pregam o discurso de que quanto pior
para o país melhor para eles, cresce e emerge nos bastidores duas
possibilidades de forças que podem se colocar como futuras possibilidades
sérias para as próximas eleições. A primeira delas pode ser coordenada pelo
evangélico, conservador e autoritário presidente da Câmara dos Deputados,
Eduardo Cunha (PMDB). A outra corrente pode surgir de fato com a possibilidade
da volta de Luís Inácio Lula da Silva, independentemente da situação de seu
partido, até porque ele consegue ser mais forte que o PT, que a Rede Globo e
que Revista Veja. E isso tem preocupado eles a ponto de aos poucos e
silenciosamente abandonarem os discursos contra Dilma e direcionarem as baterias
para Lula.
Também é mais fácil se caso
a crise política enfrentada pelo Partido dos Trabalhadores crescer a ponto de
desconstruir tudo o que foi construído por Lula, surgir perigosamente um
aventureiro que pode causar problemas na sociedade brasileira do que os tucanos
da forma que estão chegarem ao poder. O próprio candidato deles que perdeu as
eleições presidenciais tem dado nos últimos tempos demonstrações de pura irresponsabilidade,
com apoio daquela pequena parcela da população que não gosta de pobre com
carro, de pobre viajar de avião e de pobre ter filho nas universidades, e com
apoio irresponsável da mídia familiar, coordenada principalmente pela máquina
da imbecilidade do Jardim botânico do Rio de Janeiro e da revista de esgoto da
marginal Pinheiro paulista.
Da forma que Aécio Neves tem
se colocado ele pode perder literalmente seus apoios internos para ser
candidato em 2018, dando espaço para o surgimento de força de Geraldo Alckimin e
José Serra, que têm deixado claro que tem interesses em serem os comandantes do
processo, exemplo disso são as opiniões de eminentes lideranças tucanas na
mídia, como foi o caso dessa semana de Alberto Goldman em público. A não ser que
isso tudo seja um jogo planejado para a volta também de Fernando Henrique
Cardoso, que por falta do que fazer fica escrevendo muita coisa sem sentido,
além de ter se tornado assessor de comunicações e o conselheiro-mor dos
briguentos tucanos.
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