Por Genaldo de Melo

Mais um escândalo apareceu na mídia de
Eduardo Cunha de arrepiar nossa alma. Segundo reportagem de Murillo Camorotto em Valor,
o “Senhor dos Anéis” era agente direto de negócios do ex-banqueiro, e agora
presidiário, André Esteves. Em 2014 com ajuda de seu aliado, o deputado federal
Manoel Junior (PMDB-PB) manobrou uma “emenda-jabuti"(como são conhecidas as
emendas completamente estranhas ao objeto da MP) na Emenda Provisória 656 (que
tratava de redução de tributação sobre importações), para permitir a
participação de empresas e grupos estrangeiros no setor de assistência à saúde.
Manoel Junior é o bom moço que coordena a defesa de Cunha no Conselho de Ética
da Câmara dos Deputados!
Na época o presidente da Câmara dos Deputados,
Henrique Eduardo Alves, não aceitou a emenda, pois considerou a mesma como desvio
legislativo, pois a mesma tratava de assunto que não tinha nada a ver com MP
656. Mas Cunha maquiavelicamente recorreu e a emenda foi aprovada. Com ajuda de
Manoel Junior aonde tinha a palavra “vedada” foi colocada a palavra “permitida”, no que se tornou lei.
Com isso, André Esteves começou a negociar
sua parcela da rede D’Or de hospitais (que adquiriu por apenas R$ 600 milhões)
com grupos estrangeiros, o que era somente permitido com operadoras de planos
de saúde nacionais. Com essas negociações o grupo americano Carlyle comprou
8,3% do negócio, e a rede CIG de Cingapura levou 16%. Segundo a mesma
reportagem, ontem, mesmo Esteves preso, foi fechado negócio de R$ 2,38 bilhões.
No total Esteves e seu Pactual lucrou de R$ 5 a R$ 7 bilhões de negócio adquirido
por apenas R$ 600 milhões.
Sem falar das coisas maiores que são herméticas (como por exemplo a denúncia dos R$ 45 milhões que "deve" ter recebido de presente),
os dois nobres deputados receberam R$ 700 mil de doações de campanha de Esteves.
Pelo visto não foi negócio de Jesus, foi pacto com Tifhon Bafhomet. O “Senhor
dos Anéis” não brinca em serviço mesmo!
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