Por Genaldo de Melo

A situação brasileira com todo esse barulho é
peculiar na história da Republica. Por mais que se discuta, se defenda ou se
contraponha a possibilidade de impeachment da presidente Dilma Rousseff, em
todos os prognósticos a questão está fora da normalidade, pois não existem
elementos jurídicos para tanto, e um processo de impeachment não cabe na ordem
da luta política, está no campo jurídico.
Parece que o que estão tentando impulsionar
no país são elementos perigosos: primeiro colocar o Brasil na bancarrota,
porque se o país não volta para a normalidade constitucional, economicamente
passaremos ali na frente à inviabilidade, por que quem vai querer investir num
país que está num caos sem segurança jurídica? E segundo parecem que querem a
qualquer custo forçar Dilma Rousseff a renunciar, o que pelos prognósticos ela
não vai fazer isso, e nem as forças políticas que a apoiam vão aceitar de bom
grado uma situação dessa natureza.
Nem mesmo Marcello Lavenère, ex-presidente da
OAB, que assinou junto com Barbosa Lima
Sobrinho, o pedido de impeachment do ex-presidente Fernando Collor, ver motivos
jurídicos para impeachment da Presidente. Para ele em entrevista na Folha “há posição pré-estabelecida contra a
Dilma antes de qualquer julgamento. Em janeiro, quando ela tinha 15 dias de
governo, o PSDB pediu um parecer ao jurista Ives Gandra Martins. Não era
possível que com 15 dias de governo já houvesse a presidente da República
cometido tamanhos desvarios que já justificassem o impedimento. O impeachment
não é para luta política. O que ela fez? Roubou? Recebeu propina? Recebeu
vantagem ilícita? Perdeu o decoro do cargo? Cometeu algum dos ilícitos que
estão contidos na Constituição e na Lei do Impeachment? Não. Vamos arrumar uma
desculpa aqui: pedalada fiscal”.
Parece que não estão muito preocupados com a situação do Brasil e dos brasileiros, pois querem o
poder a qualquer custo passando por cima das regras democráticas e do Estado de
Direito. Vai ser realmente difícil essa turma compreender que existe uma
matemática política por trás do jogo mesmo que politizem o processo passando
por cima lei. Quem não tem resistência à raciocínio espera prá ver o que
falamos!
Comentários
Postar um comentário