Por Genaldo de Melo
O único espaço aonde se esquece dos traidores
é sempre na política, porque o traído lá frente acaba por vias de suas
circunstâncias políticas precisar ceder ao perdão de seu algoz. Pode ser que
Dilma ainda possa perdoar Michel Temer ainda em seu governo, porque além de ele
ser o vice-presidente, é o presidente do PMDB, bem como coordena politicamente
através de sua capacidade de articulação parcela dos deputados de seu partido.
Porém na idade dela naturalmente que não deve
mais acreditar em “Papai Noel”, e nem mesmo que uma cobra vai está sempre
pronta prá morder, apesar de muita gente acreditar que esta só faz isso em caso
de se sentir agredida. Provavelmente depois de dizer sempre em alto e bom som
que lhe tinha total confiança, não vai mais deixar as portas de sua casa aberta
nas longas noites de frio de seu mandato que ainda terá.
Porque ele foi muita “cara de pau” ao escrever
uma carta em que diz se sentir magoado por ser um mero figurante no Governo
esses anos todos, mas que causa estranheza sentir-se dessa forma durante os
quatro primeiros anos, e depois com tudo isso de sofrimento e dores mais,
aceitar de sorriso aberto ser de novo candidato a vice-presidente na chapa
vencedora de Dilma Rousseff.
Ele é muito “cara de pau” mesmo! Pois
já estaria preparando os nomes que podem ocupar sua equipe caso venha a assumir
o governo se o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) ocorrer de fato. De
acordo com a coluna da jornalista Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo, o
ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, é quem ficaria no comando
do Ministério da Fazenda caso Temer assumisse a presidência. Já o ex-ministro
da Justiça, Nelson Jobim (PMDB), voltaria a assumir a pasta e, ao senador José
Serra (PSDB) seria destinado um ministério relevante.
Pois é...! Perdão tem limites, apesar de na
política ele ser uma das maiores prerrogativas para existência em longo prazo. Mas
mesmo no mundo da política depois da primeira traição o perdão vem sempre acompanhado
com quatro punhais nas costas.
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