Por Genaldo de Melo

Por mais que uma turma diga que em qualquer texto
que a gente escreva, sobre o papel da mídia do Jornalismo da Obediência e sua
parcialidade, tenha conotação política, mesmo que não estejamos defendendo
teses partidárias, cada vez mais fica comprovado em “olhos nus” que essa mídia
mesmo não tendo partido político escancarado e assumido, tem lado sim.
Quando virou proselitismo sensacionalista a
AP 470 começou uma verdadeira carnificina de reputações no Brasil, porém apenas
dos amigos de Lula, que apresentou na prática um projeto de sociedade que tanto
as classes sociais superiores economicamente ganharam dinheiro, como houve
distribuição de renda com o intuito de diminuir as disparidades nas relações
econômicas no Brasil.
O mais demonizado foi exatamente o mentor
político da esquerda brasileira na época, José Dirceu. O derramamento de “sangue
político” dele foi de uma magnitude tamanha, sua reputação foi colocada em
situação pior de que assassinos profissionais e ladrões de rua, que hoje até mesmo
crianças o tratam como se fosse o demônio em “carne e osso” enclausurado na
República de Moro.
Não precisa ser inteligente ou filiado à
partido político de esquerda para enxergar certos disparates jornalísticos,
basta ter firmeza de caráter e um pouco de raciocínio. Pois nesta quarta-feira
(16), Eduardo Azeredo – ex-governador de Minas Gerais, ex-senador e
ex-presidente nacional do PSDB – foi condenado a 20 anos e 10 meses de cadeia,
em regime fechado, pelos crimes de peculato e lavagem de dinheiro, e os
jornalões e mídia televisiva colocaram apenas pequenas “notinhas”.
A sentença em primeira instância foi
proferida pela juíza da 9ª Vara Criminal de Belo Horizonte, Melissa Pinheiro
Costa Lage, e se refere ao escândalo do “mensalão tucano” – que a mídia privada
insiste em chamar carinhosamente de “mensalão mineiro”. Com diz Altamiro parece
que “todo tucano é santo e basta se filiar ao PSDB para não ser investigado,
condenado e, muito menos, ser preso”.
Diante de tal fato como acreditar que parcela
da mídia brasileira é imparcial? “Mensalão petista” existe, mas “mensalão
tucano” não, pois tem outro nome bonito “mensalão mineiro”. Delúbio, Dirceu,
Vaccario, Genoíno, inclusive Lula que não foi preso, são bandidos públicos a
serem extirpados da sociedade, mas Azeredo com um currículo de invejar a qualquer
político com ambição, pega 20 anos de cadeia, e nada!
O homem foi acusado de nada mais nada menos por sete crimes de peculato, o desvio de bens praticado
contra a administração pública, e seis de lavagem de dinheiro cometidos durante
a campanha eleitoral pela sua reeleição ao governo mineiro, em 1998. E apenas “notinhas”,
nada de barulho e nem sensacionalismos. Me poupe, Pavarotti!
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