Por Genaldo de Melo
Desde o fim da
ditadura militar que o nosso Congresso Nacional dá amplas demonstrações de
falta de seriedade, de corporativismo nojento, e da mais fina canalhice. Basta
que os interesses de certos indivíduos que se colocam como grandes lideranças
políticas no país, ou de grupos organizados de interesses econômicos estarem em
jogo, que as faces dos cordeiros derrubam as máscaras, e que se dane o povo.
Por diversas vezes
escândalos explodiram nas duas casas legislativas que decidem sobre leis e
processos de fiscalização do Poder Executivo. Por diversas vezes vimos
situações extremas de corrupção e malfeitos de certos parlamentares e grupos,
porém como sempre por diversas vezes vimos não somente o corporativismo dos
pares parlamentares fazerem a sociedade de forma rápida colocar os mesmos no
livro do riso e do esquecimento da história, como teve ajuda de certos setores
da imprensa que insiste em querer mostrar a verdades dos fatos apenas de forma parcial
e sensacionalista.
Parece que entre os
parlamentares brasileiros, com raras exceções, existe a necessidade extrema do
discurso do politicamente correto, mas da prática mais pusilânime, fria e cruel
com a coisa pública. Nasce um escândalo, cai no esquecimento e surge outro
escândalo para de novo cair no baú escuro da história. Parece de fato uma
doença social que não estamos conseguindo nunca resolver. A política é sempre
tratada como coisa do demônio que somente participa dela quem não presta de fato,
pois são exatamente nesses parlamentares pusilânimes que o povo vota, e esquece
em quem votou.
Depois de tantos
escândalos históricos que presenciamos no Brasil, com o discurso de que o
Congresso estava sempre a ficar desmoralizado, coisa que nunca ficou de fato,
porque aquelas duas casas legislativas são o espelho da sociedade, chegamos de
fato ao ápice de tudo o que existe de mais canalha na política brasileira. Um
personagem que mais parece a figura de um vilão de novela das oito da Rede Globo
de Televisão, com o nome mais sujo do que “pau de galinheiro”, tornou-se o
nobre presidente da Câmara dos Deputados, e simplesmente ninguém parece com a
força suficiente para tirá-lo de lá.
Se existem
parlamentares corruptos é porque uma parcela da sociedade brasileira confiou-lhe
o voto. Se existem homens sérios na Câmara da mesma forma. Agora se aquele
Conselho de Ética não tomar uma postura a altura dos 81% dos brasileiros que
não querem mais ver o “Senhor dos Anéis”, Eduardo Cunha, decidindo os rumos
parlamentares na base de seu nome sujo, e na força da sua capacidade para
chantagear o país (porque a chantagem não se qualifica apenas com o Governo,
porque o Governo é de menos, acaba um e vem outro, porém o Estado Brasileiro e
os brasileiros continuarão) a vergonha já terá nome e voz na sociedade
brasileira. Porque os dedos se vão no chão frio de um túmulo, mas o puro metal dos
anéis duram por mais tempo.
Se depois do Conselho de Ética decidir pelo correto não resta dúvida que os parlamentares mais sérios daquela Casa devem desinfetar a mesma e colocar Eduardo Cunha no lugar que lhe deve, fora da Câmara dos Deputados. porque o que ele vem fazendo historicamente não parece mesmo
coisa de aliados de Cristo, parece coisa de amigos de Tifon Baphomet!
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