Por Genaldo de Melo
Não é preciso
compreender muito de política para logo perceber que existe de fato algo de
errado nessa doentia insistência de setores da política brasileira, que
representam minorias conservadoras e econômicas, em querer tirar Dilma Rousseff
do poder a qualquer custo. A insistência é tanta que parcela da população já
começa o observar tal fato e começa a não mais se convencer com o discurso
repetitivo sobre o tema em todos os telejornais e espaços de formação de
opinião “marrom”.
Aliaram-se políticos
e grupos políticos da direita brasileira, que representam teses de que o Estado
brasileiro tem que existir em função da minoria econômica dona dos meios de
produção, a mídia mais implacável, comercial, parcial e sensacionalista que
resolveu apoiar um lado dos grupos em batalha política no Brasil e setores do
Judiciário que não deveriam por lei fazer discursos para combater 54 milhões de
votos colocados nas urnas no último outubro, como se não estivéssemos numa
democracia em que ganha eleitoral e politicamente quem tem mais votos.
Duas frentes foram
criadas a partir de grupos de interesses políticos para tentar inviabilizar o
Governo de Dilma Rousseff que segundo o que estabelece as regras jurídicas, ambas
caracterizam-se como inviáveis para consolidar a proposta de derrubá-la
politicamente de qualquer modo.
A primeira delas é o impeachment,
que virou proselitismo na língua de quem não tem juízo, tem limitações
intelectuais, ou até mesmo quer rasgar a Constituição Brasileira. Inviável
porque segundo as regras jurídicas impeachment somente pode existir para um
presidente mediante crimes praticados contra a existência da União, contra o
livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério
Público e dos Poderes constitucionais das Unidades da Federação, contra o
exercício dos direitos políticos, individuais e sociais, contra a segurança
interna do país, contra a probidade administrativa, contra a lei orçamentária,
e contra o cumprimento das leis e das decisões judiciais. Inviável exatamente
porque Dilma não incorreu em nenhum desses crimes.
Pedaladas fiscais não
existem, pois foi uma moda criada pela mídia do Jornalismo da Obediência que o
Congresso Nacional compreendendo democraticamente que não deveriam ser
reconhecidas, derrubou a idéia aprovando a nova meta fiscal. O discurso dos
decretos para suplementação financeira que serve como premissa para o tal do
impeachment acabou legislativa e politicamente semana passada. Não é lei que está acima da Constituição, é a
Constituição que está acima da lei no Brasil.
A segunda frente para
tirar Dilma Rousseff do cargo de Presidente vem do pedido
do PSDB ao TSE para investigar a campanha de reeleição da mesma, com vistas à
impugnação do mandato eletivo. Nesse sentido, o juiz federal Sérgio Moro, tem
procurado contribuir com informações obtidas na Operação Lava Jato que
procurarão reforçar duas das quatro ações que tramitam no TSE, sobre a campanha
de Dilma, que também atingirá o “Mordomo de Filme de Terror”, Michel Temer.
A Justiça Eleitoral
apura denúncia do PSDB sobre abuso de poder econômico, que afirma que o caixa
da campanha do PT foi contaminado pelo esquema de corrupção da Petrobrás. Não vai dá
em nada, pois o discurso é bonito contra Dilma Rousseff, mas caso aconteça um
inusitado, Aécio Neves provavelmente vai para o fogo cruzado também, porque enquanto
Dilma recebeu doações legais e comprovadas pelas empresas prestadoras de
serviços à Petrobrás no valor de cerca de R$ 27 milhões, o mineiro recebeu
também de forma legal e comprovada muito mais, ou seja, cerca de R$ 38 milhões.
Não é preciso ser
muito inteligente e compreender como funciona a política para saber que tudo
isso é simplesmente política. E principalmente de forma errada, porque
simplesmente a turma que representa as minorias conservadoras e econômicas
desse país perderam as eleições por quatro vezes e tem medo de ir para urnas e
perder de novo. Se for para raciocinar melhor, o que essa oposição tresloucada quer
mesmo, é que Dilma renuncie dos seus 54 votos de votos para que a turma
liderada por Lula saia de vez do poder. É difícil!
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