Por Altamiro Borges
A cada dia fica mais evidente que a revista Veja se
associou ao crime organizado. As ligações entre o editor da publicação,
Policarpo Jr., e o mafioso Carlinhos Cachoeira – e não apenas as telefônicas,
mais de 200 – podem até resultar na convocação dos “capos” do Grupo Abril para
depor na CPI. E há boatos de que novas revelações bombásticas devem pintar nos
próximos dias.
Mesmo assim, o restante da mídia evita expor a concorrente
de mercado e faz de tudo para blindar a Veja. Parece um pacto de mafiosos. Hoje
foi o dia de Merval Pereira, o “imortal” – ou será imoral –, sair em defesa da
famiglia Civita. Em artigo no jornal O Globo, ele jurou que a revista é
inocente, é uma santa. Cuidado! Cumplicidade com o crime organizado também dá
processo!
A falsa liberdade de expressão
Maroto, Merval Pereira tenta se apropriar a bandeira da
liberdade de expressão para defender o império em apuros. Ele confunde, de
propósito, liberdade de expressão com liberdade dos monopólios, inclusive dos
criminosos. Para ele, está em curso uma ofensiva na América Latina para cercear
a “imprensa”. Argentina, Venezuela e Equador seriam os casos mais graves.
Mas o Brasil, afirma o “imortal”, não está imune e a
famiglia Civita é o alvo da vez. Como cúmplice da vítima, ele garante: “Ainda
enfrentamos ameaça à liberdade de expressão, que se configura de diversas
maneiras. No momento, ela se revela na tentativa, frustrada de início, de levar
a grande imprensa representada pela revista “Veja” à investigação na CPI do
Cachoeira”. Pobre "grande imprensa"!
Segurança ou medo?
Merval jura que “os documentos surgidos até o momento nada
revelam de transgressor no comportamento de seus profissionais, e todas as
pseudoacusações se baseiam mais em ilações tiradas de versões do bicheiro e de
seus asseclas do que em fatos comprovados”. Apesar desta aparente segurança, o
colunista do jornal O Globo está com medo – lembra até da Regina
Duarte.
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