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Partido político é mais importante do que gente

Por Genaldo de Melo

Como são poucos os partidos políticos no Brasil que detêm o reconhecimento dos cidadãos brasileiros pela marca da competência e da seriedade, um debate eminente ocupa no momento os espaços de opinião pública. Partidos políticos contabilizam em suas contas mais recursos financeiros do que determinados programas de Políticas Públicas do Governo Federal. A polêmica é porque é muito dinheiro carimbado, que ninguém pode mexer além deles, e muita gente tem medo de comentar.

Enquanto observamos no Nordeste a situação de calamidade vivida pela população do Semi-árido por causa da situação de estiagem conhecida cientificamente de antemão, alguns partidos políticos têm mais recursos do que as prefeituras, que são responsáveis diretas pelos processos de enfrentamento da seca.

Os 29 partidos políticos registrados no TSE comprovaram gastos com suas prováveis ações no valor de R$ 310.533.832,70. As receitas dos mesmos foram muito maiores, chegaram à quantia de R$ 382.506.512,44. Desses recursos financeiros apenas R$ 307.317.740 foram repassados pelo Fundo Partidário. Bom, para quem não entende isso, porque não tem tempo, porque trabalha, o fato é um absurdo. Porque apenas um paliativo de um carro-pipa, que não resolve o problema, que é estrutural, e somente será resolvido com Políticas Públicas mais planejadas, custa no máximo R$ 200,00.

Todo mundo de bom senso sabe que se precisa urgentemente no Brasil de uma Reforma Política, porque existem partidos políticos sérios e partidos políticos que não têm nenhum compromisso com essa palavra. Se recebem tanto dinheiro dos cofres públicos, por que caixa dois e financiamento de empreiteiras?

Os principais partidos políticos no Brasil em ano de eleição têm aumento extraordinário de receitas em seus cofres. Os quatros principais juntos receberam nas eleições de 2010 a fortuna de 402 milhões em doações. Um aumento de 2.200% em relação a 2009 (ano sem eleições), e 375% maior que 2006 (ano também de eleição nacional).

Parece que o jogo de interesses por licitações públicas aumentou nos últimos anos. Se não houver Reforma Política no Brasil urgente, em 2014 o poder econômico deixará de ser discurso de quem não concorda com isso, para ser fato sociológico comprovado.

E o povo...!


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