Pular para o conteúdo principal

Por que se mata tantas mulheres no Brasil?


Por Genaldo de Melo

Um problema antigo gravíssimo continua em pleno andamento no Brasil, apesar de nos últimos anos todo um aparato do Estado ter sido criado para combatê-lo. Apesar de ter sido criado uma legislação rigorosa, bem como instrumentos necessários para fazê-la ser cumprida, a violência contra a mulher, apesar de não ter significativamente aumentado, conforme demonstram dados da nova edição do Mapa da Violência, de modo nenhum diminuiu.

Alguma coisa está errada e precisa ser repensada no Brasil, pois estamos em pleno século XXI, com a Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340), e com um sistema de punição já plenamente capaz de coibição do problema. Desse modo, pensamos que o que deve está errado deve ser questão de método, ou outro elemento que ainda não compreendemos. A natureza da violência contra a mulher não deve ser combatida apenas com cartazes ou cartilhas educativas. Isso não está dando certo.

Segundo a nova edição do Mapa da Violência, elaborado pelo sociólogo Júlio Jacobo, de 1980 a 2010 a taxa de homicídios oscilou em torno de 4,4 vítimas femininas a cada 100 mulheres. Nesse contexto, foram assassinadas nesse período 91.932 mulheres, sendo que 43.486 aconteceram somente na última década. Ou seja, mesmo com uma legislação capaz de conter esse grave problema, com uma estrutura pública a disposição, a violência nua e crua contra as mulheres continua em patamares assustadores.

O que está mesmo acontecendo em nossa sociedade contra a mulher, que não pode ser considerada sexo frágil, pois ela cumpre efetivamente mais papéis e funções do que os homens, seja no lar, seja no trabalho, e hoje na política? O Estado não precisa fazer tanto barulho com o que cria, e o mesmo problema continuar avassalador! O Estado precisa de novo chamar a Sociedade Civil, a sociedade empresarial, as instituições religiosas e os demais atores sociais, para refletir sobre a criação de mecanismos de prevenção urgentemente. Propaganda somente não está resolvendo nada. A violência continua apresentando seu espetáculo dantesco e sua crueldade de guerra contra as mulheres brasileiras.

O Brasil hoje é o sétimo país no ranking de violência contra as mulheres, segundo o Sistema de Informações Estatísticas da Organização Mundial de Saúde (Whosis). Quem menos tem respeitado as mulheres no Brasil moram nos Estados do Paraná, do Espírito Santo e de Alagoas. As capitais que mais assassinam as mesmas são Porto Velho, Rio Branco e Manaus. Por quê...?

Por que tanta violência, meu Deus!

Comentários

  1. Mas eu casei uma vez e dei tudo pra ela ,e daí eu m separei ,ai ela m trocou por outro !!! Minha vontade era d ir la e tirar a vida dos dois e depois m matar !! Pra nao pagar pena na cadeia ! Ai eu vi q nao ia ganhar nada fazendo aquilo !! Porq m sujar por vagabunda ,!!!!

    ResponderExcluir
  2. Mulher é raça do diabo, quando está contigo é amorzinho, mas o coração dela está ligado na sua carteira, é só o Brasil educar a mulher e equiparar as leis igualando o direito da mulher ao do homem. Nunca mais casarei, isso é suicídio.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

LITERATURA

 

A cada dia aumenta o número de pré-candidatos em Feira de Santana, agora é Dilton Coutinho

Por Genaldo de Melo Mais um nome entra na fogueira das discussões e cogitações para ser candidato ao Paço Municipal em Feira de Santana, e o assunto não deixa de ser cogitado hoje em rodas de conversas, jornais, sites e blogs, além do mundo política da cidade. Dessa vez surge como candidato o radialista Dilton Coutinho, nome bastante conhecido nos meios de comunicação local. Ontem em entrevista no seu programa Acorda Cidade na rádio Sociedade de Feira FM o deputado federal Fernando Torres (PSD) disse ser pré-candidato a prefeito, mas caso Dilton resolva ser do mesmo modo, ele oferece seu partido para abrigar o comunicador como candidato: “Eu sou pré-candidato a prefeito de Feira de Santana, mas se você for Dilton Coutinho eu abro mão. O PSD está a sua disposição amigo Dilton Coutinho”, disse Fernando Torres, presidente do PSD no município. Do mesmo modo a discussão apareceu ontem na Câmara de Vereadores pela vereadora Eremita Mota (PDT e pelo vereador David Neto (PTN).

A verdade sobre o esvaziamento das palavras golpe e "Fora Temer"

Por Genaldo de Melo Com a falta de povo nas ruas a mídia trabalha constantemente o esvaziamento do sentido real da palavra "golpe" que está acontecendo de fato.  A palavra "golpe" repete-se, repete-se, e repete-se como um mantra que perdeu o significado.  Num momento tão crucial como este, em que o projeto de governo eleito pelo voto democrático está sendo trocado por outro completamente diferente e que não passou pelo crivo das urnas, substituíram as grandes mobilizações de massa pela ação individual alegórica, pois se pulverizou a indignação popular apenas na palavra “golpe” nas redes sociais e em cartazes.  É impossível não notar que isso ocorre ao mesmo tempo em que a tradicional mídia jornalística trocou a aguerrida cobertura dos acontecimentos econômicos e políticos por um atual tom de meras trivialidades.  Quem acompanha o noticiário político e econômico não deixou de perceber que a mesma indignação que impulsiona inúmeras matérias jornalísti...