Por Genaldo de Melo
O colunista do Cafezinho Bajonas Teixeira de
Brito Junior, nos lembra em seu excelente texto de hoje que com esta última ameaça
do deputado federal, Eduardo Cunha, dirigida na forma de parábola bíblica ao
presidente interino, Michel Temer, imprime-se uma espécie de marca ritual do
deputado.
Mensalmente, na forma que se pode esperar
sempre, ele ameaça Michel, como nos filmes de Hollywood, ou como se estivesse
apresentando as notas promissórias pelos serviços prestados ao colocar em xeque
o governo de Dilma Rousseff, que até agora não se definiu provas de crimes de
responsabilidades, a não ser as safadezas políticas de deputados e senadores
contra a democracia brasileira.
O colunista lembra que a primeira ameaça do “Senhor
dos Anéis” foi apresentada em matéria no Estadão de 20 de abril, que informava em
detalhes as manobras de Cunha para minar a tentativa de Temer de ampliar seu
poder de influência junto aos deputados na Câmara. A segunda ameaça veio em 08
de maio direta do Blog de Garotinho em que ele dizia “se eu for abandonado não vou
sozinho para o sacrifício. É bom que se diga a Michel e a Romero que eu posso
ser o início do fim de um Governo que nem começou”.
A terceira ameaça apareceu em 12 de junho (matéria de Brasil247),
como presente de namorados brigados, quando Cunha disse que se cair levaria junto num grande abraço de afogados 150 deputados. A quarta
ameaça aconteceu em 02 de agosto, quando o Estadão publicou matéria em que Eduardo Cunha
aparece preparando um dossiê sobre seus aliados políticos.
Com o surgimento da quinta ameaça, surgiu a
grande curiosidade sobre quem são os nomes colocados para Michel na forma
metafórica da parábola do La Fontaine brasileiro, mesmo que cientificamente
possamos deduzi-los. Com essa ameaça concluímos a falta de respeito desses dois
imorais que ficam nesse jogo de governo e desgoverno ludibriando os brasileiros.
Como diz o próprio Bajonas estamos vivendo à mercê
de uma nação de gângters, que podem brincar de jogo de poder a seu bel-prazer,
porque as regras constitucionais estão podendo ser burladas, e o povo nada
fazer a não ser ficar sendo intoxicado por informações carregadas de propaganda
política, em vez de informações oriundas do verdadeiro jornalismo que tanto se
faz necessário na nação de papagaios colonizados.
Com tantas ameaças feitas, e Michel Temer
descaradamente não toma uma postura de homem, isso significa que ele não poderá
governar caso derrube Dilma, porque provavelmente Eduardo Cunha escape da
cassação, porque 200 e poucos deputados não vão aparecer no dia da sessão de
cassação em setembro ou novembro que seja.
Se Dilma cair como ele vai governar
com um chantagista com um baú de promissórias para lhe cobrar mensalmente, e um
PSDB carregado de desconfianças desse projeto secreto e torto do PMDB para
2018?

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