Por Genaldo de Melo
Daqueles 250 políticos que vão aparecer na
lista final da Odebrecht, provavelmente muitos vão surpreender a sociedade
brasileira, por causa dos discursos moralistas que alguns fizeram em tempos
recentes contra Dilma Rousseff, contra Lula, contra o PT, contra a corrupção, e
a favor do processo de impeachment contra a presidente.
A primeira grande surpresa já surgiu no
cenário antes do tempo político necessário. A delação premiada da Odebrecht que
está sendo negociada com o Ministério Público Federal, agora aponta para a Senadora da República Marta Suplicy (PMDB-SP), que disputará a prefeitura de São
Paulo.
O bicho vai pegar para a mulher puritana que
saiu do PT, considerando um partido de corruptos, e foi morar exatamente na
casa que lhe deu abrigo para ser candidata à prefeita da capital paulista, o PMDB,
que segundo a lógica dos seus discursos
não tem corruptos e nem vai manchar sua imagem.
Segundo reportagem
de Bela Megale, Marta teria recebido uma doação de R$ 500 mil pela
contabilidade paralela da Odebrecht em 2010, quando concorreu ao Senado
federal, que corrigidas nos valores de hoje daria R$753 mil.
Se ela nega que na sua prestação de contas
feitas à justiça eleitoral não tem doação da Odebrecht, e esta afirma peremptoriamente
que doou essa bagatela de dinheiro, então foi caixa-dois, proibida por lei, e portanto
ilegal! Agora ela terá no mínimo 45 dias para explicar
isso aos eleitores de São Paulo nessa campanha eleitoral depois de tanto
purismo arrogante diante das câmeras!

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