Por Genaldo de melo

Governar não é tão fácil como Michel Temer e
sua turma pensava com um Partido como o PSDB na “cola”, que quer voltar ao
poder de qualquer jeito em 2018 via eleitoral. O recado parece que foi dado
pelo porta-voz dos tucanos o senador paulista José Anibal, autor das críticas mais
contundentes ao governo interino até agora, quando diz que se o presidente em
exercício não fizer o ajuste fiscal necessário para tirar o Brasil da crise
econômica, sua gestão será o mesmo que ter trocado “seis por meia dúzia” ou “um
jogo de passatempo”.
A saída para ele é sair da crise, ter
credibilidade, atrair investimentos estrangeiros e gerar empregos; nada de reajustes
para servidores, pois todos têm reivindicações legítimas, mas as corporações
têm renda garantida, ajustes, aposentadoria, e estabilidade no emprego; e fazer a
reforma da previdência como eles querem, porque o Estado não terá dinheiro para
os aposentados lá na frente.
A alfinetada parece que foi feita como se por iniciativa de um assessor descontente que está preste a deixar o cargo de confiança quando vai dizer
a verdade para um chefe que está ladeado de péssimos assessores, chegados a
fofocas e intrigas palacianas.
Na realidade o que deu prá entender foi que
ele não concorda com nada o que Dilma fez, que Michel Temer teatraliza que vai continuar, pois tem que arrochar para que o Estado tenha não somente os empregos do seu discurso, mas dinheiro suficiente depois de
2018 para que eles possam fazer a política como eles pensam, fazer o Estado como
eles querem.
Os tucanos estão fazendo um jogo político bem
interessante com Temer e sua turma do PMDB. O quadro deles no governo, José Serra, que em tese deveria
ser deles parece que não é, porque parece que quer se colocar também como
candidato à presidente em 2018 para disputar com Aécio, com Meirelles ou com o
próprio Temer, porque não se sabe ainda a quantidade de veneno da mosca
azul nas veias.
Do outro lado está o próprio Aécio Neves, dono das
rédeas partidárias e com uma vaidade do tamanho do Corcovado, com seus recados via José Anibal, com ciúmes escondidos
de ser alijado até 2018.
Talvez por tudo isso que hoje quando questionado sobre o orçamento do governo para o ano
que vem, o ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, destacou que deve "segurar
um pouco" os reajustes para servidores federais. Parece que teve gente que não mediu a quantidade de uísques do copo!
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