Pular para o conteúdo principal

A direita acima das regras no MERCOSUL

Por Genaldo de Melo
Militante chavista usa bigode falso em homenagem ao presidente Nicolás Maduro em ato pró-governo
Os presidentes sul-americanos Michel Temer, Macri e Cartes precisam explicar porque não querem cumprir as regras de criação e manutenção do MERCOSUL, e não querem que a Venezuela cumpra seu direito de dirigir o mesmo nesse momento que chegou a sua vez, segundo as regras elementares. A criação do MERCOSUL foi o principal motor para a expansão integracionalista e econômica na América do Sul, permitindo a preservação dos empregos, da renda e dos direitos sociais nos seus países membros. Mas tudo isso deveu-se a um acordo entre os países membros definido no artigo 37º do Protocolo de Ouro Preto, que estabelece que “as decisões dos órgãos do MERCOSUL serão tomadas por consenso e com a presença de todos os Estados Partes”.

A regra do MERCOSUL é clara quanto ao sistema rotativo para o exercício da presidência do mesmo a cada seis meses, ou seja, segundo o Artigo 12º do Tratado de Assunção (1991) “A presidência do Conselho se exercerá por rotação dos Países Partes  e em ordem alfabética, por período de seis meses”, e do mesmo modo, segundo o Artigo 5º do Protocolo de Ouro Preto, firmado em 1994, na cidade do mesmo nome, que especifica “A presidência do Conselho se exercerá por rotação dos Estados Partes em ordem alfabética, pelo período de seis meses”. Portanto agora é vez da Venezuela presidir o MERCOSUL”


Mas nem Argentina (governada pela direita de Macri), nem o Paraguai (governado pelo golpista Cartes), e nem o Brasil (governado interinamente pelo golpista Temer) querem que isso aconteça, apesar de o Uruguai já ter entregue a faixa do cargo depois que cumpriu seu papel. No nosso caso, a Chanceler José Serra deve uma explicação aos brasileiros e a todos da América do Sul: porque a falta de palavra e do cumprimento das regras?

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

LITERATURA

 

A cada dia aumenta o número de pré-candidatos em Feira de Santana, agora é Dilton Coutinho

Por Genaldo de Melo Mais um nome entra na fogueira das discussões e cogitações para ser candidato ao Paço Municipal em Feira de Santana, e o assunto não deixa de ser cogitado hoje em rodas de conversas, jornais, sites e blogs, além do mundo política da cidade. Dessa vez surge como candidato o radialista Dilton Coutinho, nome bastante conhecido nos meios de comunicação local. Ontem em entrevista no seu programa Acorda Cidade na rádio Sociedade de Feira FM o deputado federal Fernando Torres (PSD) disse ser pré-candidato a prefeito, mas caso Dilton resolva ser do mesmo modo, ele oferece seu partido para abrigar o comunicador como candidato: “Eu sou pré-candidato a prefeito de Feira de Santana, mas se você for Dilton Coutinho eu abro mão. O PSD está a sua disposição amigo Dilton Coutinho”, disse Fernando Torres, presidente do PSD no município. Do mesmo modo a discussão apareceu ontem na Câmara de Vereadores pela vereadora Eremita Mota (PDT e pelo vereador David Neto (PTN).

A verdade sobre o esvaziamento das palavras golpe e "Fora Temer"

Por Genaldo de Melo Com a falta de povo nas ruas a mídia trabalha constantemente o esvaziamento do sentido real da palavra "golpe" que está acontecendo de fato.  A palavra "golpe" repete-se, repete-se, e repete-se como um mantra que perdeu o significado.  Num momento tão crucial como este, em que o projeto de governo eleito pelo voto democrático está sendo trocado por outro completamente diferente e que não passou pelo crivo das urnas, substituíram as grandes mobilizações de massa pela ação individual alegórica, pois se pulverizou a indignação popular apenas na palavra “golpe” nas redes sociais e em cartazes.  É impossível não notar que isso ocorre ao mesmo tempo em que a tradicional mídia jornalística trocou a aguerrida cobertura dos acontecimentos econômicos e políticos por um atual tom de meras trivialidades.  Quem acompanha o noticiário político e econômico não deixou de perceber que a mesma indignação que impulsiona inúmeras matérias jornalísti...