Por Genaldo de Melo
Quando pessoas que compreendem melhor o que
está acontecendo politicamente no Brasil falam principalmente para aqueles que
dispõem de pouco tempo para isso porque trabalham, que políticos que querem a qualquer
custo o lugar de Dilma Rousseff, estão na realidade defendendo apenas os
interesses de uns poucos nesse país, são logo taxados e “demonizados” como petistas,
ou seja, de gente que não presta porque está falando de política. Mas aos
poucos as provas estão começando a surgir e não demorará para que as vozes das
ruas fiquem sabendo de tudo.
Vamos a um pequeno e simples exemplo do que está
acontecendo na política brasileira, de que existem dois grupos de interesses na
luta pelo controle do poder nesse país, para que aos poucos também as pessoas comecem
a separar o joio do trigo, de que existe um grupo que quer o Brasil para todos, e um grupo que quer o Brasil para poucos.
Dilma vinha coordenando o Programa “Minha Casa,
Minha Vida” para beneficiar duas faixas da população brasileira com residências
populares a baixo custo. Uma faixa das famílias que ganham até R$ 1,8 mil, cujos imóveis são quase totalmente pagos pelo Tesouro Nacional, e a outra faixa
de famílias que ganham até R$ 3,6 mil e cujas prestações são mais baratas e com
juros baixos. O programa foi criado em 2009, e teve grande impacto positivo na
vida das pessoas e também na economia do país, com 2,6 milhões de casa
entregues e 10,4 milhões de pessoas beneficiadas, gerando também emprego e
renda para os trabalhadores da construção civil.
Mas pasmem! Michel Temer e Henrique Meirelles
querem acabar com o Programa já anunciando cortes no orçamento do mesmo
alegando restrições orçamentárias. Porém para vergonha nacional, o governo interino
dobrou de R$1,8 milhão para R$ 3,6 milhões o valor do financiamento para
aquisição de imóveis por meio da Caixa Econômica Federal para indivíduos e
casais com rendimento mensal acima de R$ 96,5 mil, exatamente quem não precisa
pegar financiamento porque pode comprar um imóvel.
Por isso que falamos e vamos continuar falando as perguntas que não querem calar: existe
disputa pelo poder e pelo Estado, ou não? Por que Michel Temer quer tanto o poder
e o Estado assim? Para defender quem então, o povo ou os ricos desse país?
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