Por Genaldo de Melo
É preciso reconhecer que existem fora do
Brasil instituições educacionais e científicas que são superiores às nossas
academias, e que necessariamente se colocarmos uma parcela de nossos jovens
para fazer intercâmbios e estudos, provavelmente em futuro próximo teremos uma
geração de intelectuais, doutores, cientistas e engenheiros capazes de construir
o nosso desenvolvimento como nação soberana no mundo.
Entendendo desse modo, o Governo
de Dilma Rousseff criou em 2011 o Programa Ciência sem Fronteiras, para incentivar
a formação acadêmica de nossos jovens no exterior, concedendo até o final de
2015 cerca de 135 mil bolsas de estudos, com verbas de apenas aproximadamente de R$ 10,5 bilhões no período.
Mas recentemente o Governo interino de Michel Temer
resolveu que os brasileiros (nesse caso a maioria, porque a minoria dispõe de
condições financeiras) não devem estudar no exterior, porque o Estado
brasileiro não dispõe de dinheiro para educar nosso povo.
Uma atitude dessa
natureza significa que os novos responsáveis pelos desígnios da nação entendem
que teremos mesmo que assumir a síndrome de vira-latas, que somos e sempre
seremos de Terceiro Mundo, e que temos que nos acostumar a ser explorados, aqui
dentro pelos mais ricos e fora pelo capital internacional, este sempre pronto a
pisar aqui, disfarçado de diplomatas ou de coturnos nos pés.
É uma vergonha
saber que o Estado brasileiro gastou em quatro anos, apenas a quantia R$ 10,5
bilhões em bolsas de estudos para contribuir com a formação de uma geração
vindoura, e apenas dois homens (Michel Temer e Henrique Meirelles) decidam que o
Estado brasileiro, uma das maiores economias do mundo, não tenha esses míseros “tostões
de cobre” para contribuir com a formação de uma nação mais forte diante do
mundo.
Está claro que a meta dessa turma que assaltou o Estado brasileiro é
amputar a educação pública. Com a mudança do Ciência sem Fronteira abre-se o leque
para as próximas crueldades contra a juventude brasileira, que podem ser as
perdas do FIES e do PROUNI! Barbas de molho, caipiras!
Comentários
Postar um comentário